Urgência
Já tive urgência, hoje não mais. Caminho em passos lentos e acredito que o que é definitivo virá. De alguma forma virá. E sem pressa, vai encostar na minha vida, vai sentir a minha alma e gostar de ficar.
Tenho urgencia no aprender... tenho urgencia em realizar... tenho pressa em viver... Não quero perder um minuto se quer. Só eu sei o quão profunda é minha vontade de crescer. Só eu sei os sonhos que guardei e de quanto abdiquei. Tenho urgencia... Tenho urgencia... de liberdade, de sonhar, de voar...
Celeridade vital.
Quem "decide" a urgência que você deve reagir as coisas? Queria falar com Einstein sobre a relatividade do tempo/velocidade, porque a sociedade não escolhe minha tranquilidade, meu ciclo e minha identidade.
"Nestes tempos de pandemia, os que têm urgência em viver intensamente e recuperar aceleradamente a vida, talvez se cruzem nas aglomerações, baladas e pancadões com a morte que da mesma forma, tem pressa em nos levar."
Espera, um pouco, Pensa!
Porque temos urgência na felicidade, ou pra ser feliz?!
Se não é pleno este gozo "felicidade"?!.
Pensa! espera um pouco.
Temos urgência na felicidade, ou pra ser feliz?!
Insistir no fugaz se não é pleno este engodo "felicidade"?!
As pessoas tem mais resistência à mudança, sem o sentido de urgência! Por este motivo, o bom líder precisa muitas vezes criar descontentamento nas pessoas, sabendo que isso vai permitir que elas mudem para melhor.
25/06/2024
Me consumindo com urgência, deixo de aspirar.
Sem conseguir pensar, quebro minha alma, quebro meu espaço.
Analgesia a dor, remoendo em aflição, meu coração inflama de tanta angustia.
Sentimento agudo, carregado de incertezas. Perguntas afiadas, respostas dolorosas.
Visão turva, não vejo com clareza, arrependida a cada palavra dita, e a cada ação cometida.
Minha vida é um constante reinventar, onde cada amanhecer traz a urgência de fugir da mesmice e do anseio latente por seus lábios. Meus sonhos, aqueles que me abraçam à noite, são meu norte, meu desejo de caminhar por estradas desconhecidas, na busca incessante de um futuro que ainda não tomei em minhas mãos.
Mas, quando o sol se despede e a noite se instala, a realidade se desenrola em matizes que não desenhei. E mesmo assim, insisto em querer mais — mais dos seus olhos, mais das suas palavras, mais de você. Porque meu coração, inquieto e insaciável, sempre espera que o amor se revele em sua forma mais plena, mais intensa, mais você.
E enquanto eu espero, meu coração bate mais forte, sonhando com o dia em que a realidade finalmente será tão doce quanto as promessas feitas em silêncio. Eu quero sempre mais, pois o pouco que vem de ti nunca será suficiente para um coração que aprendeu a querer o infinito.
A URGÊNCIA DO HOSPITAL DE ÉVORA NÃO É O QUE DIZEM ...
No Passado dia 14 de Janeiro quando ao final da tarde fui chamado pela mãe para regressar a casa porque a avó Clarisse de 92 anos estava estranha não imaginava o que se viria a passar. Quando cheguei a casa encontrei-a apática, pálida, sem qualquer reacção. Fiquei apavorado. Note-se que esta avó me é muito importante. Aflito e depois do conselho de uma vizinha Médica, que imediatamente e sem pestanejar acorreu a minha casa, a quem muito agradeço, chamei o INEM. Ágeis, três Bombeiros de Arraiolos trataram a avó com enorme delicadeza e amabilidade prestando-lhe os primeiros socorros levando-a de imediato para a Urgência do Hospital do Espirito Santo de Évora. A eles o meu muito obrigado. Acompanhei-a. No Hospital foi atendida, encaminhada, devidamente medicada. Todo este processo durou alguns dias e as minhas idas ao hospital eram constantes. Vi ali de tudo. Mas o que vi não abona em favor dos familiares dos doentes. Como é possivel que pessoas que tem os seus familiares debilitados os levem para a Urgência para serem tratados por quem lá está com essas funções e mal tratem as pessoas que os vão tratar?! Poucas vezes lhes ouvi sair das bocas as palavras, por favor, com licença e se faz favor. E atenção porque eu estava nas mesmas condições, era familiar de uma doente. Vi falta de macas, de lençois, de camas, de espaço, exames que levam tempo a dar resultados porque é mesmo assim, médicos e enfermeiros a fazer turnos de 24 horas, funcionárias de recepção esgotadas a lidar com doentes, médicos, familiares por vezes dificeis. E as familias a atrapalharem ainda mais quem queria trabalhar para lhes salvar os entes queridos. Bizarro! E de quem é a culpa de todas estas faltas de condições? Do hospital? Dos médicos? Dos enfermeiros? Dos funcionários em geral? Não! E nós sabemos que não! As politicas que nos governam e dizem que está tudo bem só querem votos. Mas isso já sabemos (é pena é que andemos aqui a votar em partidos em vez de votarmos em pessoas).
Mas afinal quem é que é acusado destas faltas? Aqueles que estão à mão. Os que por graça ou ironia precisamos que tratem os nossos familiares. Mas estamos todos loucos? Então atacamos e mal tratamos quem precisamos que ajude os nossos doentes? Vi ali tanta coisa desagradável. Entre a impotência de médicos, enfermeiros, funcionárias de recepção, triagem, seguranças, auxiliares, senhoras da limpeza, todos sem poderem fazer nem melhor nem mais rápido porque estão limitados pelo espaço e pelo tempo e os sucessivos ataques de quem precisa dos doentes tratados disparando aleatóriamente acusações despropositadas. Ouvia constantemente aos gritos: "Na semana passada, há dias ou ontem, ouvi dizer que vocês iam deixando morrer aqui ..."
Mas passa pela cabeça de alguém que numa urgência um médico ou enfermeiro deixe morrer propositadamente outro ser humano naquela situação?! Fiquei horrorizado!!!! Por vezes vi funcionários chorarem. Ficarem desolados. Ao que nós chegámos! Pessoas que afirmo estarem a dar o seu melhor e afirmo porque vi, experienciei na pele.
Pois venho aqui dizer que ninguém sabia quem eu era nem quem era a avó quando ali entrei. E desde a porta da entrada, do segurança ao médico, passando por todos os funcionários da urgência do Hospital do Espirito Santo de Évora só posso reconhecer e agradecer tudo o que fizeram pela a avó e por quem lá estava a ser tratado. E estava lá muita gente doente. Ninguem nos privilegiou ou escolheu pelos nossos olhos. A delicadeza, a disponibilidade, a amabilidade com que fui recebido, tratado, encaminhado ajudou-me muito a ultrapassar este momento dificil que durou quase oito dias e que sei que ajudou nas melhoras da avó. Fui tratado como um ser humano e talvez porque os tenha trado igual no principio. Estou grato a todos e venho aqui publicamento dize-lo porque merecem que o diga, que o publique, que se faça saber. É necessário ser-se mais compreensivo com quem precisamos que trate dos nossos doentes. E assim o quis e tentei fazer desde o inicio talvez porque a avó sempre me tenha ensinado que reconhecimento e gratidão geram abundância. Abundância em caridade e amor com quem nos está próximo em cada minuto de vida ainda que não saibamos quem é. Quanto a avó já está em casa a recuperar.
A quem trabalha no Hospital de Évora, essecialmente na Urgência, estou-vos profundamente grato por muito, por tanto porque reconheço o vosso mérito e vejo as dificuldades em que estão imersos numa profissão que se tornou tão ingrata. Rezo por todos para que Deus vos conceda a capacidade e a paz interior mais do que tratar dos doentes saberem lidar com quem os leva ao hospital porque a Urgência do Hospital de Évora não é o que dizem.
Um neto grato e reconhecido
O que quero não é o que preciso, se definir precisar;
Há urgência nisso, querer nem sempre é poder precisar;
Fazer o que precisa fazer, por que é necessário,
Tenha sempre em mente que, precisar não é querer.
No frenesi da urgência emocional, esquecemos que o amor é uma sinfonia que se compõe com notas lentas e harmoniosas.