Vai Ficar na Memoria

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Roger: Os escoceses têm memória longa e não são um povo que perdoa com facilidade.

A libélula no âmbar

Às vezes a memória deixada por um livro é mais importante do que o próprio livro.

A memória é frágil. Consulto suas fontes no afã de defender meus haveres.

A saudade machuca sem dor alguma, mas maltrata a memória.

A memória dos velhos não mente sobre o passado distante, apenas se engana e confunde sobre o que é próximo.

Gravo na memoria todo quadro da tua chegada.

O coração tem memória seletiva e só guarda o que vale a pena lembrar, o resto ele sepulta com graça sob a lápide do esquecimento.

O dia que inventarem uma vacina que apague da memória das pessoas a sensação de poder, de querer e se sentir superior, o mundo será melhor.

Os jornalistas de hoje ou não sabem, ou têm uma memória curta.

"Vestida de hortelã, essa memória me visita e mareja meu olhar: tantos anos já se passaram sem a sua presença física, tantas coisas já vivi e quantas histórias minhas eu gostaria de te contar, mas a certeza de que você me vê – mesmo que invisível aos meus olhos – me conforta. Então, minha querida vó, cuide da sua hortinha aí no Céu, enquanto eu semeio nossas lembranças aqui na Terra. Minha saudade segue com o teu cheiro."

⁠FICOU NA MEMÓRIA
Pai...
Ficou na memória a temperatura quente. Sempre bem quentinha para esquentar minhas mãos com frequência tão geladas.
O perfume masculino sempre de muito bom gosto deixado no ar ao sair do banho.
As puxadas para dançar sem hora ou lugar programado.
Ficou na memória...
A companhia, os ares dos bares e restaurantes do Rio, de Minas.
Era com ele que a música tocava.
Era com ele.
E hoje...
É memória.

⁠O ruído do tempo desperta meus pensamentos para que eu não esqueça no canto da minha memória.

⁠lapsos
lapsos de memória,
fluxos de palavras,
hoje fervilham minha mente,
ordenar as palavras,
me fazer entender,
estranho,
muito tempo sem sentir isso,
solidão, pandemia,
abandono ....
um misto de sentimentos em minha cabeça,
e coração,
vontade de me afastar,
vontade de todos juntos,
sentimentos contraditórios,
que só me remetem,
a falta de você.

⁠Os melhores e maiores eventos da minha vida, hoje, são registrados na memória.O mundo não precisa mais saber, nem dos meus amores, nem das minhas glórias.

⁠Se não quiser que mágoas, dores e medos antigos subam à superfície transparente da memória, não agite as suas águas.

⁠⁠A memória é incrível: se esquece do que ocorreu há dois dias mas se lembra de algo que aconteceu há dez anos atrás.

⁠Abstração

Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.

O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?

Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.

Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.

E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.

(Bia Pardini)

⁠Esse ligeiro desaparecer,
Que a memória devora,
Faz daquela presença,
Que parecia eterna,
Que tudo preenchia,
Exaurir,

⁠Memória RAM
Queres tu saber o porque de olhá-la intensamente
Olhos lindos, brilham como se tivessem lágrimas
O seu lindo sorriso faz me sorrir
As minhas emoções dão-se as mãos e correm pelo jardim alegremente
Treino a minha mente para que tenha uma memória fotográfica
Pois a que tem é volátil, a única coisa que lembro é de vê-la partir

A⁠cesso de uma memória construída

Como descrever aquele momento? Estava calor, você foi se refrescar com uma mangueira de água encostada sobre a grama baixa, e eu, ali de longe vendo você, resolvi também me juntar!
Como a cena de um filme, você pegou a mangueira, abriu a agua de uma forma que ficasse pulverizada e começou a brincar, me molhando como se fossem duas crianças se divertindo sem preocupações. Nesse momento a água atingiu minha face, fazendo com que eu ficasse com os olhos fechados. Senti o momento, o riso, a brincadeira, a alegria e a refrescância.
Abro meus olhos lentamente, em meio pingos orvalhados, escuto seu doce sorriso, e, por fim, te vejo em minha frente. Sua alegria me toma e irradia, seu olhar me observando enquanto discretamente afrouxo meu sorriso junto ao teu.
Assim está feito e memorizado, um pequeno e rápido momento, que em minha mente pode perdurar por quanto tempo for mágico.