Vago
Se eu acordasse durante a noite, em meio a uma espécie de sonho que fosse tão vago; mais ao mesmo tempo tão real, em que o meu corpo não estivesse ali. Que sensação teria o meu espírito deitado sobre a minha própria cama?
Há dias em que caminho um pouco perdido, olho para o vago, me perco um pouco no vazio, fico um pouco sem rumo. Então, eu olho para mim mesmo e vejo o quanto a vida conspira a meu favor, o quanto sou cercado de pessoas iluminadas, o quanto sou feliz com tudo que tenho. Aí reencontro meu caminho e você faz parte dele, que sorte a minha!
Vago sozinha no meu coração
Não ando perdida, mas desencontrada
Levo o meu rumo na minha mão, onde vou parar? não sei onde pousar , perdida!
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
O primeiro dia após a morte
É vago, vácuo, vazio e ócio.
Pois a insatisfação, a tristeza, a dor e o esmorecimento promove a prostração.
0 primeiro dia após a morte
É também o primeiro passo à depressão.
A nostalgia e a angústia causam o dissabor
E incitam a consternação.
A amargura é fruto do
padecimento
Do luto, do infortúnio
E da mortificação.
O primeiro dia após a morte
É sim, um dia de aflição
Da pena , do pesar e da inquietação.
O primeiro dia após a morte !
É dia da infinidade sem fim;
É sempiterno.
04032018
Trilho Vago e Vagão
Mirou
Com olhos
De
Quem tem
Ouviu
Com ouvir
De
Ansiedade
Nostalgia
Expectativa
Sempre
No apito
De um trem
Bem lá
ANDARILHO
Sou um ser humano
Como outro qualquer,
Vago pelo mundo sem
Rumo nem direção,
Ando em retas
E círculos também.
Passo por estradas empoeiradas
E no asfalto porque me convém,
Conheci os campos
Aves e animais como ninguém.
Uma enorme quantidade
De pássaros transformando
Seus cantos em melodias.
Nas cidades muitos carros
Barulhentos e fumaça no ar,
Árvores enormes por acaso
Desprovidas de ramos e folhas.
Pessoas, muitas pessoas!
Num vai e vem louco, frenético
Alucinante, parece sem rumo
Sinto-me às vezes no meio deles.
Ando maltrapilho por todos os lados
Beber é um pouco mais fácil,
Para comer se na lata de lixo encontrar,
Não é sempre que alguém de bom coração,
Com um prato de comida para minha fome matar.
Por outras vezes só levo desaforo,
Meu nome é mudado e
De vagabundo sou chamado.
Em dias de Sol
Caminho enquanto posso
Nos campos, nas sombras
Das árvores descanso
Na cidade em qualquer canto
Nos dias de chuva
Tenho água para o banho
Muito difícil um córrego encontrar
E lagoas, nem pensar
Impossível um chuveiro
Para eu me lavar.
Deste jeito caminho molambento
Com roupas sujas e rasgadas.
Mãos e pés encardidos
Cabelos sem cortar
Unhas sem lavar
E dentes sem escovar!
Não tenho calo do trabalho
Os meus são os do sofrimento
Carrego as amarguras do passado
Que hoje geram sofrimento
Não vejo um futuro brilhante
Carrego no peito muita tristeza
Poderia ter tido mais sorte na vida
Mas minha ferida não cicatrizou
Machucada pelo tempo
Que ainda não curou.
Não sei se devo reclamar para alguém
Sou do mundo e filho de ninguém
Um pobre sem esperança
Hoje minha revolta está nestas linhas
Não tenho certeza se critico os governantes
Se contra o governo esbravejo,
Se jogo a culpa aos ricos
Ou porque sou fruto
De uma sociedade perdida
Sinto-me um rato de esgoto
Fedorento e por este mundo perdido
Sem família, amor e muito humilhado,
Até com bandido já fui confundido
Não tenho forças para lutar
Meus sonhos o tempo matou
Meus olhos sem brilho,
Minha vida destruída,
Cair e levantar já não são possíveis,
Hoje sinto minha vida perdida.
Colho o vento,
colho as horas,
junto tudo ao segredo
que guardo no peito,
e vago em direção
ao infinito instante,
onde tudo é possível.
Mesmo que seja
apenas na algoz
inquietude silenciosa
do meu ser poeta.
Isso, em... Beirando abismos.
E eu que sou feito de misérias, vago...Andarilho, corpo fora do tempo e espaço. Passo, transito à margem do juízo, por dentro do caos e edifícios, fuço lixo, lambo o chão em que piso. Foi no reflexo do vidro que soube, sou reles, sujo! Subproduto do azar de ter nascido isso... O pino bate, apita o medo, corre pelo olho toma o corpo, cresce em mim o louco, me ganha o bicho, sou eu que desvivo... Enquanto não morro.
Pensamento vago, esqueça tudo
Esvaziem a mente, sinta a leveza
Veja o quanto você mudou, que errar faz bem
Mas persistir em erro e não ligar para a perspectiva da vida
A cada fracasso um motivo para crescer
Liberte seu eu interior, descubra o que realmente você pode ser e como você pode ser maior.
Mas sem esquece de ser humilde
Pois a vaidade tem um lado bom, ser otimista valorizar o que você é.
Kaike Machado
ESTAÇÃO
Em algum vagão
Enrijeço a minha nuca de desdém
Não vago em vão e não alugo peito
Não penso em mais ninguém
Só num pronto-abraço que me espera
Na estação mais farta que a primavera
Aonde o meu desembarcar
Pisa efêmero nos trilhos
Em que vou descarrilar
O meu breve juízo
Outra vez
SER ERRADO
restou
de um rebuliço cálido
um vão / inane / cavo
espaço amorfo y vago
espaço vasto / "ecooso"
espaço sideral de novo
nem certo nem errado
légua portátil (de carregar no bolso)
a margem perdeu função
antes deixasse o chão
a água se engoliu
se era verde : partiu!
praxes do meu Cerrado
há seca y
ipês
desabrochados
vasto momento
vago sentimento
pago mero vendido,
pela alma perdida,
sob a vida as estrelas do céus
constelações no teu amor
bem vinda na altiva marca do meu amor
te amo a cada dia
te amor para sempre...
todos limites vagam teus sonhos,
sempre para todo sempre te amo,
seja meu amor numa nuvem
sendo uma vaga no destino
seu sumario descreve seu mundo.
será meu mundo em todos dias da minha vida.
VAGO
Andando por ruas tão vazias quanto eu. em uma noite tão obscura quanto a minha mente sucumbida a um turbilhão de pensamentos.
Penso se toda essa dor que sinto arder em meu peito agora neste momento é necessária.
Doi tanto que me sinto sem ar, gosto do céu e de olhar as estrelas, então lembro dela, que carrega uma galáxia inteira nos seus belos olhos que brilham como nada que jamais vi.
Mas nem isso me conforta, me sinto perdido.
A morte diz; afogue-se calmamente na suas dores e venha comigo descansar.
Aceito esse convite ? Ultimamente é o que venho a pensar.
Nas ruas continuo a vagar, o que procuro
Eu não sei, apenas sei que a dor e angustia segue ecoando dentro do meu vazio coração.
-DARK P.
Sou do tipo volúvel, como sondado nas minhas paranoias, cego a razão, excrementado e vago no mundo, procurei abraços, me enforquei, no vento oscilado, pairando no azul ácido de minha deterioração, céu tão azulado, no seu purpurejar, sangrado e queimado...
Anos luz decifram o vago mergulhado em ultrapassados códigos de mentes atuais primitivas que nunca imaginariam a real condição astral de viver isso que chamam de dia a dia em adaptações ilusórias de influente maestria impressas num vulto espectro extenso de covardia imaginando ser nível de evolução com 10D de preconceitos humanos numa dimensão.