Uma Mao Lava Outa Ambas Lavam o Rosto
A Carta
Com as mãos trêmulas me passou uma folha de papel. Estendi a mão esquerda atentamente para segurar, e num gesto tranquilizador pressionei-a no peito. -Escrevi esta carta para você. (Justificou) Olhando em seus olhos, agradeci como quem agradece o sol em uma manhã de inverno. E em meio ao silêncio entre uma frase já dita e outra que ir-se-á esboçar, pensei: Que bonito e romântico é receber uma carta escrita a punho nos dias atuais, onde a Era da comunicação faculta um "mundo" de possibilidades e formas de se comunicar. Agradeci de novo, mas desta vez apertando a sua mão. - Obrigada!
"A TUA MÃO"
Dá-me tua mão
Vem simplesmente amar-me
Deixa-me levar-te para o meu sonho
Onde escrevo todos os meus sentimentos
Procuro nas palavras o que não descrevo.
Desvendando todos os teus segredos
Velas as minhas dolorosas noites de insônias
Soltas as amarras que nos prendem
Entras no meu sonho onde eu te invento
Entrego-te o beijo mais doce que tenho
Numa taça perfumada de desejos acesos
Dentro de nós dois, o êxtase do amor.
Quero ser para ti o clarão das manhãs
Carregadas de alegria para iluminar o teu olhar
Sol nos teus braços luminosos
Abrigo dos meus, dos teus sonhos.!
.R.A.I.V.A.
- O que aconteceu com sua mão?
- Raiva.
- Quando você tem raiva, suas mãos ficam roxas?
- Não; mas quando dou socos na parede, sim.
- E por que destes socos na parede?
- Raiva!
Morada
Teve um dia que tinha um rio correndo na palma da minha mão.
Segurei esse rio pensando que de um lápis se tratasse.
E tentei escrever um poema na pele de um passarinho encostado ao chão.
Tentei também fotografar à voz de uma árvore.
Entretanto só consigui beijar o corpo da luz.
De súbito nasceram grãos de água do lado de dentro da minha alma. Fiquei feliz por ter tentado construir uma casa com poesia na
imaginação.
No entanto, o que aprendi mesmo foi que à minha única vocação é estar sozinho. Desde àquele dia minha alma passou a ser à morada do ciclo do vento.
Morgado Mbalate
Poema distiguido no Solar de Poetas na
semana de 25 a 31 de Maio de 2014
Amigos verdadeiros são os que gostam de ver a tua felicidade !
Por isso eu te estendo a minha mão !...
A verdade seja dita, tudo que é verdadeiramente bom na vida, não vem de mão beijada, a gente conquista, por isso a correria de hoje é sucesso pré datado para o amanhã.
Trago na mão calejada
o grito que a pátria não quis ouvir!
Me calo num silêncio insano,
Há um vontade de estar...
Mas eu prefiro sair!
Ainda assim, acredito no sorriso das flores!
Du começo do show
A juventude negra padece na mão do Brasil.
Patriarcado apodrecido na historia da nação, hum... historia?
Que historia é essa?
Ha!... a do vencedor! racista e opressor! das diferenças esmagadoras e do Colonizador!
Cansei de tomar tiros da policia violenta, que mente e inventa.
Partidos catequizarão querendo ludibriar.
Nos sujeitos corpo padrão atira depois vai conversar.
E não sou quem to falando as estatísticas vão te mostrado
Oliveira Viana, Monteiro Lobato e o doutor Rui Barbosa, de mente que enoja, sem falar que criminosa.
Que repassados nas escolas, pro nosso povo se odiar! os cabelos alizar! Pra adormecer e esbranquiçar
Essas mesmas escolas que divaga, desde do governos de Getúlio Vargas, Limpeza étnica pro nosso lar.
Lombroso veio e estudou as características do meu povo e falou!
Nariz, lábios, cranio e muito mais a diferença que se faz.
Desde então se foi a paz pra lá
Vomito fatos de revolta que conflagra
E o jovem preto furado de bala.
Pois a policia poem e pratica o que gobineu e lombroso falara.
Eugenia porca, viciada e mesquinha,
Que esta até na cachaça vendida ali na esquina,
Com intuito de matar. Pior que mata
Álcool mata 35.000 anualmente no brasil, você viu.
20,2% de aumento na morte de jovens negros
26.915 para 32.349 67,1% mais negro de que brancos.
Mães pretas estão de pranto no funeral,
Condecoração para o policial.
Enquanto isso preto lucra com preto, preto atira em preto, preto odeia Preto.
Do jeito que estado quer. o povo preto passando mal e mal!
O povo preto passando mal
O povo preto passando
O povo preto
O povo
Pá pá pá! o povo preto caído no chão