Uma Mao Lava Outa Ambas Lavam o Rosto
Recôndito
Não pega na minha mão em público
Nega o meu beijo na praça
Tem medo de fazer juras
Mas, diz acreditar em disco voador
Secretamente, no lusco-fusco
amor selvagem, abrasador
Veja a loucura
desse fugidio senhor
Encobre-se por todos os cantos
quando o momento é para o amor
Mas, para destroçar o encanto
profere à luz do mundo
blasfêmias com fervor.
Não abra a mão de sua felicidade para ver outra pessoa feliz,abra a mão de seu orgulho para que possa ser feliz com ela.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar!
Quando voltar, é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça, é tudo tão verdade!
(A Invenção do Dia Claro, de Almada Negreiros, INCM)
"Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações". (O guardador de rebanhos)
Um bom sentimento não se alimenta de boas ações concedidas com a mão direita a quem lhe precisou para depois receber com a esquerda para o lembrar que um dia lhe estendeu as mãos. O sentimento bom se passa de mãos em mãos quando sua vida em plena abundância se convergir com aquele que precisar de ti.
Dar tudo o que você tem é ignorância, ceder a metade é sabedoria e não dar nada é apenas você sendo o que realmente é.
Aprenda a ouvir e demonstre disposição de abrir mão do que é para crescer e reconhecer aqueles que o ensinam.
Diga me...
Qualquer um de vocês dessa galáxia.
É normal querer abrir mão de cada dia vivido com um ser amado, apenas para não sentir o vazio que fica, quando ele nos deixa?
Eu abriria mão de cada sorriso, de qualquer alegria ou descoberta. Só pra não sentir esse buraco que se abriu em meu peito, que me deixa tonta... sem chão... que me tira a fome, o ar.
Outro amor desses não quero. Quero é nascer de novo, outro ser... incapaz de amar verdadeiramente como a maioria. Ser racional, calculista. Arrotar amores eternos da boca pra fora e no coração ter toda a malícia que só tem quem usa o amor pra qualquer outra coisa menos para amar.
Deveríamos colocar a mão no peito
e sentir o próprio coração, de vez em quando.
Esse simples gesto é capaz de nos deixar exultantes
ante a constatação do milagre da vida e da existência
de "ALGUÉM muito superior a nós".
Cika Parolin
Lá vou eu com a saudade na mão
Sendo levado ao sabor do fado
Respingando as lembranças pelo chão
Triste tormento este suspiro calado
Soneto II
Uma mão pousou em mim
Sacudiu-me do meu lugar
Fez um pobre coração enfim
Resolver ao amor se entregar
Agora vejo.A tristeza fora embora!
Aprisionou-me no calabouço escondido
Vede quão grande ironia vigora
Ao temer o passado sofrido!
Se eu conhecesse toda a verdade
Carrasco seria ao tolerar
A mudança proveniente
O castigo seria eterno
Cujo pecado mortal,a idade
Assumisse esse amor naturalmente!
Creio que o tempo me trará muitas cicatrizes... envelhecerei fisicamente, mas não abro mão de ser sempre jovem em espírito! ❤
Corrupto
Não é assim meu irmão
que coisa mais feia
jamais meta a mão
em coisa alheia
porque todo ladrão
merece cadeia..
Não é me agradando, que me agrada
Não é me sentimentalizando, que me afaga
Não é abrindo mão de si, que me agarra
Não é tentando me decifrar, que me amarra
Não é me vivendo, vivendo para mim, que me transborda
Não é me relendo, que compreenderá, se me compreender, não me deixe perceber.
Pois...
Sou do amanhã
Sou do hoje até ontem
Sou do agora que passou
Sou daqui enquanto nao puder estar lá
Sou assim tentando mudar
Horas sou metade do meu tempo
Sou o resultado do passado
Horas sou o dobro do tempo
Sou a busca do futuro
Horas não tenho tempo
Sou o presente inquieto
Não sou.
Hora fui; serei