Usar
Não posso usar Caio, Clarice, Neruda ou Pessoa para dizer o que estou sentindo, pois o que estou sentindo acabou de nascer.
Todos nós temos uma cota de consideração para usar. Empregue em quem realmente mereça, ou não sobrará para as que merecem.
Algumas partes da arte, nem existem de verdade, cabe a quem observa, usar a imaginação. Assim é a vida, uma obra de arte criada diariamente, nunca com perfeição. Admirada ou não, que seja simplesmente respeitada por todos.
Pra que usar e magoar,quando podemos amar e fazer felizes ums aos outros? Quando todos formos livres de toda maldade e qualquer tipo de interesse,seremos felizes realmente.
Não vou dizer sobre o que sinto.
Faço a ilógica tentativa de usar o silêncio para silenciar o meu grito.
Não consigo calar os meus gestos.
Opção.
usar o cabelo preso ou solto, ser magra ou ser gorda, ter o mais belo sorriso ou não, ter o cabelo liso ou enrolado, ser extravagante ou discreta, o amor ou a razão, o querer ou o poder, se calar ou questionar , o certo ou errado, o sim ou o não, a paixão ou a atração, a verdade ou a decepção, ser ou não ser, duvidar ou acreditar, enfim, {…} “Todo ponto de vista, é a vista de um ponto”
Quem tem autoridade deveria usar-la para fazer coisas boas a todos e não apenas para usar como um benefício próprio.
Sinto-me como um pássaro dentro de uma gaiola. Um pássaro infeliz, que se limita em usar suas asas para voar em menos de um metro quadrado. Um pássaro que sente vontade de fugir da gaiola e conhecer novos lugares, novos pássaros, novos horizontes. Mas algo ou alguém sempre me impede. Talvez, quando me soltarem da gaiola eu não me acostume com o novo ambiente e me tranque de novo. Ou melhor, eu me acostumaria. Fácil! E voaria para longe, bem longe, para que não tentassem me trancar de novo naquela velha gaiola. Mas enquanto isso ainda estou aqui sonhando em voar. Mesmo sem ter asas.
E lamento dizer isso a você, mas vou ter de usar uma porção de clichês aqui. Não vejo nenhuma maneira de escapar disso.
Tenho vergonha de contar-lhe que eu andava nas nuvens. E lamento mais ainda ter de lhe dizer que me sentia como se o tivesse conhecido durante toda a minha vida. E vou agravar as coisas, contando ainda que achava que ninguém me entendia do mesmo jeito que ele. E, como perdi toda a credibilidade com você, também posso dizer que não sabia que era possível ser tão feliz. Mas não vou forçar a barra contando-lhe que ele me fazia sentir segura, sexy, inteligente e meiga. (E, lamento, mas realmente devo dizer-lhe que achava que havia encontrado minha outra metade e agora eu era inteira, e prometo que vou parar por aqui).
Era como tentar empurrar uma cavilha redonda num buraco quadrado. Ou usar sapatos nos pés errados. Desagradável, desconfortável e quase certamente fadado ao fracasso.
Assim como eu uso a bebida pra esquecer o Amor, os alcoólatras deveriam usar o amor pra esquecer a Bebida.
Usar reticências no fim não é muito adequado quando se quer realmente um ponto final, então seja cavalheiro comigo, do jeito que me abriu a sua porta feche, não a deixe encostada quando você na verdade não está mais lá para me receber...