Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa
Foi nessa idade que a poesia me veio buscar
Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio
Não sei como nem quando
Não, não eram vozes
Não eram palavras
Nem silêncio
Mas da rua fui convocado
Dos galhos da noite
Abruptamente entre outros
Entre fogos violentos
Voltando sozinho
Lá estava eu sem rosto
E fui tocado.
Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique.
Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.
“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio.
Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar.
Precisamos das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.
Bendito quem tem asas e raízes. E pobre de quem tem apenas um dos dois.
O meu amor
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
"Ainda ontem pensava que não era mais do que um fragmento trêmulo sem ritmo na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera, e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia sobre a margem infinita de um mar infinito."
E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre a minha margem."
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?" "
Ciúme não é ex
Saudade não é ex, tampouco amor. Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado. E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço. Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida. Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos. Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre duas crianças brincando na sala e uma mulher esperando no quarto. Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê-la de fora. Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja. Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar. Da vida que te engana. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo. Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não amavam os amigos acima de, não espirravam de uma maneira a deixar um fio de meleca pendurado no nariz, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não ligavam se eu confundisse italiano com espanhol e argentino, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria.
Escolha
Eu te amo como um colibri resistente
incansável beija-flor que sou
batedora renitente de asas
viciada no mel que me dás depois que atravesso o deserto.
Pingas na minha boca umas gotas poucas
do que nem é uma vacina.
Eu uma mulher, uma ave, uma menina…
Assim chacinas o meu tempo de eremita:
quebras a bengala onde me apoiei, rasgas minhas meias
as que vestiram meus pés
quando caminhei as areias.
Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
Elejo sempre o encontro
Ele é o ponto do crochê.
Penélope invertida
nada começo de novo
nada desmancho
nada volto
Teço um novo tecido de amor eterno
a cada olhar seu de afeto
não ligo para nada que doeu.
Só para o que deixou de doer tenho olhos.
Cega do infortúnio
pesco os peixes dos nossos encaixes
pesco as gozadas
as confissões de amor
as palavras fundas de prazer
as esculturas astecas que nos fixam
na história dos dias
Eu te amo.
De todos os nossos montes
fico com as encostas
De todas as nossas indagações
fico com as respostas
De todas as nossas destilairias
fico com as alegrias
De todos os nossos natais
fico com as bonecas
De todos os nossos cardumes
as moquecas.
Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora, desta vida.
Lembra que o que importa
é tudo que semeares colherás.
Por isso, marca a tua passagem,
deixa algo de ti,
do teu minuto,
da tua hora,
do teu dia,
da tua vida.
SONETO 18
Deverei comparar-te a um dia de verão?
Tu és a mais serena e a mais amável
Os fortes ventos de maio movimentam os brotos,
e o prazo do verão é sempre inconsolável
em um momento muito intenso, brilha o olho estelar,
e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante,
nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante;
Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui;
E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais.
Equanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever.
APRENDIZADO
Um dia você amadurece, e consegue perceber que o amor é algo que se encontra muito além de um belo sorriso...
Consegue perceber que maior parte da tua felicidade é construída por você mesmo. E consegue perceber que as pessoas mais valiosas em sua vida são justamente aquelas que sempre estiveram ao teu lado.
E não é que o tempo seja mestre em nos ensinar o óbvio. Nós é que demoramos demais para o óbvio aprendermos!
Fazer o Bem brotar do Mal
Como é bela a idéia de um mundo em que harmoniosamente o Bem faz brotar o Bem, em que a Felicidade gera Felicidade, e em que a Paz faz vigorar a Paz.
Sem dúvida um mundo assim seria um mundo ideal.Mas quantas vezes neste mundo nós já vimos o Amor ser vítima do Ódio, vimos quem só prega a Paz ser acometido pela Guerra, e vimos quem só faz o Bem ser assolado pelo Mal? (...)
Neste mundo que parece virado pelo avesso, não podemos esperar que as coisas aconteçam apenas do modo ideal: precisamos fazer do fim um recomeço, precisamos fazer brotar o bem também do mal."
Lembro de sentir um medo enorme. Vou, não vou? Lembro da mistura de ansiedade com algum sentimento sem nome ou explicação. Eu sabia e não sabia. Não sabia e tinha medo de descobrir. Lembro de sentir um frio na barriga, de pensar em desistir, de tomar Smirnoff Ice e dois chopps. Lembro de cuidar a hora, de sentir o atraso andar rapidamente e de achar uma pequena brecha, desculpa ou seja lá o que for pra ir embora. Lembro de sorrir de vergonha, de não saber o que fazer com as mãos, de falar daqueles 15 minutos intermináveis e deixar claro que eu ia, sim, embora. Lembro de tudo isso desaparecer no momento em que olhei no fundo do teu olho. Lembro de ter perguntado se teus olhos eram verdes, a sala ficando escura. Lembro de agarrar forte a bolsa, da luz apagar completamente, da gente ir conversando mais perto, sentindo o calor um do outro. Eu lembro de muitas sensações que me amordaçavam e embaralhavam docemente o meu estômago. Lembro de sentir uma mão na minha, de um carinho bom e de um quê de segurança. Lembro de chegar perto, de ouvir teu coração. Lembro de, a partir daí, esquecer de lembrar de alguma coisa. Lembro da tua boca suave, da tua língua quente, da tua pele com cheiro bom, do teu beijo na testa, do nosso abraço. Lembro de ficarmos abraçados, como se aquele momento fosse virar eternidade. Um pré-roteiro, uma pré-história. Fixação de um sentimento. Eu lembro.
Lembro da mensagem que eu recebi, da sequência absurdamente deliciosa de e-mails, das euforias tranquilas dos primeiros encontros. Do pedido de namoro, dos primeiros segredos e confissões. Eu lembro de sentir medo, lembro de pensar em desistir. Lembro de saber que eu nunca mais seria a mesma, que a minha vida mudaria, que eu reencontraria parte de mim e me apresentaria a uma Clarissa nova ou velha, quem sabe? Lembro de conhecer o significado do amor, do sexo, da vida, do encanto. Porque amar é se encantar com pequenas coisas, coisas pequenas que se juntam e ficam compridas.
Lembro de relaxar, de seguir um conselho sábio e me atirar do precipício. Lembro de ter um homem cheiroso e barbudo, com um abraço que é casa e com um olhar que faz tudo de ruim desaparecer, estar lá embaixo me esperando, só pra me segurar com braços acolhedores. Lembro de sentir uma dor estranha por achar que tudo, um dia, pudesse desaparecer. Lembro de um eu te amo que ouvi, numa manhã, ao acordar. Foi e vai ser sempre o eu te amo mais bonito que já saiu da tua boca. Lembro da tua boca bonita dizendo pra eu não sentir medo, pra confiar no teu sentimento. Lembro de tentarem fazer com que eu atirasse o nosso amor bonito pelo ralo.
Eu lembro, amor. De tudo, cada passo que a gente deu para as diversas direções que já fomos. Lembro das brigas também. Lembro de pensar que o amor é perfeito, que bobeira, o amor é pura imperfeição. Perfeitos só os casais do comercial da Becel (sem sal), te disse isso ontem enquanto estávamos deitados, com os olhos vermelhos de chorar por um desentendimento bobo. A maioria deles foram bobos, parte deles virou piada. Lembro da gente não deixar o silêncio e o mal resolvido virarem mágoas e rancores. Lembro de esquecer tudo com um abraço. Lembro de uma vez te dizer pra pensar em como seria a vida sem mim. Lembro de ter ouvido que a situação foi pensada. Lembro disso ter me doído, porque essas coisas machucam fundo a gente. Lembro de ter me arrependido de coisas que eu disse, lembro de pedir desculpas, lembro que algumas coisas a gente não esquece, amor.
Lembro de já ter ficado triste por te deixar triste. Lembro de me sentir mal com isso. Lembro dos momentos em que a gente foi bobo e feliz. Lembro que sou feliz a maior parte do tempo, pelo simples fato de você existir em mim. Lembro de descobrir que um sentimento não serve para ser dito, como coisa que fica bem em filme ou texto, ele tem que ser vivido de forma plena. Lembro de não conseguir me permitir sentir tanta felicidade assim. Lembro da tua mão, que sempre acha a minha. Lembro dos teus dedos, que sempre me fazem carinho. Lembro da tua boca, que sempre me acalma. Lembro do teu rosto de menino, que me olha como se ainda fosse aquela primeira vez. Lembro de cada coisa que descubro, manias, gestos, pensamentos.
Lembro dos nossos planos, conversas em tardes ou noites, sonhando com algo que a gente batizou de Futuro. Lembro que os quadrinhos da Coca são teus e que eu vou comprar a televisão. E, eu sei, ela tem que ser e-nor-me. Lembro do nosso manjericão dodói e dos nossos filhos verdemente apeluciados. Lembro do nosso plano de um dia ter um cantinho, uma casinha pra chamar de nossa. Lembro dos nossos projetos de viajar, conhecer lugares, aproveitar cada canto do mundo. Lembro que um dia o Oscar vai chegar pra encher a nossa vida de lambidas e pelos. Lembro que um dia um bebê branquinho, loirinho e de olhos claros, lindos como os teus, vai chorar no meio da noite e um de nós vai ter que levantar. De todas as realidades por mim sonhadas, você é a melhor. De todos os meus sonhos, você é o mais real. Eu poderia passar 23 eternidades te vendo dormir, de tão bonito que você dorme. Aprendo com você todos os dias, sei que ainda existe muito mais. E toda a vez que eu olho fundo no teu olho, eu penso nossa, eu amo esse homem, é com ele que eu quero passar o resto da minha vida. Quero que ela seja longa, muito longa, só pra poder ficar mais tempo ao teu lado.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
Nota: Trecho adaptado de um texto publicado por Martha Medeiros. Muitas vezes é atribuído erroneamente a Arnaldo Jabor.
...MaisPerguntas de um Operário Letrado
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
Amanhã de manhã
Vou pedir o café para nós dois
Te fazer um carinho e depois
Te envolver em meus braços
E em meus abraços
Na desordem do quarto esperar
Lentamente você despertar
E te amar na manhã
Amanhã de manhã
Nossa chama outra vez tão acesa
E o café esfriando na mesa
Esquecemos de tudo
Sem me importar
Com o tempo correndo lá fora
Amanhã nosso amor não tem hora
Vou ficar por aqui
Pensando bem
Amanhã eu nem vou trabalhar
E além do mais
Temos tantas razões para ficar
Amanhã de manhã
Eu não quero nenhum compromisso
Tanto tempo esperamos por isso
Desfrutemos de tudo
Quando mais tarde
Nos lembrarmos de abrir a cortina
Já é noite e o dia termina
Vou pedir o jantar
Um casal de namorados estava voltando da praia, desciam a serra numa moto em alta velocidade...
Garota: Devagar! Estou com medo…
Garoto: Não… É divertido!
Garota: Não é não! Por favor, está me assustando!
Garoto: … (silêncio) … Então diz que me ama?
Garota: Eu te Amo!
Garoto: Agora me abraça bem forte! - E a Garota o abraça…
Garoto: Você pode tirar o meu capacete e colocar em você? Está me incomodando, quero sentir o vento no meu rosto… E a Garota colocou o capacete.
No jornal do dia seguinte havia a seguinte notícia:
“Uma moto bateu na serra devido à aparente perda de freio ou problemas no motor, um dos jovens não possuía capacete e morreu na hora, o outro está hospitalizado mas passa bem.”
A verdade é que descendo a estrada, o garoto percebeu que os freios haviam falhado, e em seguida não funcionavam mais, a queda era eminente, mas ele não queria que a garota soubesse e se desesperasse. Ao invés disso ele fez com que ela dissesse que o amava e sentiu seu abraço uma última vez, e a fez colocar o seu capacete para que ela pudesse viver, mesmo sabendo que por causa disso ele iria morrer… Felizes os que conseguem amar com essa intensidade!
E você, para quem daria o capacete?
"Um bom poema é como uma cerveja gelada
quando você está mais a fim,
um bom poema é um sanduíche de presunto,
quando você está faminto,
um bom poema é uma arma quando
os bandidos te cercam,
um bom poema é algo que
te permite andar pelas ruas da morte,
um bom poema pode fazer a morte
derreter feito manteiga,
um bom poema pode enquadrar a agonia e
pendurá-la na parede,
um bom poema pode fazer
seu pé tocar a China,
um bom poema pode fazer
você cumprimentar Mozart,
um bom poema permite você competir
com o diabo e ganhar,
um bom poema pode quase tudo,
isso sem dizer que
um bom poema sabe quando
parar."
Tudo está escrito nos ruídos. O passado, o presente e o futuro do homem.
Um homem que não sabe ouvir, não pode escutar os conselhos que a vida nos dá a cada instante. Só quem escuta o ruído do presente, pode tomar a decisão certa.
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação.
Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino
O mundo
Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.
Enquanto quis Fortuna que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento,
Escureceu-me o engenho co'o tormento,
Para que seus enganos não disesse
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades! Quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são e não defeitos;
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
- Relacionados
- Frases de despedida para refletir sobre finais e recomeços
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases Bonitas sobre Saudades
- Charles Chaplin sobre a Vida
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Charles Chaplin Poemas sobre a Vida
- 58 textos motivacionais para equipe de trabalho