Vai Ficar na Memoria
Pé-de-moleque
Nas ruas da memória
ainda ouço inexplicavelmente
as quituteiras gritando
o verso que batizou o nome
para o doce do Brasil de hoje,
Doce da ancestralidade
que lutou pela liberdade,
Quem ainda não experimentou
um Pé-de-moleque,
De qualquer jeito ele for feito
é uma delícia que a boca
adoça e o coração derrete,
Um doce também é poesia
sempre para quem se atreve.
Memorias....Dentre tantas situações o que fica registrado na memória eu posso nominar como maravilhoso... o momento em que você chegou abri o portão e senti a força do meu coração pulsando. " Estou viva" e vivo cada instante rememorando o seu jeito quando desceu do carro e colocou os pés no chão próximo às plantas e vi somente seus pés. Fechei os olhos e registrei. Suspirei e como sempre é o abraço de entrega e amnésia total as demandas do dia se faz. Começa aí nesse momento os mais belos registros de ação e reação enquanto genuína força do querer. A reciprocidade existe e não há roteiro não há planejamento não há cobrança. Tudo acontece de forma leve solta e muito intensa. Vejo assim, é o tempo sempre escasso. Infalível e cruel para quem não se satisfaz, penso que não existe registros de saciedade nesse caminho em que percorremos até aqui. Eu retomo cada detalhe. Cada sensação é concluo que... não sei. Não sei o que pensar e o que fazer com tamanha pulsão de vida que tenho em mim quando o motivo é você. Será que eu consigo compreender um dia tudo o que senti e vivi? Se tudo muda e eu Sei que não vou poder controlar nada. Sei que Amo você e nossa forma e força em Amor será pra sempre.
O fim não combinava com a gente, mas hoje voltamos a ser dois estranhos, mas dessa vez com memórias!
Quando o medo ameaça a me engolir por inteira,
Cada parte do meu ser,
Cada memória,
Cada sorriso,
Cada lágrima,
Até mesmo cada riso,
Eu me forço a lembrar de
Coisas boas,
Coisas leves
Coisas que me trazem paz,
Coisas que me impeçam de pensar demais,
Como o sol de fim de tarde,
Ou o céu azul durante o dia,
Como a grama verde que tem cheiro de grama,
Como o cheiro de chuva
que se sente antes mesmo da primeira gota cair,
Como os livros nas prateleiras,
Como os versos riscados e repensados
Como os post ITS na parede,
Como as poesias,
Como cada coisa,
Seja leve,
Seja boa,
Seja aquelas que me trazem paz.
Elas sim,
Jamais deixarei
Para trás.
No vasto campo do esquecimento,
Onde ali brotam todos os meus arrependimentos.
Não tem como sofrer,
Não tem como chorar,
Nem mesmo há como temer,
Por algo que você não consegue lembrar.
-ao esquecimento
06/11/23
A decepção é uma aula prática gravado na memória não esperar nada embrulhado de graça, aplausos agradecimentos passa.
Floresce ainda mais lindo
o Azevinho Pernambucano
apagado da memória,
Se acha isso pouco,
não compreendeste a História
que nos faz Nação
e a razão poética de chegar
até a última linha
deste poema e de tudo
aquilo que é essencial a vida
e me faz a cada dia Poetisa.
Memória poética
de uma infância
com os dois pés
descalços no barro,
Desejo inocente
por doçura socorrida
por uma Mariola,
Talvez alguém
não tenha provado,
Quem provou
provalmente não
tenha reclamado,
Mariola do passado,
de hoje e de sempre
eu honro o seu legado.
Hoje é um daqueles dias mágicos que ficarão para sempre na memória. Parabéns por concluírem esta etapa tão especial.
Memoria
Memoria distinta que me intriga
E se eu esquecer
Um pincel sem tinta
E meu quadro ja não é mais o mesmo
Idiota que tem que ver para crer
Que não se lembra da memoria sincera
Que através da morte se encerra
Antes de morrer poderei pintar?
Pintar o mar em minha mente
Calmo como as historias que ouço
Das memorias de quem ja viveu mais do que eu
Farei questão de lembrar
E nunca deixar acabar
E as memorias que gravaram em mim
Não iram ter um fim
Não possuo memória romântica, nunca fantasiei amar.
Amar é presente que se dá com tempo, é rotina de carinho a pele.
Sentimento que não se compra ou vende.
Cada um sabe como seu coração se sente.
Eu fui
Não olhe para traz pois lá está nossa história e agora ela só existe na nossa memória.
Não olhe para trás pois foi lá que nos perdemos nesse eterno desencontro.
Não procure respostas, a verdade pode machucar
Agora olhe para mim e veja o que somos
O hoje existe por consequência do ontem, e convenhamos foi lindo.
Agora olhe, mas não muito, ainda tenho problema com meus olhos
os meus malditos olhos que me expõem de maneira cruel
Agora eu olho pra você e pergunto como vai sua vida e tudo não passará de “estou bem e você”
me deseje, mostre que sua alma ainda precisa da minha alma para sobreviver
mostre que ainda existe amor.
O amor nunca acaba, então você ainda me ama?
A memória é um novelo
Que às vezes se emaranha
Que para desenrolar
Tem que ter muita artimanha.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
05/04/2024
É interessante refletir sobre como tudo aquilo que parte deste mundo continua vivo na memória daqueles que ficam. É como se carregássemos um cemitério dentro de nossas mentes, repleto de lembranças que podem ser difíceis de lidar. Essas recordações podem pesar como lápides, mas também podem ser fontes de conforto e inspiração, lembrando-nos da importância de cada vida que cruzou o nosso caminho. Aprender a conviver com esse "cemitério na cabeça" pode ser um desafio, mas também pode nos ensinar a valorizar ainda mais os momentos compartilhados e a encontrar significado na jornada da vida.
Podemos reviver na memória, quantas vezes quisermos, a celebração do breve momento que já acabou, mas que ainda dura pela eternidade.
LOUCO E LÚCIDO
Há um Brasil que está vivo no imaginário popular. Uma única cena na memória que representa integração e relação amistosa dos povos diversos oriundos de várias partes do mundo, convivendo em todo território nacional. A cena traz consigo beleza, enriquecimento cultural e inteligência emocional.
Por isso, esse Brasil que vos apresento é complexo, e de tão belo, é também colérico, fleumático, melancólico, sanguíneo, ingênuo, esperto, rico e pobre. Onde já se viu um país tão louco e tão lúcido assim?
Conosco, convivem o diametralmente oposto, o paradoxal, e o ortodoxo é fã do irreverente.
Ah Brasil, como defini-lo-ei, como não amar-te-ei?
Estou preocupado com a memória da minha mulher.
Ela está esquecendo de me lembrar onde deixei as chaves do carro.
No silêncio dos séculos, onde o tempo se tece em fios dourados de memória, ecoam os suspiros dos antigos, sussurros que dançam entre as estrelas, entrelaçando-se com o brilho dos amores nunca esquecidos. É nesse etéreo palco que se desenrola a sinfonia dos sentimentos, uma melodia eterna que se espraia pelos horizontes da alma inquieta, ansiosa por paixões clandestinas que hão de surgir.
Caminhando sobre cacos pontiagudos da existência, os passos reverberam como poesia, uma dança efêmera entre a luz e a sombra, entre o suspiro da brisa e o rugido do mar. Cada momento é uma tela em branco, esperando ser colorida pelo artista que persevera, com os tons da paixão e os matizes da esperança.
No coração da natureza, onde as árvores sussurram segredos ancestrais e os riachos murmuram melodias antigas, encontro a essência da vida. É como se as nuas folhas que dançam ao vento, em cada gota de chuva que beija a terra, carregam consigo os sonhos de todas os povos, os desejos mais profundos das almas desafortunadas.
E nas asas do tempo, voamos além das fronteiras da realidade, rumo ao reino da imaginação. Lá, os pássaros tecem ninhos de sonhos entre as nuvens, as flores desabrocham em cores inéditas aos deuses, e os rios fluem com as histórias dos tempos imemoriais.
É nesse mundo estranho, onde a luz e a sombra se afincam em prazer eterno, que encontro a justa poesia. Cada palavra é uma estrela cadente, caindo do céu noturno para iluminar os corações perdidos na escuridão. Cada verso é um sopro de vida, um eco da eternidade, uma canção que ressoa através dos séculos, uma segunda chance aos amores que se vão.
Assim, entre as linhas do destino e os versos do infinito, desdobro-me em poesia, uma alma viajante em busca da beleza que habita em cada cantinho deste vasto universo. E quando finalmente me perder nas brumas do tempo, que minhas palavras permaneçam como faróis de luz, guiando os navegantes perdidos de volta ao porto seguro da prosa.