Urubu
Tubarão, cavalo-marinho, urubu, peixe-prego, dragão, o alf? cavalo-branco, espinha de peixe,
rinoceronte, filhote de pardal, metade gente/metade gato, golfinho, croissant,
cachorro poodle, submarino, coruja...
Estou vendo os desenhos nas nuvens
O que pode ser mais bonito que o céu?
Por trás das nuvens
Um mar de grandeza
Não existe um ponto nessa imensidão
Meu conceito territorialista ficou sem valor
Senti a vida mergulhada numa espécie de torpor
Abitolada de rotina
Me acostumei a não ver além da retina
Minha vista cansada tem um papel a desempenhar
Vai olhar e ver
Estará proibida de ignorar os fatos
Enxergará como um ser com limites
Mas pedirá ao Deus sem limites
O dom para contemplar além do véu.
Flores começam a brotar
Os jardins ficam mais coloridos
Regue suas plantas, melhora o ar
Atrai os amigos mais queridos.
Tudo, agora, na natureza
Está lindo, lindo pra chuchu
Mas, em contraste, há a certeza:
Estamos cercados de urubus.
Reinam as maiúsculas, só não percebes tu.
Para você que vive das desgraças e tristezas alheias, você que se alegra na dor de quem está sofrendo. Existe um animal na natureza que tem o comportamento similar ao seu, o urubu.
Desculpa se a minha tristeza preocupa.
A intenção não é essa.
É que tem dias que despenco do meu próprio abismo, num rasante, como uma única e infeliz tentativa de ser percebida.
Mas ninguém me entende, porque já não há mais nada pra se entender e eu não saberia explicar.
Desculpa ai...eu tbm fracasso às vezes...
Eu também beijo a lona, me esborracho, me esfarelo, me arregaço toda tentando se salvar de um pesadelo que nunca tem fim.
Mas não se preocupem...eu sou como os urubus que vivem de carniça. Me alimento todos os dias da minha própria infelicidade.
Isso sustenta a minha habilidade de sobrevivência quando tudo em mim é fome de vida!
Desculpa ai!
Mell Glitter em "Retratação!"
O antes já passou, o depois quem sabe virá.
Caminhando, passo a passo no espaço da vida, vamos aprendendo. A cada nova marca de expressão, a cada calo no calcanhar, nossa experiência só aumenta.
Dizem que os mais velhos são mais sabidos. Digo que os mais vividos são mais sabidos. Não adianta ter rugas, cabelos brancos , para ter bagagem com conteúdo. Há pessoas com muitos anos de vida, que não possuem uma boa história para se contar. Que apesar do tempo, não conseguiram entender o sentido da vida. Não conseguiram aprender a conhecer o proximo, mesmo aqueles que não são tão próximos assim. Digo, conhecer pessoas, quando se olha bem no fundo dos olhos e logo já enxerga os sentimentos da alma. Sim, sentimentos da alma, todos possuem. Porém são os poucos e os bons que procuram notar isso. São poucos os perceptíveis. Que por mais que tentem não conseguem errar a opinião traçada a respeito de tal pessoa. Se por um acaso você nem sonha o que isso significa, volte a perder seu tempo com o celular. Iguais a você o Mundo está saturado. Agora, caso você seja e perceba que é diferente, que pode enxergar além do que os olhos podem ver, sinta-se privilegiado. Enxergar com o coração são poucos que conseguem. Conseguir medir a quantidade de bondade e de maldade que o ser humano carrega não é uma tarefa fácil. Ou pelo menos saber distinguir o verdadeiro caráter, seja pelo olhar, pelo modo de falar, pelo modo de agir. Principalmente quando esse Mundo está cheio de lobo vestido em pele de cordeiro. Onde a inveja, a vontade de ver o próximo em maus lençóis virou epidemia. Mas felizmente para se viver essa vida não precisamos nos importar com essas criaturas. Os bem vividos sabem que os calos nos protegem de qualquer pedregulho. Que acima de olhos famintos pela desgraça alheia, existe uma força infinita, uma luz mais forte que farol a laser, a luz que é impossível imaginar a proporção. A força que nos guia e protege de todo mal que existe nesse lugar imenso.
A vida é dos vivos que entendem o que é viver. Que estão aqui por algum propósito. E não para aumentar a numeração do IBGE.
Um beijo aos urubus
Para! Eu digo.
O teu bater de canto me adoece!
Não tem gaiola pra não habitar em minha sala,
Voa pra bem longe!
Eu te odeio!
Um urubu caiu nas minhas costas, ele não tinha a intenção, se arrastou para baixo do carro e me olhou triste, pediu desculpas.
Tu és canário, alegre, bate à porta e ceia em minha mesa, não me espreita.
Eu sei que não desejas devorar a pele dos meus ossos quando cair morto, a tua diversão é cantar, pular e gritar, enquanto vivo em dor.
Morra!
O Homem é o animal mais sem tempero da natureza humana . Talvez por esta razão não respeita a sua própria natureza criando guerras ,matando animais não tem equilibrio e por isto os urubus recusam a sua carne .
Um sabiá cantava tão lindo que até as laranjeiras pareciam sentir a melodia.
No mesmo ambiente, um urubu invejoso, covarde, mentiroso, queixa-se:
— Mal abre o bico este passarinho e o mundo o admira. Eu, entretanto, sou um espantalho que todos fogem com repugnância... Se ele chega, tudo se alegra; se eu aproximo, todos recuam... Ele, dizem, traz felicidade; eu, mau agouro... A natureza foi injusta e cruel comigo. Mas está em mim corrigir a natureza.
Pensando assim, aproximou-se do sabiá, que ao vê-lo armou as asas para a fuga.
Logo tentou dar-lhe uma bicada.
Indaga o passarinho:
— Que mal fiz eu para merecer tanta ferocidade?
— Que mal fez? É boa! Cantou..., cantou!
Ter talento: eis seu crime!
Sabe quando você esta conversando com seu amigo e ambos estão se sentindo no fundo do poço, tudo errado, tudo bagunçado, sem perspectiva nenhuma, aí chega outro, e na conversa você percebe que ele também esta na mesma, não deveria mais é confortante saber que urubu é preto em todo lugar.
Sobre os que habitam as sombras…
Há, na vastidão da vida, criaturas que não conhecem o ímpeto de criar, nem o ardor de conquistar. Sua existência se arrasta como um nevoeiro denso, alimentando-se não daquilo que oferecem, mas do que sugam de outrem. Estas almas, tão desprovidas de força para erguer a própria morada, preferem rondar as ruínas alheias, como aves que não sabem cantar nem caçar, mas que vivem à espreita do cessar de um coração.
Vou te contar sobre os urubus. Eles não possuem garras para o ato feroz, tampouco asas para o voo nobre. Não derramam sangue por um combate justo, nem se encharcam na coragem de um enfrentamento direto. Sua subsistência é a morte alheia — um banquete que não provocaram, mas que esperaram pacientemente, com olhos vazios e fixos, na esperança de que a vida, por si só, lhes conceda o que não têm coragem de buscar.
E o que dizer dos homens que se assemelham a essas aves? Há quem passe os dias não vivendo, mas observando. Seus olhos não enxergam horizontes próprios, apenas os passos titubeantes dos que ousam caminhar. Não se movem pela criação, mas pelo colapso. Não brilham, mas se alimentam da escuridão. Esperam, no silêncio de suas sombras, que o fracasso de outro lhes sirva de sustento, como se a queda alheia pudesse, de algum modo, preencher o abismo dentro de si.
Mas eis a ironia: os urubus, tão acostumados à calmaria fúnebre, tremem diante da luz e do movimento. A claridade os cega, o ritmo os desorienta. Da mesma forma, essas pessoas que vivem à margem, à espreita, só conseguem se aproximar de quem se detém, de quem apaga o próprio brilho para caber na penumbra que elas habitam.
Então, se desejas manter os urubus — humanos ou não — longe de ti, a resposta é simples: brilhe. Não um brilho qualquer, mas um que irradie tua essência, tua verdade, tua capacidade de criar, mesmo em meio ao caos. E não pares. O movimento contínuo é o antídoto para os olhos que vigiam e as mãos que esperam. Quem brilha e avança não deixa espaço para os que vivem da espera.
Pois, no fundo, a luz não apenas afasta as sombras; ela as dissolve. E o movimento não apenas confunde; ele liberta. Que tua jornada seja uma dança incessante de luz e vida, um espetáculo que os urubus jamais poderão alcançar.
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