Um para o outro
Nada perdemos por sermos sinceros um com o outro! Quem for a te deixar por conta disso, nunca esteve contigo!
Não me importava o quão ruins nós éramos um para o outro ou que ele estaria indo para a faculdade em breve. Eu só lembrava que estava apaixonada por ele.
A morte de um missionário é o momento exato em que Deus substitui um porteiro por outro para que as portas do céu permaneçam sempre abertas.
A cumbuca de ouro
Eram dois vizinhos, um rico e outro pobre, que viviam discutindo. O rico gostava de pregar peças no pobre. Um dia, o pobre foi à casa do rico propor um negócio. Queria que ele lhe arrendasse um pedaço de terra que servisse para a plantação de uma roça de milho. O rico imediatamente pensou num pedaço de terra que não valia coisa nenhuma, por onde nem formigas passavam. O negócio foi fechado.
O pobre voltou para sua casinha e foi com sua mulher ver a tal terra. Lá chegados, descobriram uma cumbuca (espécie de vaso).
— Chi, mulher, está cumbuca está cheia de moedas, venha ver!
— E de ouro! — disse a mulher. — Estamos feitos!
— Não — disse o marido, que era homem de muita honestidade. — A cumbuca não está na minha terra e,portanto, não me pertence. Meu dever é contar ao dono da propriedade.
— Bem — disse o dono da propriedade — nesse caso desmancho o negócio feito. Não posso arrendar terras que dão cumbucas de ouro.
O pobre voltou para sua casinha, e o rico foi correndo tomar posse da grande riqueza. Mas, quando chegou lá, só viu uma coisa: uma cumbuca cheia de vespas terríveis.
— Ahn! — exclamou.
— Aquele malandro quis trapacear comigo, mas vou pregar-lhe uma boa peça.
Botou a cumbuca de vespas num saco e encaminhou-se para a casinha do pobre.
— Ó compadre, feche a porta e deixe só meia janela aberta. Tenho um lindo presente para você.
O pobre fechou a porta, deixando só meia janela aberta. O rico, então, jogou lá dentro a cumbuca de vespas.
— Aí tem compadre, a cumbuca de moedas que você achou em minhas terras. Aproveite esse grande tesouro — e ficou rindo.
Mas assim que a cumbuca caiu no chão, as vespas se transformaram em moedas de ouro, que rolaram. Lá de fora o rico ouviu o barulhinho e desconfiou. E disse:
— Compadre, abra a porta, quero ver uma coisa.
Mas o pobre respondeu:
— Não caia nessa. Estou aqui que nem sei o que fazer com tantas vespas em cima. Não quero que elas ferrem o meu bom vizinho. Fuja, compadre!
E foi assim que o pobre ficou rico e o rico ficou ridículo.
”Um dia feliz, outro nem tanto, porém na certeza que tudo é cíclico e o que dermos voltará numa intensidade muito maior”.
Sou o intervalo de um sonho e outro, sou a fresta de um desejo que se agita em qualquer canto, sou eu! E sem mesmo me conhecer... Mesmo sem poesia ou até quem sabe qualquer saber, mas o que eu realmente eu sei dizer... É que eu sou tudo aquilo que eu quis viver;
Vestido Azul
Pôe o teu vestido azul,
aquele que o decote vai de
um ombro ao outro, e deixa
solto os teus seios.
Deixa o cabelo bem a vontade,
não te preocupes em penteá-lo.
Ficas linda quando não te
preocupas com a apresentação.
Já és feita, para qualquer
momento, ou ocasião.
Ver-te assim transforma o
intervalo do tempo.
No mesmo instante que brilhas
como o sol, pareces a lua que
surge por entre as nuvens do
desejo.
Te prender pela cintura, encostar
meus lábios nesses ombros, ter
os teus cabelos em meu rosto.
Devaneio quando te vejo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Queres namorar comigo?
Sermos um para o outro o ombro amigo?
Queres segurar as minhas mãos
caminhar ao meu lado em qualquer estação?
Eu apenas quero abraçar teu coração,
ser teu porto seguro, sua canção.
Eu quero ser - te paz.
Ser o amor que traz sol mesmo que não seja verão.
Faça de mim a tua morada, para que refaça - te do teu cansaço dentro do meu abraço.
Queres namorar comigo?
Deitar sob um chão de estrelas e
olhar para o infinito onde o amor nos espera para ser vivido?
Apenas desejo ser - te paz.
Silenciar as palavras para mirar o teu olhar que tão bem me faz.
Apenas desejo amanhecer poesia para versar á ti, que fez florescer tanto amor em mim.
Apenas desejo desabrochar tal qual uma rosa no teu amor que é a riqueza que Deus deu para mim.
Queres namorar comigo?
Viver esse sonho tão lindo que foi o encontro do nosso amor, o dia que meu olhar com o teu rimou.
Com amor eu vou tecendo dias bonitos pra mim e pra você.
Entre um dia e outro, será inevitável vermos chuva cair.
Você tem medo de chuva?
Não tenha...
Eu te pego pelas mãos e a gente dança juntos...
Pois eu sei que depois da chuva, o sol renasce aquecendo tudo ao redor.
Principalmente dentro de nós.
E quando sol houver, nos deitamos na relva, se preferir em silêncio ficamos até às estrelas no céu acender...
Enquanto isso, vou tecendo nossos dias com amor.
Eu sei que dará flor...
Em qualquer estação ou lugar, com amor a paz vai nos abraçar.
Poema furtivo
O poeta ao falar de si fala dos outros,
que cada um tem um quê do outro.
Tudo é como se fosse um amarrio de cordas,
seguidas, compassadas, continuadas.
O poeta ao falar dos outros fala de si,
que cada um outro tem um quê de nós,
cada um vive a vida alheia sem saber
e morre na morte do outro.
O poema, depois de lido,
torna-se impessoal, de todos,
ainda que impregnado de evidências da mão.
O meu seu poema dele não existe.
Remisson Aniceto©
A vida é complexa, cheia de altos, de baixos. Em um instante um herói, no outro vilão... Tudo é uma questão de perspectiva. Não permita que momentos definam sua existência. Somos a soma de todos os eus que coexistem dentro de um único corpo.
Eu tive três amores nessa vida
Um dia lá, outro de muito lá e outro de pouco cá
O de lá é frio loucura
O de muito lá, amor difícil
O de cá, amor pouco juízo
Já tive um amor, amigo ?
Eu vejo um casal apaixonado e imagino a gente, trocando carinhos um com o outro e se amando infinitamente.
Eu não inventei esse sistema distorcido que nos coloca um contra o outro e nos força a fazer coisas ruins para obter status, mas eu sei como jogar esse jogo.