Vago
RECOMEÇO
Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.
É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.
O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.
Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.
A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.
Místico
O ar está cheio de murmúrios misteriosos
E na névoa clara das coisas há um vago sentido de espiritualização…
Tudo está cheio de ruídos sonolentos
Que vêm do céu, que vêm do chão
E que esmagam o infinito do meu desespero.
Através do tenuíssimo de névoa que o céu cobre
Eu sinto a luz desesperadamente
Bater no fosco da bruma que a suspende.
As grandes nuvens brancas e paradas –
Suspensas e paradas
Como aves solícitas de luz –
Ritmam interiormente o movimento da luz:
Dão ao lago do céu
A beleza plácida dos grandes blocos de gelo.
No olhar aberto que eu ponho nas coisas do alto
Há todo um amor à divindade.
No coração aberto que eu tenho para as coisas do alto
Há todo um amor ao mundo.
No espírito que eu tenho embebido das coisas do alto
Há toda uma compreensão.
Almas que povoais o caminho de luz
Que, longas, passeais nas noites lindas
Que andais suspensas a caminhar no sentido da luz
O que buscais, almas irmãs da minha?
Por que vos arrastais dentro da noite murmurosa
Com os vossos braços longos em atitude de êxtase?
Vedes alguma coisa
Que esta luz que me ofusca esconde à minha visão?
Sentis alguma coisa
Que eu não sinta talvez?
Por que as vossas mãos de nuvem e névoa
Se espalmam na suprema adoração?
É o castigo, talvez?
Eu já de há muito tempo vos espio
Na vossa estranha caminhada.
Como quisera estar entre o vosso cortejo
Para viver entre vós a minha vida humana...
Talvez, unido a vós, solto por entre vós
Eu pudesse quebrar os grilhões que vos prendem...
Sou bem melhor que vós, almas acorrentadas
Porque eu também estou acorrentado
E nem vos passa, talvez, a idéia do auxílio.
Eu estou acorrentado à noite murmurosa
E não me libertais...
Sou bem melhor que vós, almas cheias de humildade.
Solta ao mundo, a minha alma jamais irá viver convosco.
Eu sei que ela já tem o seu lugar
Bem junto ao trono da divindade
Para a verdadeira adoração.
Tem o lugar dos escolhidos
Dos que sofreram, dos que viveram e dos que compreenderam.
Eu sou, bem, virgem no assunto - seja cuidadoso comigo. Desculpa, mas foi o desajeito vago que arrumei pra dizer que andava a fim de você, que namorar você é minha segunda intenção. A primeira é ser feliz na sua cama de solteiro, um sábado inteiro.
(Espera, eu vou contigo)
Lá vem, lá vem, lá vem de novo.
Sim!
Estou gostando de alguém.
Gostando?
Gostar fica vago perto do que estou sentindo.
Gostar é pouco perto do que estou vivendo.
Gostar é bom.
Mas isso foi bem no início.
Agora as proporções são outras.
Tudo se tornou imenso.
O meu gostar.
O meu desejo.
A minha vontade de beijar.
De sentir teu cheiro.
Provar do teu doce gosto.
Cuidar de você.
Cuidar e amar!
4 ever!
Há vagas.
Não há vagas: o posto de puxa saco nunca fica vago.
Sempre existe um novo curriculum a avaliar.
Já é madrugada. .. perdi o sono
Vago pelas ruas escuras no meu cérebro
Bares sombrios e gelados
Com lâmpadas vermelhas e muitas queimadas, gerando sombras desses seres curvados, encolhidos
Peitos dilacerados pelas mágoas
Bocas sedentas de álcool e de uma bituca a queimar seus dedos
A garoa fina entra no ambiente e os congela ainda mais
Alguns o fazem de morada, não tem por quem voltarem
Me dói vê-los assim, estão amortecidos a quaisquer sentimentos
Espectros de humanos
Qual é a minha parte de culpa?
Precisam.... precisam..... voltar
Acordem...voltem a serem humanos
Precisam ser amados, acolhidos
Precisam...despertem por favor!!!!
Aonde eu fui eu vi, aonde cheguei me perdi, vago sem rumo
dentro das tuas ideias malucas eu me afundo
Sensatas, você marca até que um nó se arremata,
minha vontade marca saudade, então hoje com essa intensidade,
eu humildemente... Muito mais crescido do que ontem,
vou velar, guardar e zelar ... Para seu sono prosperar.
Aluga-se
Vago está o coração,
o amor o ronda, bem devagar.
E em um descuido, pronto,
instala-se lá.
O coração, o aceita primeiro
como visitante, depois como
morador.
Uma amizade enorme nasce
um não vive sem o outro.
Mas eis que surge um coração
diferente, o morador o acha
mais atraente, e em um piscar
de olhos, muda-se.
Só, o coração sem sonhos fica,
sente a falta do amor que com ele
convivia.
Então, tendo a saudades como
companhia, enquanto não tem um
amor amigo e profundo,
fecha-se , isolando-se do mundo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Grandes mistérios se escondem na noite fria onde vago, e
um deles se esconde dentro do meu ser,
e sempre ele espreita pelas janelas que são meus olhos.
e quando você não aguentar mais apenas se retire do local volte mais tarde e tente resolver a vida e muito curta para vivermos com raiva e odio um dos outros
Quando o que tens a dizer é tão vago quanto a tua indecisão, deixa que o teu silêncio responda o que necessariamente precisa ser dito naquele momento.
Sinto em você cores astrais
Nesse vago, lento, denso corpo
febre, frágil corpo... são!
Vejo em você versos a mais
Mas conheço, quero, luto,
nego tudo, leve, verso... não!
Você me conhece
E eu... ilusão!
Você reconhece
E eu... solidão!
Sinto em você versos astrais
Nesse lento, denso, vago corpo,
frágil febre... não!
Vejo em você cores a mais
À medida que o tempo passa,
versos, sonhos... vão!
Mas conheço, nego, quero tudo leve,
verso, luto.... são!
Não se perde aquilo que não se tem... não se chora por ninguém. Lágrimas é a afirmação de expectativas frustadas, das quais a maioria foi e é ilusão. Não´é um pesadelo é um sonho sem expectativa.
"Água é Água, amor é coisa de egoístas "
A água é perfeita, mas ela vai vira gelo ou vapor.
Pode ficar na nossa frente igual ao gelo
parada, se movimentando apenas para voltar a ser água.
Ou virar o vapor e sumir da nossa frente
Ela volta a ser água, mas em outro lugar, pra outras pessoas, longe das nossas caras.
O amor e essas coisas de sentimentos eu vejo meio q assim.
Procuro não me prender a querer algo, não me prendo a esperar nada além do normal.
Mas sim, quero ser surpreendido a cada momento.
Se me sinto bem, fico bem.
Se me sinto mal, fico bem por está mal ou tento mudar;
Depende do que eu quero no momento e de meus pensamentos vagos.
Minha linha de pensamento é meio vaga e egoísta...
Mas vejo um mundo meio diferente dos outros.
Água é água, seja ela suja ou limpa, pura ou alterada.
Jasiel Ferreira