Urbano
Poesia ao Vento
Hoje, escrevo para o vento...
Semeador da vida na Terra.
Vento que refresca com a brisa nossos corpos...
Que espalha as sementes nos campos...
Que furioso nos destrói...
Hoje, escrevo para o vento sagrado...
Para a brisa do mar...
Para o sopro que vem das montanhas...
Hoje, escrevo para ti...
Vento sagrado... Brisa sagrada... Vento furioso...
Vento que leva meus versos sem rumo...
Vento que traz a chuva... Que purificam as almas...
Vento que bagunça as páginas da vida...
Vento que traz e afasta pessoas...
Vento que encanta...
E também desencanta...
Mix Temático Poético
Numa noite fiz uma viagem...
Para uma terra distante...
Onde lindas moças sorridentes me fitavam debruçadas na janela...
Eu; Poeta respeitoso que sou...
Tomei a difícil e arriscada decisão...
Parei diante daquela linda moça debruçada na janela...
E em um gesto de carinho... Lhe ofereci uma flor...
Junto com a flor... Lhe dei a minha amizade...
E em troca da flor... Lhe pedi um sorriso...
A moça faceira...Retribuiu o gesto poético com um lindo sorriso...
E ao longe ouço o grito enciumado de seu namorado...
Pobre poeta sou...
Que trabalho o meu... Meu Deus...
De um gesto de carinho e amizade...
Tenho que sair correndo...
Dos namorados enciumados...
Amizade Boa... Boa Amizade...
Amizade não vê riquezas...
Nem tão pouco raça...
A amizade quando é sincera...
A distância não separa...
Mesmo distante...
Vivemos mandando vibrações alegres para os amigos...
Amizade Boa é assim....
Reserva um segundo de seu dia... Para sentir saudades das boas amizades...
Boa amizades tenho...
Pessoas de todas as raças...
Ricos ou pobres...
Gordos ou magros...
Cabeludos e calvos...
Dentuços ou banguelos...
Evangélicos, católicos e espiritas...
Roqueiros, sertanejos, pagodeiros...
Não me importo...
Boa amizade não se compra...
Vem na química e sintonia de cada pessoa...
Amizade boa...
É ter a sua...
Boa amizade...
Estratégia
Indiferente ao jogo escolhido...
Xadrez, futebol, vôlei, peteca ou bolinha de gude...
Sem estratégia...Nunca haverá vencedores...
Jogar sem estratégia, é igual ao caos...
Um amontoado de pessoas correndo sem rumo...
Batendo as cabeças umas nas outras...
Pense nisso...
Vejo tanta desordem...
Causada pela falta de estratégia...
Grandes batalhas...
Somente serão vencidas... Usando a estratégia e o cérebro...
Qualificaria a palavra estratégia;
Como sendo a arte de pensar além do hoje e também pensar além do amanha...
E...
Pensar diferente de todos...
Pois, para muitos, só o fato de pensar em ter estratégia...
Causa preguiça...
Os resultados de ter estratégia, não aparecem no hoje...
É igual a árvore frutífera...
Planta-se hoje, para no futuro colher seus frutos...
O nome do fruto que nasce da árvore da estratégia é Sucesso...
E a semente do fruto chamado Sucesso é a Qualidade.
(Resumindo = Estratégia gera o Sucesso, que traz consigo a Qualidade)
Domínio
Tolo...
É aquele que pensa dominar...
Domínio é igual a pobres castelos de cartas...
Onde uma simples brisa; Faz tudo ruir...
Um dia acreditei dominar o meu destino...
Como fui tolo...
As linhas do destino são indomáveis...
Igual ao movimento do ar e da água...
Um dia tentei dominar meus versos...
Triste poeta fui... Quando tentei isso...
Meus versos são livres...E puros... Pois nascem do coração...
Um dia pensei dominar o mundo...
Como a maioria dos meus semelhantes já pensaram...
Como fui inocente em acreditar...
Que o mundo é dominável...
Quem domina o mundo...
É ele próprio...
"Poema sem nome"
Levo comigo a poesia...
O sorriso mais sincero...A pureza das crianças...
A amizade verdadeira dos animais...
Levo comigo a gentileza... E a educação...
A sabedoria dos mais velhos...
Levo comigo a loucura... E a genialidade dos malucos...
Levo comigo a saudade...
O sabor de todas as bocas já beijadas...
O perfume nobre e vulgar que meu olfato já sentiu...
Levo comigo a memória... Das geografias femininas já dedilhadas pelos meus dedos...
Levo comigo a solidão...
As noites frias... Os pesadelos... E as noites de insônia...
Levo comigo a poesia...
A união das letras em formar as palavras...
A união das palavras em formar meus versos...
A junção dos versos em formar meus poemas...
Levo comigo o amor que neles deixo exalar...
Levo comigo o perfume suave das rosas...
E a saudade que elas florescem em mim...
Olhos de Anjo
Me encantei pelo teu olhar...
Fiquei sabendo que não apenas eu...
Impossível não se encantar por eles...
Sabe aquele olhar meigo e carinhoso dos anjos...
Pois é...
Teu olhar é assim...
Traz a doçura neles...
Traz uma paz...
Traz a esperança de que existem pessoas carinhosas no mundo...
Que não pedem nada em troca de um sorriso...
Conheci uma menina que tem a beleza dos anjos...
Tem em certos momentos a inocência deles também...
Diga-me menina...
Quem foi o ser que roubou-te as asas...
Pois...Impossível não se encantar...
Pela doçura em teu olhar...
Pela doçura da tua amizade...
Pela doçura dos teus gestos estabanados...
Obrigado por ser minha amiga menina dos olhos doces de um anjo...
Carta de Junho
Chegamos na metade...
Junho. É o mês onde paramos em seu primeiro dia e falamos...
"Nossa já está na metade do ano... Como o ano passa voando..."
Na verdade o ano passa sempre no mesmo ritmo...
Cada minuto ainda possui 60 segundos...
Cada hora, 60 minutos...
Na verdade, o dia ainda possui 24 horas...
Cada semana, com os seus 7 dias típicos...
Cada mês com 28,30 ou 31 dias...Depende exclusivamente do calendário...
E nesta união, somando tudo, algo em torno de 365 dias e mais algumas horinhas de saideira,
Ao conjunto de segundos, minutos, horas, dias, semanas e meses;
"Chamamos de mais 1 ano vencido, mais uma primavera, verão, outono e inverno...Etc, etc...Blablabla..."
Então o que fazer??? O tem de errado??? Por quê o ano passa voando???
Trabalho, estudos, rotina, estresse...Etc, etc...
A junção de tudo isso, faz com o que não percebemos o passar dos dias, semanas, meses... "Vida..."
E com isso...
Passam os instantes onde bate aquela saudade...
Passam os momentos...
As ilusões...
Os sonhos...E os pesadelos...
A vida continua a passar...Mesmo só... Ela continua...
No mesmo ritmo...
O ritmo das batidas do coração...
Mesmo os solitários...
Continuam a bater...
É o caso deste poeta...
Poesia
Na poesia...
Aonde deixo todo o meu amor transpirar...
Em cada linha escrita, em cada parágrafo, em cada vírgula ou reticências...
Consigo a minha paz...
Na poesia...
Que meus dedos dedilham a geografia de teu delicioso corpo...
Na poesia...
Que roubo-te beijos na calada da noite...E você não percebe...
Em cada linha poética...
Esta o caminho que me leva a ti... Mesmo sem você perceber...
Em cada linha poética... Mantenho meu coração vivo...
Em cada linha poética... Mantenho minh'alma viva...
Ao fechar meus olhos...
Enxergo teu belo rosto de menina...
Ao fechar meus olhos...
Sinto o teu perfume e a maciez de tua pele...
Ao fechar meus olhos...
Consigo aproximar-me da minha paz...
E neste mesclar de imagens... Sonhos... E delírios...
Todos causados pela saudade de teus lábios colados nos meus...
Que a minha poesia nasce...
Receita poética
Uma boa relação começa pela troca de olhares...
Tanto os ingênuos como também os mais libertinos...
Adicione aos olhares o fogo da paixão...
Que com o passar da mistura fina passa a ser homogênea igual ao amor...
Adicione pitadas de união e cumplicidade a mistura...
Pode adicionar também um pouco de açúcar ou chantilly ou qualquer outro ingrediente que apimente a a curiosidade de explorar...
Continue mexendo até o amor ganhar forma...
E assim, quando a mistura fina estiver bem ligada se desprendendo dos ciúmes...
Coloque a massa em forma untada de esperança e bem-estar...
Leve-a ao forno caliente da paixão...
Nesta fase tem que ter paciência... Pois, se retirar antes do tempo a mistura fina desanda...
Alguns longos minutos depois...
Esta pronto o casamento...
Ops...
A receita de casamento poético...
Poema sem nome
Já tive todas as bocas que um homem imagina beijar...
Já tive todos os corpos... Já tive a santa...
E também a devassa...
Mas...
Na mão de todas...
Escorreguei feito areia entre os dedos...
Dentre todas...
Apenas uma...
Despertou meu encanto...Conquistou meu coração...
Levou-me à terras... Nunca antes exploradas...
E...
Com o passar do tempo...
Escorregou...
Feito areia...
Entre os meus dedos...
Tolerância
Qual a tolerância da Gula???
É o ponto onde encontramos a temperança entre o nosso corpo e espirito...
Qual a tolerância da Avareza???
É quando encontramos a generosidade com o próximo...
Qual a tolerância da Luxuria???
Quando encontramos a honestidade nos olhares...
Qual a tolerância da Ira???
A serenidade em encarar o mundo caótico com leveza e poesia...
Qual a tolerância da Inveja???
Ter o desprendimento de valores e conceitos...
Qual a tolerância da Preguiça???
Ter a vitalidade e o prazer no labor...
Qual a tolerância do Orgulho???
É ter humildade em admitir nossos erros...
E pedir desculpas por eles...
E...
Qual a tolerância do Amor???
É o exato momento em que o encontramos...
Neste momento só é permitido amar...
Amar...Amar...Amar...
Missão Poética
É a eterna busca do poema perfeito...
Buscar no universo de cada sonho...Sonhos bons e os ruins...
As respostas do mundo...
A missão de um poeta é árdua...
Unir as palavras em frases...
Destas frases formar os versos...
E assim expressar o mundo em linhas tortas...
Tortas iguais ao mundo onde vivemos...
Um poeta nunca é perfeito...
E quem neste mundo é....
Na poesia escrevo o mundo...
Bonito e feio...
Gentil ou agressivo...
Na poesia escrevo sobre tudo...
Escrevo sobre o meu maior amor...
Escrevo sobre a minha maior dor...
E assim continuo a caminhar...
Palavra por palavra...
Verso por verso...
Até o dia que encontrarei o poema perfeito...
O poema final... Onde encontrarei todas as respostas...
Ou morrer com todas as dúvidas poéticas...
Gula
Difícil, olhar nos teus olhos, e não desejá-los, por infinitos minutos fitando-me...
Difícil, admirar a geografia perfeita de tua boca... E não a desejá-la colada na minha...
Pelos infinitos minutos descritos acima...
Os sete pecados poéticos
Avareza
Confesso...
Sou um avarento de carteirinha...
Não sinto vergonha disso... Nem tão pouco remorso sinto...
Não vendo e não troco...Não empresto e não devolvo...
Também não jogo no lixo o que tenho de maior valor...
Empresto dinheiro... Esqueço de cobrar...
Mas, o que eu tenho de maior valor...
Não brinco...
Não adianta insistir...
Em relação ao meu bem maior...
Sou um avarento confesso...
Entrou dentro deste coração poético...
Precisa muito para conseguir sair dele...
Muito mesmo...
Sou um eterno avarento amoroso...
Guardo este amor... Na segurança extrema deste mundo caótico...
Os sete pecados poéticos
Inveja
Invejo os solitários que nunca se apaixonaram...
Pois, esses afortunados...
Só usam o coração, com o seguinte proposito...
O de manter a vida...
Os sete pecados poéticos
Preguiça
Sinto saudade da preguiça ao teu lado...
Nossos corpos enroscados...
Sussurros... Juras...Bobagens... Risos... Juras...
Sinto saudade deste tempo...
Onde o mundo parava por infinitos minutos...
Era somente nosso... De mais ninguém...
A infinita preguiça de não querer sair do lugar...
A infinita delícia de ficar agarradinho ao teu corpo...
Sentir o calor e a tua respiração...
E esquecer de tudo...
Esquecer de todos...
Esquecer dos problemas do mundo...
Os sete pecados poéticos
Orgulho
De todos os meus atos...
Inúmeros são e serão falhos...
Mas...
Sinto um orgulho de nunca mentir...
Sou impulsivo... Ranheta e chato ao extremo...
Falo o que penso... Sei pedir desculpas de algumas palavras ditas...
Mas...
Sinto um orgulho enorme... De jamais mentir...
Se eu amo... É pra valer...
Se não gosto... Falo na lata...
Não me vislumbro por títulos...
Neste mundo, ninguém é melhor que ninguém...
Todos... Pecam e erram...
Sentem a gula...
Possuem a avareza na carne...
Usufruem da luxúria...
Sentem a ira no ranger dos dentes...
Possuem a inveja em parceria com a preguiça que impede de evoluir moralmente e intelectualmente...
Se afundam na vaidade...
E no orgulho de dizer que nunca erram...
Tolo é quem se esconde nas cortinas densas do orgulho...
O orgulho de não aceitar a verdade... Se iludir com migalhas...
Feitos os infectos pombos nas praças...
Que vivem de migalhas e restos...
Admito...
Eu erro... Peco...
Do mesmo modo que peço desculpas pelos meus erros...
Alguns infantis e medíocres...
Mas...
Me orgulho de jamais mentir...
A poesia nasce da verdade da alma...
A poesia nasce dos sentimentos puros...
Os sete pecados poéticos
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