Uma carta de Amor para Pessoa Amada que está Indo Viajar
Saudade...
Saudade do tempo em que você descia todos aqueles andares para abrir a porta pessoalmente quando eu chegava em sua casa; Hoje você simplesmente me joga as chaves.
Saudade do tempo em que você lamentava pelo fato de muitas vezes eu ter que ir embora ao amanhecer; Hoje você simplesmente me dá um bom dia.
Saudade do tempo em que nos vermos era uma certeza; Hoje parece ser uma opção.
Saudade do tempo em que compartilhar os acontecimentos era uma necessidade; Hoje parece ser uma obrigação.
Bons tempos, saudade de você. Ainda tenho esperança que um dia você volte, tempo.
SAUDADE
Eu sou a saudade,
Sorrindo pra melancolia,
Descalço no caminho da ausência,
Eu atravesso a ponte do abatimento,
Tropeçando nos buracos dos sentimentos.
E sou a saudade desbotada,
De cor ofuscada,
Na cidade da lembrança,
E na cor do amor que ficou,
Onde o trem da conveniência parou.
E sou a saudade a olhar o mesmo Trem,
Distante sob as nuvens cinzentas,
Na fumaça que do trem sai se perdendo no infinito,
Levando aqueles que a volta não tem,
E deixam na saudade vago aroma de amor.
E eu sou a saudade em noite sem luar,
Olhos serrados em segredos guardados,
Peito dilacerado por choro arrancado,
Sentindo no amor a penumbra da dor,
Misturando–se a furta-cor nas lágrimas a rolar.
E sou a saudade nas cores do arco-íris:
No vermelho da paixão, do amor e da coragem,
Na cor laranja da prosperidade,
No amarelo da alegria,
E no verde da paz, do equilíbrio e da confiança...
E sou a saudade no azul da calma e da harmonia,
E no azul anil a sinceridade e o respeito,
E violeta da espiritualidade dos que foram no trem da saudade,
E sou a saudade a sorrir e a chorar na cor que a saudade na alma está.
E sou a saudade do que se perdeu,
Do que falta a saudade eu sou,
Eu sou a saudade do que se distanciou,
Do amor a saudade eu sou,
E eu sou a saudade do prazer de tudo que deixou de se ter e no peito aperta.
Preciso.
Colo e cafuné,
Mãos dadas bem apertado,
Abraço de saudade,
Mesmo em pouco tempo sem te ver,
Não gosto de frieza,
Comigo o que vale é o calor,
Intensidade,
Gosto de grude,
Tipo chiclete no cabelo,
Longos beijos,
Noites em claro,
Entre conversas verbais e não verbais,
Quero colo,
Quero entrega,
Quero tudo,
Não sei me entregar pela metade,
Só aceito o tudo,
Se não,
Pra você é nada.
Motivo de saudade
Trabalho todo dia
E é no trabalho que sinto saudade dela
Logo após, vou pra casa,
É em casa que sinto saudade dela...
Todo lugar que vou ela me acompanha
Meu amor? Não, mas eu queria..
É a maldita saudade!
Sempre aguardo ansiosamente por sábado
Porque é o dia que posso ver minha amada
É o dia que a saudade passa.
Segunda-feira chegou, que sem graça!
Mas uma semana com dor
Mas uma semana inteira sem o meu amor...
Maldita seja a saudade!
Saudade sinto dos nossos momentos
Do carinho, da companhia
E quando a saudade no meu peito gritava
Eu a ligava,
Amo ouvir sua voz em meu telefone
É bom, mas
Pena que a saudade... Não some.
Ele não deixa que a saudade tome conta da mente,
Porque é ela o motivo da saudade que sente.
Ela é o motivo da felicidade dele,
Que sorri toda vez que lembra dela,
Ele fica tão bobo, tão apaixonado
Ele só queria ter ela ao seu lado.
Passam-se os dias
Porém, as marcas ficam na mente.
Saudade de sorrir sem ter motivos;
Olhar para o céu e sentir uma paz.
Paz, em saber que estamos vivos!
Em um lapso de memória
Imaginamos voar de mãos dadas,
com aquela pessoa importante
que sentimos algo surreal.
Mágico!
Que parece um filme de romance,
Como é bom ter lembranças de olhos brilhantes.
Se algum dia sentires saudades de mim não fique triste
Olhe para o céu e veja a lua
Que por noite serviu de cenário a nosso amor
Contemple as estrelas que foram caminhos que me levaram a você
Mas se mesmo assim ainda sentires saudades de mim
Olhe para o horizonte
La você me encontrará sorrindo em forma de poesia.
Nesta noite senti tanta saudades das minhas filhas que pude conhecer um pouco do grande e verdadeiro amor.
Levantei, fui até o quarto delas e chorei de tanto amor.
Ajoelhei ao lado de cada uma e com carinho pude lhes dar um beijo e dizer o quanto as amo e o quão importantes são na minha vida.
Passei alguns minutos observando e conversando com elas dormindo, que loucura fazemos por amor.
Fiz uma prece a Deus e agradeci por ter nascido para ter momentos com esses e deitei.
Ainda acordado na cama, escutei passinhos pela casa era a mais velha que acordou e foi ao banheiro. Continuei deitado fingindo dormir e quando ela saiu do banheiro foi até mim e me deu um beijo e disse que me amava e foi dormir.
Passado não mais que dez minutos a mais nova no mesmo processo, banheiro e um beijo carinhoso com um suave eu te amo.
Mais uma vez chorei. Chorei pelo amor que se envolveu naquele momento entre nós.
Agradeci a Deus mais uma vez esse momento onde conheci o que achava que não tinha, o amor verdadeiro.
Não precisamos dos olhos pra ver nem tampouco dos ouvidos pra ouvir quando falamos com a alma.
Sabe aquela saudade de num sei quê?
Ela se instala e nos faz querer tudo aquilo que não vivemos, nos faz projetar lembranças que não tivemos e querer por perto pessoas que já não convivemos…
Aperta o peito saber, de alguma forma, dos momentos que poderiam ser… Das risadas que poderíamos dar… Das recordações que poderíamos ter…
Chega a doer ver com olhos o que não gostaríamos de enxergar com o coração. Dói anular nossas expectativas por algo que fugiu do nosso controle e nos fez perder a noção do real, porque a realidade “comum” nem sempre é a mais feliz, nem sempre nos faz completos… A plenitude talvez more nos sonhos, nos nossos desejos mais puros… Desejo de melhorar e de fazer o nosso melhor…
O que nos salva é o despertar do nosso interior. É saber que construímos algo concreto, que nas nossas lembranças estão muitas presenças, que temos com carinho as pessoas que já não vemos todos os dias… Então percebemos que o melhor lugar para guardamos “os bons” é no coração, porque de lá eles não se mudam e nem deixam de estar por perto…
Saudade...
Saudade mesmo eu tenho de vovó,
que acordava cedo e acordava a gente
com o chiado da vassoura de palha
varrendo o piso de chão batido e o cheiro
do café derramado no fogão à lenha.
Saudade eu tenho do cochichado
diário e constante de suas orações,
da leitura da Bíblia depois do almoço,
da missa do domingo de manhã...
Saudade eu tenho da minha infância,
de brincar na rua sem medo,
de estar cercada pela inocência
das outras crianças, que assim como eu,
só queriam ser feliz e sonhavam ser um super herói.
Saudade eu tenho de ter saudade
de alguma coisa boa deste presente...
A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes
Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão
A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade
Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG
Conexões
Saudades de quando era real. Saudades de quando nos apaixonavamos de verdade; de quando era intenso a ponto de ter arrepios em nosso corpo só de pensar naquele alguém.
Infelizmente tudo isso se tornou uma grande "mentira". Pessoas dizem amar, dizem estar apaixonadas sem ao menos sentir "borboletas" no estômago. Eu posso dizer que sim, eu realmente pude me apaixonar por alguém, eu amei, eu fui intenso. E isso tudo serviu de aprendizado. Não vale a pena, se não é recíproco não vale a pena... Poupe o seu coração, não se machuque!
Quando encontrar uma conexão em que você e a pessoa se sintam nas nuvens, seu estômago borbulhe só de pensar nela(e), lute meu amigo(a). Lute por essa pessoa. Conexões são raras, quase inexistente, valorize-as.
Se você puder amar hoje, ame!
Se puder ser intenso, seja!
Se puder ter um turbilhão de sentimentos, se sentir nas nuvens com alguém, vá até lá!
Conexões são raras...
@moisessouza73
Uma tristeza tão grande
Fecho lentamente meus olhos.
Trago pra bem perto as lembranças...
Saudades daquele tempo
Em que viver era tão leve... era como ser eterna criança.
O aroma do perfume.
Nos lábios do mel o sabor.
Emoções à flor da pele...
Tão lindo esse meu primeiro amor.
Hoje uma vontade imensa de para trás ir...
Pra dentro de um forte abraço
Meu primeiro amor trazer...
Olhar em seus olhos... sorrir um eterno sorrir.
Fecho os olhos.
Não quero ver ao que ao meu redor agora está.
É uma tristeza tão grande...
Pouco a pouco se diverte ela em me matar.
"Valse Oubliee"
Certa saudade perdida
Nas estrofes tão vivas
Pulsa e dói ao ser lida
E vivas quanto cativas
Tal exato, exato fato
Chora duma dolência
Pleno de existência
E tão cheio de olfato
Certas cenas, acena
E sussurra baixinho
Nos ataca sem pena
Ao coração sozinho
Nessa “valse oubliee”
Ferido por um punhal
A sofrência à mercê
O amor, sentimental...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08, outubro, 2021, 13’09” – Araguari, MG
Eu fico aqui pensando em você
e com esses pensamentos
Eu alimento a saudade
que me sufoca causando-me um desastre
Preferi deixar o amor adormecido
para não correr o risco de morrer
com a ilusão.
De que um dia te teria ao meu lado
Oh vejo que não
É o que tanto insiste
O meu pobre coração
Que não aceita desistir
E continua te querendo
Mas eu fiquei sabendo
Que querer não é poder!
Então eu fico aqui sem saber o que fazer.
DE SAUDADES MORRO
Eu senti uma saudade que renderam
sutis recordações ao coração, coitado
e que, doído, assim, se viu assustado
contra mim sofreguidão arremeteram
Me vi na solidão do que prometeram
um prosar do meu destino já cansado
e que, aqui pelas bandas do cerrado
pesar nos versos que um dia elevaram
Remédio ao mal que sofro, sem pista
cresce a dor, no engano então presente
no rendido suspiro: que pede socorro...
Assim, vejo que não há como resista
toda lembrança na saudade presente
E, de lembrar-te, de saudades morro!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2021 maio, 22, 11'09" – Araguari, MG
QUESITO
Ao ver-te, saudade, na dor em glória
Altiva, tristonha, dando à vida pesar
Eu lacrimejei todo o meu festo olhar
... também sou parte nesta memória
Engasgada e atada toda essa estória
Tão frios breus, guardado a me sugar
Quem sabe donde saltar desse lugar
Se já ido cada tom, cada dedicatória
Agora sós, e a vaguear por lembrança
Ao léu, somos passados sem o porvir
Trovados na ilusão sem ter esperança
Então, fico detido sempre a refulgir
O olhar, a nossa promessa, a aliança
Por que então tivemos que partir?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/maio/2021, 13’34” – Araguari, MG
CHEIROS DE TI
Cheiros de ti ficaram na sensação
Que pegado à saudade, padece!
Enquanto percorro na escuridão
Do vazio, os suspiros são a prece
A recordação é tanta, e o agror
Da sua solidão em nossos lençóis
Arde na memória viva ao dispor
Tal como a valia que tu destróis...
Surge o raiar e me dou comigo
Em lágrimas a desafogar o sono
Mas, passar-te eu não consigo
Porque de ti tenho o abandono
E se nesta poética estou perdido
No amor sou amador sem dono!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06, junho, 2021, 07’47” – Araguari, MG
QUE SAUDADE...
Que saudade nesta sensação, agora
A chuva range rumorosa na vidraça
O soar do relógio, de hora em hora
A badalar. No ir o tempo não passa
Solidão. Não durmo. Como demora
Essa angustia que na ideia é pirraça
Traça que corrói, e na alma aflora
Fazendo na emoção triste negaça
Eu sei que o pensamento velando
É furioso, e de quando em quando
Vem fluídico e ao cabecear enlaça
Oh falto! E o instante percorrendo
Suspirando, gemendo e, chovendo
Lá fora. E a saudade que não passa! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/02/2021, 03’05” – Triângulo Mineiro
GOLPEADO...
Em vão estendo pra saudade os braços
Sem que possa atingir este sentimento
Que julgo padecer-me nos teus traços
De vazio, angustia em cada momento
Cato-te em vão! Nos saudosos espaços
Entre nós a extensão, perdido lamento
Ainda na imaginação ouço teus passos
Onde o som à poética é doce alimento
Este amor é como o meu árido cerrado
Seca as ilusões, tal inverno, uma a uma
E assim mesmo, enamoro na lua cheia
Com o teu silêncio atroador sagrado
Perfura a minha alma, inda escuma
E com tua falta ao meu amor golpeia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11/02/2021, 14’28” – Triângulo Mineiro
RASGO
Rasgo o sombrio de mim
Na saudade de um espasmo
Degredo esquecido em mim
Solto nos rastros perdidos
Procurei esquecer a dor
Que me atormenta no espaço
Escondido nos sonhos
Que no tormento flagela
Os meus dias, noites sem dormir
Feito de novelos que fia a dor
No crepúsculo do vento
Quimeras de sombras
Que cobrem apenas a tua ausência
Para rasgar a dor que sinto
Quando não estou contigo.
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