Uma carta de Amor para Pessoa Amada que está Indo Viajar
Anjo Imortal
Para o pouco que tenho notado
Do muito que me fazes bem
Serei a ti eternamente grato
E quem sabe contigo fazer isso também.
Porque noutras dessas questões de amor
Seremos barco de vela a vapor
Navegando outros tantos mares, felizes,
Dos pensamentos e sentimentos
Por ti e em ti, sentir... Enfim.
Ah, meu amor, leme à deriva!
Dos altos mares que fazes tu
Sempre chegares a mim.
Assim, quiçá, para que eu possa morrer tranquilo,
Precise tão somente ancorar a embarcação
Entrelaçando-me nos teus laços, traços,
Angelicais braços do meu bem.
Pois, tenho saudades de ti, vida minha,
Dos afagos nos gritos extasiantes,
Dos acintosos desejos embriagantes
Que só tu, como anjo imortal,
Em punhos, de um amor total,
Viril e fatal, docemente cravas em mim.
Ah, meu amor, vai e leme à deriva!
E chegas até a mim...
Porque não tem como os fatos embair.
Então, reparas que só tu hás de me fazer,
Eterno e imortalmente existir.
Palavras do coração
A distância ficou…
Mas nada mudou dentro de mim!
Ainda vou te carregar por estradas abertas,
Na esperança de um dia poder
Novamente tocar seus pequenos lábios vermelhos,
Com os meus…
Você sempre vem assim e invade o meu coração,
Com essa saudade inexplicável que ficou…
Saudades dos teus beijos, teus abraços e do som dos teus lábios que tanto me fez conhecer
Os céus…
E por mais que eu tente,
Mas essa saudade aperta com o desejo,
De te amar por mais
Uma vez, branquinha.
O Fim
Quando pensamos que tudo acaba, acabamos entrando em um completo vazio existencial, o que enfim, é o Fim?
Estamos a todo momento em uma rota de colisão, dirigindo um carro frágil, prestes a bater, sem freio, sem ré, sem volta, apenas o Fim.
Enfim, temos a noção do quão caótica é a vida, as vezes virar uma esquina pode simplesmente nos salvar da morte, e claramente ninguém se importa
ou dá valor a cada esquina, a cada rua, a cada minuto, minutos? Há, se tornam tão insignificantes perto destas finitas horas, que se transformam em meses,
anos, não damos valor aos minutos, damos valor as horas, quem que fala 11:59 e não 12:00, mas em cada minuto cabe infinitos Fins, em cada minuto nosso destino
se transforma em um novo destino, e o nosso futuro, continua incerto perante a tantos minutos que formam a vida.
Quando aprendemos a dar valor aos minutos, e até aos segundos, entenderemos que a vida não espera dar 12:00 pra acabar, nem espera que estejamos felizes no fim,
não espera que os nossos sonhos tenham se realizado, o fim não espera o último eu te amo, não espera um minuto, simplesmente acaba, e essa incerteza torna tudo
tão mais valioso, os momentos, as risadas, as tristezas, as paranoias, a música, a dança, as cores, o abraço, o "Eu te amo", e acima de tudo, torna o Fim, enfim, pra sempre.
TUDO LONGE (fado)
Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!
Que são lágrimas em rodopios e em danças
na minha saudade. Você está ausente!
Só o cheiro dos teus beijos nos lábios presente
Insistente: - num poema, num verso, num canto
uivando o acalanto, tanto, me jogando num canto
Nem o teu calor, o teu amor, aqui posso tocar
Você está longe... como nostálgico não ficar?
Ai está dor, este pranto, este manto, ai...ai... ai...
não me deixes tão distante, solidão... vai... vai...
A dor do amor sozinho, é tristura grande
que invade a alma, de quem é amante
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de agosto de 2019
cerrado goiano
Memórias de Nós
Nossos passos se cruzaram no tempo.
Nossos olhares se encontraram no espaço.
Eu te amei com todo o meu ser,
Com cada batida do meu coração.
Eu te dei meu amor, minha vida,
Minha alma, minha essência, meu tudo.
Mas e você, me amou?
Ou foi apenas um sonho, uma ilusão?
Você não conseguiu me ver,
Além das sombras que eu escondia.
Não conseguiu me ouvir,
Além das palavras que eu não dizia.
Por que você não podia me amar,
Do jeito que eu sou, imperfeito.
Não podia aceitar,
Minha verdade, meu coração exposto.
Eu te amei, mas e você me amou?
Ou foi apenas um capítulo,
Em sua vida, um momento,
Um breve encontro?
Agora estou aqui sozinho,
Com as memórias de nós dois.
E me pergunto, meu bem,
Se você também se lembra de mim.
Mas não guardo ressentimento,
Apenas uma saudade profunda.
Porque eu entendi,
Que você não podia me amar como eu precisava.
As vezes é um sintoma.
As vezes, só palavras não bastam.
As vezes, nem mesmo lágrimas são suficientes desabafos.
As vezes, nem o corte mais profundo é capaz de superar dores e tristezas.
As vezes, o único remédio que cura a minha vontade de ver o fim do mundo é:
-Uma dose de seu sorriso 1440 vezes por dia durante 365 dias por ano.
-Um beijo sempre que possível;
-Um abraço quando estiver próximos;
-Um "Eu te amo" enquanto for verdadeiro;
(Repetir isso até quando nosso amor durar)
Mas tudo isso é só "as vezes".
Os sentimentos mortos são como espadas afiadas que nos perfuram ou nós fortalece em uma batalha. Talvez, o maior conselho que dou é
que nunca julgue o amor do futuro por causa de um amor do passado. Por isso se um dia um amor passado te aparecer como uma luz se ilumine e continue a caminhada. Não tem essa de "brinquedo usado eu deixo pros outros." A verdade é
que essa pessoa que você se refere
como brinquedo tem sentimentos e talvez seja o amor dos seus sonhos. Então, cuidado com os cemitério dos amores mortos.
Acordei,
Passei o café,
Acendi um cigarro como de costume.
Olhei para imensidão do céu
E avistei um passarinho.
Naquele momento desejei ter asas para voar
E ver como esse mundo é lindo la de cima,
De lá tudo devi ser mais leve,
Tudo devi ter mais cor,
Problemas não devi existir,
Como seria se você estivesse aqui nessa manhã de domingo...
"Sóbrio ou ébrio.
Risonho ou sério.
Casebre ou castelo.
Falso ou sincero.
Errado ou certo.
Do escândalo ao discreto.
Do nada, à todo o universo.
Não importa em qual hemisfério.
É certo, te quero.
Se tua imagem me estragam, eu conserto.
Fiz em ti minha morada e hoje? Sou um sem teto.
As mazelas? Não nego.
Te odeio e te venero.
Dos olhos, distante e do coração, sempre perto.
Não me desfaço, só me apego.
És me fogo mas não sou ferro.
Trago-lhe verão mas és inverno.
Desejo o céu dos seus olhos mas me joga, da sua indiferença, no inferno.
És me a chuva na madrugada fria mas é o Sol que quero.
Em suas atitudes morre o simples e nasce o complexo.
É o côncavo ou convexo?
Contigo já nem mais converso.
Amar você é a morte do correto.
No espelho, já nem mais me enxergo.
Eu só vejo você, o que eu quero.
Enquanto isso; Por ti espero.
Como um louco, em devaneio, que pensa em ti e narra um todo sem nexo..."
Não consigo mas lembrar teu rosto, a tua voz foge dos meus pensamentos a cada ano passado!
Mas o nosso amor sempre estará presente em mim! não consigo esquecer você.
Viajando pelos mais distintos lugares, tentei dar um rumo a minha vida, mas o destino sempre vem me mostrando como é bom amar você.
Eu te amarei para sempre.
Os minutos serão eternamente melancólicos e carnavalescos sem a sua presença.
Minh'alma chora com a sua ausência; os planetas do meu universo se desalinham sem teu amor, ainda que seja por um segundo sequer.
Sentirei sua falta, por favor não crie caos onde te cedi morada, por favor, volte para o mundo que jurou governar e que por ti as terras sangram.
Dizem que as libélulas são seres frágeis, de vida curta, que só alcança o voo quando adulta, não...ela só não perde tempo, fazendo-nos lembrar que a vida é um sopro, que deve ser vivida ao máximo. Para mim simboliza força, coragem e um ser muito evoluído. Dizem que você tem sorte se uma libélula pousar em você, pois então, considero-me a mais sortuda pois, pousa em minha alma a libélula mais linda que já vi.
Flávia Abib
ÚLTIMOS VERSOS (soneto)
Na poesia luzente, hoje triste e fria
Onde os versos eram para a gente
Na poesia feliz, que ti trovei um dia
Para sonhar, já perece, eternamente
Achei (ia perpetuá-la) à nossa valeria
Intocada a rima de amor contundente
Aquele olhar, sussurrado em melodia
Que nos fez delirar a alma ferozmente
E doravante, chora, a prosa na solidão
Que, outrora, era de convivo tão leve
Agora, cheias de rancor e de embraço
Aquele abraço que escrevia emoção
Que trazia sintonia, e hoje tão breve
Ó inolvidável amor, desatou-se o laço!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/03/2020, 10’57” – Cerrado goiano
2020 um ano péssimo para estar no 3º ensino médio.
Um ano em que a quarentena surgiu, o isolamento social é regra, justo para aqueles que mais querem estar unidos, para aqueles que vivem uma despedida todos os dias, justo para aqueles que a contagem é regressiva para o fim de um ciclo tão duradouro.
Um ano em que a vontade de abraçar aqueles amigos próximos é maior porque já se tem em mente que isso não acontecerá mais com tanta frequência.
Aulas virtuais não chegam aos pés do que é estar na escola, do que é estar ali sempre se surpreendendo, dia após dia.
Os alunos de 2020 estão fazendo o ano escolar mais especial de todos em casa, a eles não se tem mais o direito de se ter o encanto do último ano.
Isso é dolorido.
As palavras que mais machucam
São aquelas que saem sem pensar
Dizer "eu te amo" sem se apaixonar
Dizer "quero ficar contigo" e nem se falar
Dizer "para sempre" e nem começar
Dizer "Minha vida" e nenhuma falta ela fará
Dizer "É linda" com intenção de só pegar
Dizer "Com você" sem precisar dela perto
Vou te dizer para ler as palavras entre aspas
Porque nem tudo é dor e o que eu sinto por você é amor
Durante tanto tempo, demoramos para ter aquela tão sonhada segurança em sermos nós mesmos, ou em dizer o tão temido (NÃO), quando na maioria das vezes foi sempre o (SIM). Hoje está um dia nublado, com aquela sensação de que irá chover muito, porém talvez não chova, ou vai chover menos, do que sempre chove aqui dentro de cada um de nós. A grande maioria das pessoas tendem a serem mesquinhos, orgulhosos e frágeis, a encarar qualquer ciclo da vida, seja ele qual for, como eterno e duradouro! Sabe aquela mania estranha de pegar uma rosa e achar que ela ali na água, nunca irá morrer, estará sempre no copo a mercê da satisfação pessoal, quando na verdade assim que cortada do pé, ela já morreu naquele instante.
Por tanto tempo eu me vi resolvendo problemas dos outros, coisas que se tornaram presentes e que nem cabiam em mim, entrando na vida das pessoas para cobrir alguma carência que elas tinham, ou apenas como psicólogo ambulante, mesmo sem faculdade e diploma, e isso me cansou, fiquei exausto de uma hora para outra.
Eu sou uma pessoa extremamente afetiva em relação ao outro, me colocando na situação sempre, entretanto de forma ácida. Senti que ser assim é incrível, pois ao longo da vida, as pessoas por muitos fatores se escondem, tem medo, não querem se comprometer, e quem tem liberdade de não ficar passando a mão na cabeça, que fala tudo que pensa é exclusividade, uma raridade importante e necessária.
Enfim eu tenho certeza que fiz um bom trabalho na vida de muita gente, assim como muitas fizeram na minha, não sou ingrato, sei e guardo todos os detalhes, porém quando não me sinto acolhido, eu me afasto.
Antes tinha um certo receio em me afastar das pessoas por uma certa (obrigação e consideração), achava chato me afastar de gente que fez algo, ou me ajudou, ou que conheci , mudou muita coisa na minha cabeça, hoje eu acho libertador, voar.
Eu vejo o quão incrível é a minha própria companhia, não se trata de narcisismo, e sim se compreender, poder sentar, tomar um café e viajar durante um mês sem medo algum, ou sem peso algum. O quanto me dedico para mim mesmo, e o quão demorou para eu lidar ou ver isso, nunca devemos nos esquecer do nosso brilho, ou do valor que temos.
Sim deve ser horrível me perder, e não me valorizar. E por fim eu sumir, sem deixar nome, nem endereço, e me tornar indiferente.
Deve ser horrível ver filmes que eu sempre amei, personagens que sempre foram os meus preferidos, escutar músicas que sempre estiveram na minha playlist e vir eu na cabeça.
Deve ser horrível ver astrologia e não me ter para comentar sobre, explicar sobre ascedente, assim como se frustrar numa relação e não me ter para receber um abraço, ou afirmar (tá tudo bem), tudo em seu tempo. Vai passar.
Deve ser horrível não ter o meu bom dia, ou o meu boa noite, cheio de corações e borboletas, afinal eu gosto de mandar emoctions, representando determinados momentos.
Deve ser horrível ir em lugares cujo eu menciona e não me ter junto, para tirarmos fotos, e rir das bobagens juntos, pois mesmo que se divirta, quem sempre esteve ali era eu.
Deve ser horrível conhecer pessoas cujo apresentei e que tenham a mesma simplicidade e doçura que a minha, e que sem dúvidas irão se afastar, pois como me conhecem e sabem que quando eu retiro da vida é porque me fizeram alguma espécie de tristeza, e como gostam de mim, jamais permitiriam estar na vida delas sem a minha presença.
Deve ser horrível tomar um café, e fumar um cigarro e não me ter ali com o celular ligado ao lado tocando uma música, ou um instrumental francês ou mantra, é um hábito somente meu.
Deve ser horrível me perder e não lembrar mais da minha voz, das minhas risadas escandalosas, ou do cheiro do meu perfume favorito, que nunca ficará igual na pele de outra pessoa, a não ser na minha.
Deve ser horrível me perder e não saber por onde ando, ou o que estou fazendo e quais as novidades, afinal sempre estou em novos desafios.
Deve ser horrível não ter mais as minhas crises por perto, não me ver chorando por nunca ter sido compreendido, mas mesmo assim, decidi dividir com você minha fraqueza.
Deve ser horrível me perder e não ter mais aquele sexo oculto, onde tudo é válido e sentir a sensação, que se me entrego é porque merece e não porque preciso. Não sou desesperado.
Deve ser horrível não sentir mais aquele cheirinho de incenso que acendia, quando me dizia que não estava bem, ou aqueles banhos que indicava em momentos de exaustão.
Deve ser horrível não ter mais eu convidando para fazer loucuras e sair da rotina, pois nenhuma companhia supera tudo que vivemos.
Deve ser horrível não me ver mais de roupão e de mau humor durante a manhã, pós eu acordar, com aquela cara feia e cabelo bagunçado.
Deve ser horrível não ouvir meus áudios do whats, sempre perguntando como foi o seu dia, e se está tudo bem, ou com conversas idiotas de 5 ou 10 minutos.
Deve ser horrível não valorizar o outro a ponto de perder pessoas incríveis, geniais e independentes.
Enfim deve ser horrível me perder, de alguma forma. Deve ser horrível. Deve ser realmente horrível só pensar na possibilidade de me perder.
Nunca imaginei que dentre todas aquelas pessoas seria você, nunca nos entendemos muito bem, nunca percebi que indiretamente você sempre esteve lá, nunca pensei que sentiria tanta falta de passar o tempo com você, nunca achei que o pouquíssimo tempo que passamos séria tão incrível.
Enfim, nunca imaginei que era você por quem eu iria me apaixonar.
PAI (soneto)
Trago no coração sinais de abrigo
são sentimentos de protetor laço
num nó em lembranças e abraço
daquele que levo sempre comigo
É quem apoiou o passo no passo
no compasso fora do ter perigo
É o valente amigo até no castigo
que no cansaço expõe o regaço
Eis o lar, pai, que assim eu digo:
o provedor que nunca é escasso
num rude amor, sem ser oligo
O braço em um dilatado espaço
de colunas eretas que bendigo:
- numa saudade que não afaço.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2016
Cerrado goiano
"A música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som.”
A mesma música pode te fazer sorrir ou chorar;
A música pode fazer você esquecer, mas também traz lembranças;
A música te faz presente, mas também pode “matar” de saudade;
A música fala com a nossa alma, o que as palavras soltas no ar não conseguem explicar;
A música traz para a alma aquilo que nosso corpo não é capaz de sentir.
Hoje a música está me confortando.
Quando um filho de Deus deixa este mundo, para os anjos é como uma música.
E hoje os anjos estão ouvindo uma melodia única, por que cada pessoa é única para nós, no entanto somos todos iguais diante de Deus.
Saudade para nós deveria ser um alento;
Pois, se sentimos saudade é porque amamos.
Amar-te
Amar-te ei, como quem nunca se sentiu amar
Pensarei não perceber o coração acelerar
Negarei quando os desejos sussurrarem em meu ouvido
Os mais ardentes sonhos da sua pele desbravar
Não direi jamais que borboletas roubam o meu ar
E que a luz da lua clareia o líquido
que denuncia meu pensar
Em verdade, nunca direi das noites que só dormi, depois de uma vida inteira planejar
Desde aquele beijo estranho em um banco de praça
até as flores a caminho do altar
Amar-te ei, em segredo como fazem as estrelas
Que de longe confundem o imenso azul do céu com o infinito azul do mar.
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