Vai Ficar na Memoria
AUTO AMOR
Não se lembra mais do que é isso, né? Vou refrescar a tua memória. "AUTOAMOR" é, dentre tantas outras coisas,a certeza de que você é a pessoa mais importante da sua vida, porque sim, você é. “AUTOAMOR” é agir de acordo com essa certeza em tudo na vida, e saber que isso como pregam alguns, não é egoísmo, é bom senso.
Existe algo mais forte do que a morte; a lembrança dos ausentes na memória dos vivos.
Se não quiser que mágoas, dores e medos antigos subam à superfície transparente da memória, não agite as suas águas.
A memória é incrível: se esquece do que ocorreu há dois dias mas se lembra de algo que aconteceu há dez anos atrás.
A gente pode chamar de memória seletiva quando a pessoa não tem a razoabilidade de assumir que mudou de opinião.
Abstração
Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.
O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?
Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.
Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.
E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.
(Bia Pardini)
Memória RAM
Queres tu saber o porque de olhá-la intensamente
Olhos lindos, brilham como se tivessem lágrimas
O seu lindo sorriso faz me sorrir
As minhas emoções dão-se as mãos e correm pelo jardim alegremente
Treino a minha mente para que tenha uma memória fotográfica
Pois a que tem é volátil, a única coisa que lembro é de vê-la partir
Acesso de uma memória construída
Como descrever aquele momento? Estava calor, você foi se refrescar com uma mangueira de água encostada sobre a grama baixa, e eu, ali de longe vendo você, resolvi também me juntar!
Como a cena de um filme, você pegou a mangueira, abriu a agua de uma forma que ficasse pulverizada e começou a brincar, me molhando como se fossem duas crianças se divertindo sem preocupações. Nesse momento a água atingiu minha face, fazendo com que eu ficasse com os olhos fechados. Senti o momento, o riso, a brincadeira, a alegria e a refrescância.
Abro meus olhos lentamente, em meio pingos orvalhados, escuto seu doce sorriso, e, por fim, te vejo em minha frente. Sua alegria me toma e irradia, seu olhar me observando enquanto discretamente afrouxo meu sorriso junto ao teu.
Assim está feito e memorizado, um pequeno e rápido momento, que em minha mente pode perdurar por quanto tempo for mágico.
Como seria proveitoso, se tivéssemos uma memória suficiente e capaz de sermos, gratos a ponto de reconhecermos que colhemos muitos frutos, que algumas pessoas plantaram com imensa força e lutas.
Dizem que ao fazer a travessia, escuta-se uma canção. Uma que todos guardamos na memória. Você fica imerso numa luz mais inebriante do que qualquer sensação da Terra-média.
[A Primeira Guerra Mundial] foi uma guerra (cuja memória parece estar desaparecendo) na qual a Europa, repleta de saúde e abundância, caiu em uma fúria de automutilação que não pôde deixar de esgotar sua força por um século ou mais, e talvez para sempre.
Esse ligeiro desaparecer,
Que a memória devora,
Faz daquela presença,
Que parecia eterna,
Que tudo preenchia,
Exaurir,
O tempo passa rápido, mas não apaga os bons momentos da memória que nos leva a recordação eternizando nossa história.