Vago
Abandono
Desde que você frio e indiferente abandonou-me
Vago triste vida afora,tornei-me andarilho do amor.
Solitário, despojado de afeto hoje resta-me a dor.
Passo os dias a caminhar entre as vias movimentadas,
Vez ou outra encontro o repouso em alguma calçada.
Adormeço entre a multidão indiferente e apressada.
O tempo e as perdas petrificaram lentamente a dor.
Acida angústia, vida vazia ancorada no teu desamor.
Sem destino...
vago sem direção
quase nem bate meu coração.
Sem você...
nada atino...
sigo em busca de um destino...
peregrino.
Queria nas asas do vento viajar
pra bem longe me deixar levar...
Coração leve...
vento me leve...
pro outro lado do mar.
Vago por ai
Na ânsia de te ver
Nem que seja por meio segundo.
Vivo do que não tenho...
Nem poderia comprar...
As pessoas que se auto rotulam , estão se auto limitando - se dentre de um mundo vago e sombrio , longe de quaisquer conhecimento produtivo .
“A mesma chuva, o mesmo sol e os pensamentos não mudam. A mesmice me carrega pelo mundo e vago sem nenhum motivo. O sentido já não é uma palavra pra minha vida, a vontade já sumiu de meu dicionário vital e a saudade anda vagando pela minha alma. Tudo se torna dispensável, sem retorno. O amor que tanto reinava, não me traz mais alegria, e os sonhos que me levantavam a cada dia, sopram pelos ventos. O desanimo é profundo mas continuo a buscar o antidoto para essa desgraça.”
É sentimento vago, não sei, acho que renomeado pelo espírito de cada um. Vivemos uma constante luta contra nós mesmos. O que importa é que alguém vem e nos redime no viver e no sentir.
Quem ama não precisa de tempo pra pensar, não corre atrás do vago, definitivamente não o trata com rispidez, e sim, não o vê com indiferença teus sentimentos.
SONETO VAGO
Porque à noite me abre triste
Num frio intenso sem amor,
E nessa ardência nada existe
E me falta à pele o seu calor...
Porque a lua é sem fulgor
E sem você nada consiste,
Porque em mim tudo persiste
Na luz branca do esplendor...
Porque morrem meus encantos
E intensos são meus prantos
Na noite imensa sem luar...
Porque eu perduro a solidão,
E na dor intensa ao coração
Eu vagueio sem te encontrar...
Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...
Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora!
Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.
Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...
Pensamentos.
Filho de um passado vago de lembranças,com um presente sem glórias a compartilhar,muitos pensamentos e poucas ações voluntarias,eis entao que me surge ela esplendorosa doce flor que me alega amor no qual retribuo ao meu incógnito mundo fraco sem ambições mais com muitas afliçoes,me aconchego em seu braços procurando um motivo para seguir entao em poucos segundos vivo os mais belos sonhos que fazem por muitas vezes lacrimejarem meus olhos que não atribuo a tristeza e sim a doce felicidade de estar protegido em seu caloroso amor,protetora e forte com um olhar que intimida os mais poderosos montros de meus pensamentos,sem ela fico aqui sem muitas forças pra lutar em pensamentos que longe ao seu poder me faz fraco e impotente aos maos,mesmo assim se eu cair sei que a terei me erguendo,poucos sabem mais esta é a unica razão do meu viver.á amo sem arrependimentos e com o maior dos meritos desse sentimento vivido por mim,daria sem exagero algum minha vida por ela.
Quão vago, quão duro e sem sentimentos são os diálogos digitados. Eu me pergunto, cadê as vírgulas, cadê os pontos parágrafos. Não que não os tenha em toda conversa. Mas será que quem leu conseguiu parar ou reduzir a leitura quando leu? Ou será que entendeu?
Receio que as conversas têm a força da emoção de quem lê. Se alguém estiver triste, tudo lhe trará uma cutucada em sua tristeza, se estiver alegre as vírgulas ou pontos serão irrelevantes, pois, toda frase será colorida e amorosa. Receio, que rasgar o verbo não seja mais tão necessário, basta deixar que o outro interprete.
Se algumas pessoas vão a um extremo a outro pessoalmente, imagine virtualmente! É preocupante.
Já não me prendo mais a "grupálogos" e/ou diálogos longos, tentando explicações para os anseios e descoberta das interpretações dos outros.
Acho que envelheci... já não caibo no mundo das adulações e bajulações, das poucas ações.
A vida é VIDA e reticências, e não ponto!
É muito mais que um sofá, um celular e pessoas longe.
Talvez o dia do abraço me trouxe a necessidade do abraço e a revolta de não tê-los tão perto para abraça-los. Quero presença!
Aos meus amigos e inimigos (Por que é lógico que em todo face tem um curioso querendo nosso mal, engana-se quem acha que não.) sintam-se abraçados e reflitam sobre a minha reflexão.
Com todos os pontos e as virgulas e ainda segue uma reticências para que saibam que meu carinho por vocês é sem fim ...
Profundo e ao mesmo tempo tão vago
Um olhar...
Seja ele a porta da alma ou mesmo apenas uma fração de segundos
Que revele o sentimento mais oculto ou a verdade tão óbvia
Ainda assim será supremo
Pois revela tudo aquilo que as palavras tentam esconder...
É tudo muito vago, é tudo muito cinza, é tudo muito nada.
Sempre que estou aqui, na verdade, estou voando para te encontrar.
Saiba, tudo é muito vago sem você, tudo resume-se em voltar
Pra qualquer lugar
Onde possa ter ver
Te tocar
Te olhar
A vida é confusa demais
Quando um pedaço seu fica para trás
Mas no meu caso
É o meu melhor pedaço.
Dia chuvoso, gotas caem do céu, lágrimas escorrem dos olhos sem permissão, pensamentos vazios, vagos e frios... mas, a saudade que bate nos impede de ter bons pensamentos e criar expectativas positivas de amor.
Cama fria
A cada dia que se passa
Meu quarto fica cada vez mais vago
Sem te ter do meu lado
O sereno da noite embaça
O vidro do quarto
Escurecendo o pouco da luz
Da lua que reflete em meu quarto
Minha respiração ecoua
Pelos quatro cantos
Meu pensamento
Vaga pelo frio da solidão
Deitado na minha cama
Meu coração clama pelo teu calor
Volta pra me aquecer
Pois é difícil sem te ter ainda mais
Nessa cama fria
Jefferson Manoel
“Sabe, está sendo tão, mas tão difícil. Tão, mas tão vago e sem graça. Não tem mais cor, mais nada. Você levou tudo. Tudinho. Você levou a parte que mim que eu mais gostava, a minha risada mais engraçada e o meu abraço mais confortável. Talvez eu ainda os use, inconscientemente. Talvez tenha apelidado um dos beijos com o teu nome, não sei. Eu tive que me tornar tão má e ir além de fazer das pessoas que eu conheço apenas uma imagem em preto e branco ao redor de mim. Nada mais importa, entende? Não faz diferença quem cruza o meu caminho agora, até porque, algum beco daqui de dentro tem um outdoor com os teus olhos estampados e, com certeza, alguma rua também traz o teu nome completo.
Eu te quero tão bem ao ponto de me fazer mal. Quero o meu nome gravado em um dos teus sentimentos confusos, - porque não em uma das tuas melhores lembranças. Você me deixou uma marca tão profunda, mais que profunda; você tatuou em mim as tuas birras e hesitações. Ensinou-me a ser medrosa e aparentemente convincente, cigana dissimulada feito Capitu, me ensinou a ser do mundo, das crises, dos elementos água, terra, ar e ah, o fogo. Aprendi a ser fria, dormente por dentro, desconfiada, ranzinza, chata, metódica. Aprendi a ser tua.
Fecho os olhos por você ainda, ontem e amanhã. Na verdade, bem verdade, eu nunca vou amar alguém como amei você. Como eu amo você. E como eu amo o modo como o meu batom fica borrado na tua boca. Eu respiro você, eu zelo pela tua vida, pela tua morte, pelas tuas faltas. Eu sinto a dor de um parente querido que foi embora. Mas, sem eufemismo, o seu “você” meu, morreu. Morreu pra sempre. Morreu tão fatalmente que eu simplesmente mal consegui acompanhar. É o que dizem, morreu tragicamente em um acidente. Acidentes acontecem. E foi um acidente desde o primeiro “oi”.”
— E quem disse que quem não é visto não é lembrado, certamente não te conheceu.
Eu já te amava pelas fotografias.
Pelo teu ar triste e decadente dos vencidos,
Pelo teu olhar vago e incerto
Como o dos que não pararam no riso e na alegria.
Te amava por todos os teus complexos de derrota,
Pelo teu jeito contrastando com a glória dos atletas
E até pela indecisão dos teus gestos sem pressa.
Te falei um dia fora da fotografia
Te amei com a mesma ternura
Que há num carinho rodeado de silêncio
E não sentiste quantas vezes
Minhas mãos usaram meu pensamento,
Afagando teus cabelos num êxtase imenso.
E assim te amo, vendo em tua forma e teu olhar
Toda uma existência trabalhada pela força e pela angústia
Que a verdade da vida sempre pede
E que interminavelmente tens que dar!...
Adalgisa Nery
A loucura é insana e idiota. O drama é vago e arrogante. O orgulho machuca e fere. O momento se perde e se recompõe. O fogo é o mesmo que estilhaça. O verdadeiro muda de acordo com a necessidade. O conceito pula etapas. A dor é uma condição, e o amor a razão. Luzes se apagam e a escuridão reluz. As cortinas são as mesmas que revelam o mágico. O abismo não é tão horrível quanto os olhos do ser humano. Sob o mar, sobre o ar. Abaixo das nossas cabeças, acima dos nossos pés. O que é claro é uma ilusão, e o que é escuro uma imensidão. Tic Tac, Toc Toc, Tum Tum. Ponteiros, Batida e Tambor. Qual é mais alto? Qual ensurdece mais? Qual incomoda mais? Qual te destrói mais?