Urbano
Carta de Junho
Chegamos na metade...
Junho. É o mês onde paramos em seu primeiro dia e falamos...
"Nossa já está na metade do ano... Como o ano passa voando..."
Na verdade o ano passa sempre no mesmo ritmo...
Cada minuto ainda possui 60 segundos...
Cada hora, 60 minutos...
Na verdade, o dia ainda possui 24 horas...
Cada semana, com os seus 7 dias típicos...
Cada mês com 28,30 ou 31 dias...Depende exclusivamente do calendário...
E nesta união, somando tudo, algo em torno de 365 dias e mais algumas horinhas de saideira,
Ao conjunto de segundos, minutos, horas, dias, semanas e meses;
"Chamamos de mais 1 ano vencido, mais uma primavera, verão, outono e inverno...Etc, etc...Blablabla..."
Então o que fazer??? O tem de errado??? Por quê o ano passa voando???
Trabalho, estudos, rotina, estresse...Etc, etc...
A junção de tudo isso, faz com o que não percebemos o passar dos dias, semanas, meses... "Vida..."
E com isso...
Passam os instantes onde bate aquela saudade...
Passam os momentos...
As ilusões...
Os sonhos...E os pesadelos...
A vida continua a passar...Mesmo só... Ela continua...
No mesmo ritmo...
O ritmo das batidas do coração...
Mesmo os solitários...
Continuam a bater...
É o caso deste poeta...
Poesia
Na poesia...
Aonde deixo todo o meu amor transpirar...
Em cada linha escrita, em cada parágrafo, em cada vírgula ou reticências...
Consigo a minha paz...
Na poesia...
Que meus dedos dedilham a geografia de teu delicioso corpo...
Na poesia...
Que roubo-te beijos na calada da noite...E você não percebe...
Em cada linha poética...
Esta o caminho que me leva a ti... Mesmo sem você perceber...
Em cada linha poética... Mantenho meu coração vivo...
Em cada linha poética... Mantenho minh'alma viva...
Ao fechar meus olhos...
Enxergo teu belo rosto de menina...
Ao fechar meus olhos...
Sinto o teu perfume e a maciez de tua pele...
Ao fechar meus olhos...
Consigo aproximar-me da minha paz...
E neste mesclar de imagens... Sonhos... E delírios...
Todos causados pela saudade de teus lábios colados nos meus...
Que a minha poesia nasce...
Receita poética
Uma boa relação começa pela troca de olhares...
Tanto os ingênuos como também os mais libertinos...
Adicione aos olhares o fogo da paixão...
Que com o passar da mistura fina passa a ser homogênea igual ao amor...
Adicione pitadas de união e cumplicidade a mistura...
Pode adicionar também um pouco de açúcar ou chantilly ou qualquer outro ingrediente que apimente a a curiosidade de explorar...
Continue mexendo até o amor ganhar forma...
E assim, quando a mistura fina estiver bem ligada se desprendendo dos ciúmes...
Coloque a massa em forma untada de esperança e bem-estar...
Leve-a ao forno caliente da paixão...
Nesta fase tem que ter paciência... Pois, se retirar antes do tempo a mistura fina desanda...
Alguns longos minutos depois...
Esta pronto o casamento...
Ops...
A receita de casamento poético...
Poema sem nome
Já tive todas as bocas que um homem imagina beijar...
Já tive todos os corpos... Já tive a santa...
E também a devassa...
Mas...
Na mão de todas...
Escorreguei feito areia entre os dedos...
Dentre todas...
Apenas uma...
Despertou meu encanto...Conquistou meu coração...
Levou-me à terras... Nunca antes exploradas...
E...
Com o passar do tempo...
Escorregou...
Feito areia...
Entre os meus dedos...
Tolerância
Qual a tolerância da Gula???
É o ponto onde encontramos a temperança entre o nosso corpo e espirito...
Qual a tolerância da Avareza???
É quando encontramos a generosidade com o próximo...
Qual a tolerância da Luxuria???
Quando encontramos a honestidade nos olhares...
Qual a tolerância da Ira???
A serenidade em encarar o mundo caótico com leveza e poesia...
Qual a tolerância da Inveja???
Ter o desprendimento de valores e conceitos...
Qual a tolerância da Preguiça???
Ter a vitalidade e o prazer no labor...
Qual a tolerância do Orgulho???
É ter humildade em admitir nossos erros...
E pedir desculpas por eles...
E...
Qual a tolerância do Amor???
É o exato momento em que o encontramos...
Neste momento só é permitido amar...
Amar...Amar...Amar...
Missão Poética
É a eterna busca do poema perfeito...
Buscar no universo de cada sonho...Sonhos bons e os ruins...
As respostas do mundo...
A missão de um poeta é árdua...
Unir as palavras em frases...
Destas frases formar os versos...
E assim expressar o mundo em linhas tortas...
Tortas iguais ao mundo onde vivemos...
Um poeta nunca é perfeito...
E quem neste mundo é....
Na poesia escrevo o mundo...
Bonito e feio...
Gentil ou agressivo...
Na poesia escrevo sobre tudo...
Escrevo sobre o meu maior amor...
Escrevo sobre a minha maior dor...
E assim continuo a caminhar...
Palavra por palavra...
Verso por verso...
Até o dia que encontrarei o poema perfeito...
O poema final... Onde encontrarei todas as respostas...
Ou morrer com todas as dúvidas poéticas...
Gula
Difícil, olhar nos teus olhos, e não desejá-los, por infinitos minutos fitando-me...
Difícil, admirar a geografia perfeita de tua boca... E não a desejá-la colada na minha...
Pelos infinitos minutos descritos acima...
Os sete pecados poéticos
Avareza
Confesso...
Sou um avarento de carteirinha...
Não sinto vergonha disso... Nem tão pouco remorso sinto...
Não vendo e não troco...Não empresto e não devolvo...
Também não jogo no lixo o que tenho de maior valor...
Empresto dinheiro... Esqueço de cobrar...
Mas, o que eu tenho de maior valor...
Não brinco...
Não adianta insistir...
Em relação ao meu bem maior...
Sou um avarento confesso...
Entrou dentro deste coração poético...
Precisa muito para conseguir sair dele...
Muito mesmo...
Sou um eterno avarento amoroso...
Guardo este amor... Na segurança extrema deste mundo caótico...
Os sete pecados poéticos
Inveja
Invejo os solitários que nunca se apaixonaram...
Pois, esses afortunados...
Só usam o coração, com o seguinte proposito...
O de manter a vida...
Os sete pecados poéticos
Preguiça
Sinto saudade da preguiça ao teu lado...
Nossos corpos enroscados...
Sussurros... Juras...Bobagens... Risos... Juras...
Sinto saudade deste tempo...
Onde o mundo parava por infinitos minutos...
Era somente nosso... De mais ninguém...
A infinita preguiça de não querer sair do lugar...
A infinita delícia de ficar agarradinho ao teu corpo...
Sentir o calor e a tua respiração...
E esquecer de tudo...
Esquecer de todos...
Esquecer dos problemas do mundo...
Os sete pecados poéticos
Orgulho
De todos os meus atos...
Inúmeros são e serão falhos...
Mas...
Sinto um orgulho de nunca mentir...
Sou impulsivo... Ranheta e chato ao extremo...
Falo o que penso... Sei pedir desculpas de algumas palavras ditas...
Mas...
Sinto um orgulho enorme... De jamais mentir...
Se eu amo... É pra valer...
Se não gosto... Falo na lata...
Não me vislumbro por títulos...
Neste mundo, ninguém é melhor que ninguém...
Todos... Pecam e erram...
Sentem a gula...
Possuem a avareza na carne...
Usufruem da luxúria...
Sentem a ira no ranger dos dentes...
Possuem a inveja em parceria com a preguiça que impede de evoluir moralmente e intelectualmente...
Se afundam na vaidade...
E no orgulho de dizer que nunca erram...
Tolo é quem se esconde nas cortinas densas do orgulho...
O orgulho de não aceitar a verdade... Se iludir com migalhas...
Feitos os infectos pombos nas praças...
Que vivem de migalhas e restos...
Admito...
Eu erro... Peco...
Do mesmo modo que peço desculpas pelos meus erros...
Alguns infantis e medíocres...
Mas...
Me orgulho de jamais mentir...
A poesia nasce da verdade da alma...
A poesia nasce dos sentimentos puros...
Os sete pecados poéticos
Moça Bonita
Moça...
Eis aqui um poeta...
Eis aqui um louco...
Eis aqui um homem...
Um homem que conhece a áurea feminina...
O louco que procura sempre se expressar em versos e rimas...
O poeta que vive a se encantar pelos lindos sorrisos femininos...
Oh... Moça bonita...
O que teus olhos tristes escondem???
És tão bela...
Tens a boca mais deliciosa que eu nunca beijei...
Mas...
O por quê estas tão triste...
Eu homem, sinto tua áurea perdendo o brilho...
Eu louco, escrevo estes versos para te fazer sorrir...
Eu poeta, ofereço-te uma rosa roubada do jardim dos sonhos...
Por um lindo sorriso teu...
Sorriso Amargo - Amargo Sorriso
Um sorriso amargo não é sorriso...
É cara de dor barriga...
Um amargo sorriso também não é sorriso...
É cara de dor de dente...
Sorriso só é sorriso...
Quando vem adocicado com gotas de mel... E também acompanhado da sensação da brisa do mar no final de tarde...
Sorriso só é sorriso...
Quando lembra a inocência mais pura das crianças a brincar em um lindo bosque em uma tarde de verão
Noite
Me encanto pela noite...
Nas luzes frias dos postes...
O vai e vem dos carros nas ruas...
Na visão dos namorados a se consumirem um ao outro...
Me encanto pela noite...
Pela miséria nas esquinas...
A vida difícil a procura de aluguel...
Os bares lotados de velhas almas carentes...
A noite é o ponto de encontro...
Luzes, carros, namorados, miseráveis, mulheres de aluguel e almas carentes...
Todos se encontram na noite...
A noite me encanta por isso...
É o momento que encontro as almas sem escudo e defesa...
É onde eu encontro a real verdade do mundo...
Pessoas sem às mascaras do dia a dia...
A Magia do Amor
Em meio a dor maçante e chata que estou sentindo hoje...
Em meio ao domingo... Que por decreto poético é o dia mais chato de todos...
Entre a solidão e a vontade de não sentir dor...
Aparece você...
Linda morena que me encanta com o teu sorrir...
Linda morena que me seduz de uma forma...
Morena Tatuada...
De sorriso gostoso...
Vem morena... Espere por mim...
Me mostre a magia do amor em teus beijos...
Vem morena...
Cuide deste poeta...
Apague de vez a solidão do meu coração...
Ensina-me novamente a magia do amor...
Com a sua voz a sussurrar em meu ouvido...
Bem devagar...
Que você logo estará aqui comigo...
Cuidando de mim...
Vem morena...
Morena que me seduz e encanta...
Mostre-me a magia do amor...
E também os teus deliciosos beijos...
Vem...
Morena...
Que amodoro...
A Lua e O Beijo
Hoje admiro o brilhar da Lua ao longe...
Este poeta... Nem se atreve a se aproximar da Lua zangada...
Hoje procuro a minha paz...
A minha liberdade perdida...
A liberdade de poder voltar a ser o que eu era...
Deixa de lado a hipocrisia...
Hoje sinto saudades da minha verdade...
Aquela que deixei guardada dentro do meu coração...
Não estou conseguindo mais viver sem esta verdade...
Meu corpo padece por isso...
Não sei ser... O que não sou...
Tenho inúmeros defeitos... Como todo mortal sensato também os tem...
Construi a minha vida poética e pessoal em cima de minhas verdades...
Mesmo que para muitos... Elas sejam falhas...
Mas... São minhas e não aceito sugestão e palpites sobre elas...
Hoje sinto a falta de poder olhar o mundo sem barreiras e censuras medíocres...
Hoje sinto a falta de tua boca colada na minha...
Em um beijo demorado e saboroso...
Onde minhas mãos se enroscam em seus cabelos negros...
Onde meus olhos encaram os teus olhos negros com doçura...
Hoje sinto esta falta...
Da minha liberdade...
Do meu sorriso no rosto...
Da leveza dos meus versos soltos...
Da verdade da minha alma...
E do teu beijo gostoso...
No final de noite...
Para acalmar o meu coração...
E minha alma poética...
libertà
E 'camminare a piedi nudi ..
Si possono ammirare la bellezza unica della luna ...
È il potere del mondo, senza paura ...
Sorriso ... Piangere ... Respirate ... Vivere ..
Nella passeggiata eterna ...
A piedi nudi ...
Il sapore della libertà ...
Il sapore della vita ...
Amor Distante Amor
Amor... Distante amor...
Distante... Amor distante...
Sorriso... Branco sorriso...
Branco... Sorriso branco...
Noite... Sedução noite...
Sedução... Noite sedução...
Lua... Bella Lua...
Bella... Lua bella...
Luna... Zangada Luna...
Zangada... Luna zangada...
Triste... Poeta triste...
Poeta... Triste poeta...
Amor... Distante amor...
Distante... Eterna saudade de amar...
A Paz
Consegui a minha paz em meio a poesia...
É aonde escondo o meu coração e sentimentos...
Em cada linha torta que escrevo...
Em cada sorriso que recebo...
Em cada gesto de carinho que encontro em meu caminho...
Unidos...
Trazem a paz que eu preciso e mereço...
A sensação de caminhar pela areia da praia...Mesmo sendo um caminhar solitário...
É o caminho feito pela minha paz...
Hoje me encanto pelos lindos sorrisos...
Feito o teu lindo sorriso...
Que inocentemente me recorda o brilho da Lua...
E com isso...
Mato um pouco a saudade e continuo a caminhar...
Em paz...
Em passos firmes...
Com o carinho a me esquentar o espírito...
E a paz em meus gestos e sentimentos sinceros...