Vácuo
Em quê procurar refúgio, os objetos não tem vida não retribui o que se oferece, parece ter um vácuo em cada lado ou lugar que se olha...
Chove chuva, chove por mim, chuva
Derrama em mim teus pêsames
Prol do vácuo em meu peito
Frustrado demais para não chorar
Mas ainda assim no mesmo tempo
Cansado demais para fazê-lo.
Chove chuva, chove por mim, chuva
Conceda a mim um arco-íris
Amparo dos acontecimentos
Metas de outro tempo perdido
insolente demais para mudar
Insolúvel demais pra aguentar.
Chove chuva, chove por mim, chuva
Tarde abraça-me toda azul
Bálsamo do maldito momento
E que venha tu a ser um dia
O suor do futuro agora
Não lágrimas deste mundo triste.
Um grito no vácuo
Grito, será que ninguém me ouve?
Choro, será que ninguém enxerga?
Chuto, soco...será que ninguém ver meus hematomas?
Mudo...ninguém percebe?
Estou de roupa, me sentindo completamente despida
Estou sorrindo, me sentindo completamente depremida
Estou caminhando, sentindo que a cada passo, posso cair ou vacilar
Estou fraca sendo firme, estou desmoronando sendo uma muralha.
O tempo quis brincar de faz de conta comigo, e aqui estou eu, viciada nele; O famoso jogo da vida.
Meu abismo interno
... um inferno...
é eterno.
um vácuo... um vazio
não há eco.
Oco... tudo em mim é oco... louco.
Insano esse nada interminável... sem planos...
esse vazio intragável
essa dor insuportável...
meu abismo interno...
tamanha falta de ar...
pode o vácuo me fazer chorar?
Diga-me quando essa madrugada fria, vazia vai terminar.
Vou eu quando de novo calmamente poder respirar?
Se você dá um vácuo em alguém e responde depois de um bom tempo, e esse alguém não fica irritado ou mesmo bravo contigo, valorize!
Ai, de um mim
I
Não sei se triste, carente
Se fez o vácuo, nem claro...
Tampouco tão negro, ecuro,
Claro demais, de repente!
Tivera por um instante
Que se perder, sem sim,
Sem passado, presente,
Ou o futuro! Ai, de um mim!
Na penumbra do incerto
O rumo escolhido do não
Quiseramos o fim por certo!
Perdido em meio a solidão
Em meio ao árido deserto,
Iludir saciar a sede o coração!
II
Ai, de um mim com o lamento,
Á derramar lágrimas ao vento,
Fosse clamar um grito ao mar
Tivesse, somente, que chorar!
Desfiando- te num vale escuro
Sepultasse a lua na cova da mão,
Á apagar a noite apta de devoção,
Sentenciando á dor e ao obscuro!
Na labuta do ora e o infinito agora
Quão efêmero o diáfano precipício,
Estingui-lo-ão todos, sem demora!
Depois cobrir-nos- ão o escuro véu
Nosso fim, traçado desde o início...
Voltaremos a Deus, para alto do céu!
Não há mais luta no Brasil porque vivemos no vácuo do sofismo narcísico. Há teorias, convicções, mas a práxis foi amputada pelo desejo irrefreável de contemplação do próprio pensar. Com a Internet, viramos cérebros sem corpo flutuando deslumbrados num oceano de parábolas e, consequentemente, incapazes de ação. É justamente neste hiato entre a ideia e a paralisia que as bestas ocupam o lugar dos revolucionários.
Quem conquista fama e sucesso pode ser uma vítima e prisioneira do estrelato. O vácuo e o vazio produzido pelo silencio de não estar mais no topo e na boca das pessoas pode ser esmagador e a antiga busca pelo sucesso se transformar em medo. O medo do silencio das multidões.(Walter Sasso - Autor de "Dobra Púrpura" e "Sem Denise")
Tu chegastes com tal intento
Rompendo as fechaduras de relento
Que trancam o vácuo, espaço vazio
Por onde irradio lembranças do meu lamento
Ao destrancar sem hesitar
O vazio com o qual permaneci tanto tempo
Por ti, tão tolo, me apaixonei isento
Revivendo em mim nuances que um dia esqueci
E quando tornas a desaparecer
Faz-me aflito, prestes a perecer
Ainda que não tardas a voltar
E prometas que a meus braços sempre retornará
Ansiedade que corrói o receio de perder
Mais uma vez alguém que me faz viver
Todas as volúpias de um bel prazer
Do inteiro encanto que um dia me privei
Por perder você
Quem sou?
Sou um aglomerado de pensamentos.
Um atordoado de gritos silenciosos presos ao vácuo.
Uma série desastrosa de acertos inconscientes.
Um espaço preenchido pelo vazio de existir.
A palavra certa
'No vácuo de um olhar busco um pensar equidistante que ascende todos os horizontes. Um infinito".
VÁCUO
Vivem uns por letra
Outros porém, de som e tonalidades
Há sempre aqueles que padecem na melodia
Que ora, entortessen a realidade.
Desconhecem a rima perfeita que não se apaga, pois é visto que outroras alguém que amou
O que já sonhado acalentou,
Não mais em euvorado murmurou
Desvenda, prevalece, espera
A gosto sempre estár.
Por tempos....
Minam nesses sons bem agradados
Por hipocrisia da sã realidade
Por onde passos são plantados e mal plantados
Adveras menos alento
Afogam o gosto puro e refinado
Que aos jovens não foram contemplados.
Para fins não há de entender
O que em letra tento escrever
Apenas um vazio deste vácuo
Deixado pelo autor.
willas 21.11 15