Um para o outro
Eu nem sei como chegamos a este ponto. Lembro-me de sermos um oásis um para o outro, quantas vezes saciei minha sede de amor em tuas fontes, o abrir e fechar das portas desta casa hoje vazia. Eu nem chamo de casa, na verdade é um livro imenso de lembranças e como eu amo cada parágrafo contido aqui. Em muitas páginas ainda há o perfume de tinta fresca.
Quantas vezes em teus braços eu me abriguei, teu calor, teu amor, tua respiração ofegante... Deus! (Lágrimas) Onde foi que erramos? Em que momento soltamos nossas mãos sem a percepção de que nos perderíamos? Como poderíamos supor que, um amor tão intenso, avassalador, acabaria?
Foi-se a alegria!
A noite escura tomou conta do dia...
Estou aqui sentado no sofá dos meus pensamentos, relendo nossa história,
analisando está trajetória,
Confuso, tenso, lento...
Éramos um turbilhão de emoções afloradas, amantes desenfreados cheio de sonhos, apaixonados.
Meu desejo é transformar os nossos lugares especiais em patrimônio, lugares cheios de emoções próprias como aquele banco de praça agora empoeirado, mas que outrora fora nosso espectador fiel, admirador das nossas juras de amor... Talvez eu não frequente mais aquele cinema da nossa cidade. Para muitos, existirá diversas opções de filmes em cartaz, para mim, bom... O gosto amargo de um adeus que eu não consigo assimilar. Uma filme romântico sem aquele final feliz tão esperado.
Onde foi que nós erramos?
Voltar para casa é como encontrar o livro que você se apaixonou pela leitura, desmarcado. Você sabe o quanto a leitura era gostosa, mas não lembra exatamente onde parou. Embora repetíssemos muitos capítulos, o gosto dos beijos, do carinho, era sempre diferente. Bastava abrir a porta da frente e logo tínhamos assunto de sobra para escrevermos em cada pedacinho desta casa, nossos tantos parágrafos de amor. Os lençóis sobre nossos corpos não anunciavam o fim do espetáculo... Protagonizamos uma história imensuravelmente apaixonante, e é devido a todas estas coisas que eu não sei como dizer adeus! Não sei como aceitar o fim.
Tornou-se quase um ritual meu sentar na varanda e esperar o "maldito" final feliz. Reflorestar nosso coração hoje tão deserto, revitalizar os caminhos dos nossos abraços, reconstruir nosso castelo de sonhos, hoje em ruínas...
Talvez você retome sua vida, escreva outras histórias, encontre um novo protagonista para suas histórias de amor, talvez eu me torne um figurante em tua vida, ou quem sabe nem isto. E se existe mesmo a possibilidade de se dizer adeus ao amor, permanecerei sentado no velho banco empoeirado da praça, esperando que você desaprenda a dizer adeus, como eu desaprendi viver só, desde que te conheci...
(Hámilson Carf)
#Textão_porque_sim 😌
De um ponto a outro do mundo
Um segredo se manifesta
Compreensão do segredo profundo
No coração da floresta
Mas o homem não quer assim
Desmatando,queimando matando animais
Trazendo desequilíbrio sem fim
Reinando sem a paz
O amor à vida deve ser a razão
Para manifestar o poder
Quem não ama,não tem coração
E nem sabe compreender!
Para o mundo ser melhor
É preciso aos outros respeitar
Envolvendo tudo ao seu redor
Com carinho abraçar!
É nesse olhar distante que eu vejo o tudo e o nada e entre um suspiro e outro a vida (as vezes) nesse mundo parece ser tão perto...
Em um universo paralelo, vocês sorriem um para o outro ao invés de sorrir para a tela de seus celulares.
UM PARA O OUTRO
Um livro, um tesouro.
Um diário, uma vida.
Um papel, um pensamento.
Um sentimento, uma história.
Uma busca, um encontro.
Uma musica, uma lembrança.
Uma mentira, um desencanto.
Uma lição, um saber.
Uma palavra, uma salvação.
Um beijo, uma saudade.
Um olhar, um sentimento.
Uma face, um porto seguro.
Um pensamento, uma vontade.
Um toque, uma saudade.
Uma tristeza, um motivo.
Uma lágrima, um novo dia.
Um sorriso, uma pessoa.
Um abraço um conforto.
Uma vida, várias experiências.
Uma ilusão, uma esperança.
Uma amizade, uma verdade.
Uma espera, um alvo.
Um consolo, uma paz.
Um entardecer, um sonho.
Um sentido, um caminho.
Um encontro, uma presença.
Uma explicação, um alívio.
Um coração, uma verdade.
Seu amor, o fim das minhas esperas.
Cada nascer do dia é um nascer diferente...
Outro tempo, novas formas, novos
sonhos, velhos sonhos...
Todo dia é um nascer do sol!
Falar, esbravejar, chorar, reclamar. Por mais equilibrada que seja a pessoa, um dia ou outro, ela terá que desabafar. O desabafo tira de nós o peso que nos consome, ajuda a organizar nossos sentimentos e participa do processo de alinhamento e construção de novos pensamentos.
Palco...
Onde nascemos como elenco
Corremos de um lado ao outro
Dançamos e falamos alto
Choramos ou rimos às vezes
Pretendemos e atuamos
Convencemos ou perdemos
Acreditamos e prometemos
Damos e recebemos
Onde amamos
Criamos laços e deslaços
Construímos nossos sonhos
Aprendemos e ensinamos
Caímos e levantamos
Invejamos e inspiramos
Crescemos e aperfeiçoamos
Vivenciamos e experimentamos e
Onde morremos como expectadores
da vida...
Caio de quatro sempre que te vejo, vou de um lado ao outro, fico no averso...é assim, sempre: ponta cabeça, descontrole total !
Não roube um amor de outro amor, as incertezas desse amor jamais te trará paz, queira um amor livre, daqueles q te faz suspirar.
Amor roubado tem gosto amargo
Amor roubado é inquieto
Amor roubado não tem "eu e você" tem "nós e você"
Amor para ser amor tem que chegar sereno, acalmando tempestade.
Seja livre para amar e ser amada
E a liberdade de um amor te encontrarás.
VOCÊ e EU..( poema )
Feitos um para o outro., criados para se completarem., almas que foram feitas uma para a outra.,
Nos amando., e nos sentindo vivos e juntos sempre....
Somos dois corpos que se unem.,
E quando nossos lábios se beijam., nossa o fogo é intenso.,
Nossas mãos nos tocam em perfeitas carícias., somos encontro de almas que se conectam., em versos de felicidade e amar.
Não seremos apenas palavras que compõe a mesma poesias., pois mais que corpos que se atraem., somos almas que se sente., almas que se amam.,
Assim.!!! E você e eu.
(Autoria) Daniela kenia e Fernando Melo.
O QUE EU VI DA VIDA
Hoje pulo de um tempo para outro....
Medos, incertezas, desejos, sonhos....pulam comigo...
Olhando pelo "retrovisor do tempo", vejo os rastros da minha história até aqui.
De repente, é como se estivesse no vagão de um grande trem chamado "VIDA" ouvindo o maquinista do tempo anunciar:
"Senhora passageira, acomode-se e prepare seu coração para as cenas que vou te mostrar".
E assim, em cada "parada", vou revendo um pouco da minha existência....
Logo estou caminhando por um grande quintal. Plantas, vento, folhas rodopiando pelo chão, uma frondosa mangueira e à sua sombra, uma garotinha embalando sua boneca ao som do "boi da 'cala pleta'"....Ah! que saudades tenho dessa menininha...
Agora estou em um quarto muito simples. Sobre a cama um ursinho me chama a atenção: "Ted". Lembro-me que não conseguia dormir sem ele...
Em um canto, havia uma escrivaninha abarrotada de livros, cadernos e um diário aberto na página assinalada como 29 de agosto...
"Querido diário....
Hoje comemoro mais um aniversário. Estou feliz, mas ontem à noite tive um sonho ruim e amanheci com o enorme desejo de poder chegar ao futuro...."
Nesse momento, entra uma mocinha....15, 16 anos, talvez. Magrinha, cabelos longos presos em um laço de fita. Parecia chegar da escola. Me olha sorrindo e sinaliza com a mão para seguirmos pelos outros cômodos daquela casa....
Sinto um delicioso cheiro de comida caseira no ar. Estou na cozinha. À mesa, vejo alguns dos meus 8 irmãos, minha mãe os servindo e à cabeceira, meu pai....
Não sei descrever ao certo o que sinto nesse momento, mas uma vontade louca de abraçá-lo toma conta de mim....há tanto tempo não o vejo...que saudades de você papai!!
Sigo por um corredor e logo estou na sala de estar. Lá, um vinil gira em uma velha vitrola. Me detenho por alguns momentos ouvindo aquela melodia....
A emoção me invade....não posso mais continuar ali...
Estou agora em uma rua. No centro uma jovem com um enorme laço de jornal na cabeça tenta a todo custo se desvencilhar de muitos ovos querendo acertá-la. Ela está muito feliz cantando a plenos pulmões o "Alô, alô papai, alô mamãe...". Me viu, e serelepe que só ela, sujou meu nariz com aquela meleca de ovo, trigo e colorau....rsrsrsrs
Há uma passagem de tempo, estou agora à porta de uma igreja adornada com muitas flores e um longo tapete vermelho. Pessoas se levantam ao toque de uma marcha nupcial. Vejo uma jovem vestida de noiva sendo conduzida pelo pai ao altar. Ela para diante de mim, sorri e me entrega uma rosa vermelha tirada do seu bouquet. Nela a inscrição: "dia do SIM".
O tempo muda novamente...
Vejo um cortejo de pessoas chorando. Meu coração aperta de dor....
Meus seis irmãos homens, em um angustiante silêncio, ladeiam e seguram as alças de um caixão....nele está meu pai. Aquela jovem, agora com os olhos inchados de tanto chorar me oferece um lenço....
Não, não quero rever isso....saio correndo dali....
Agora vejo, em dois momentos diferentes, a mesma mulher "preparando outra pessoa". Ela afaga sua barriga e sorri enquanto arruma uma mala com roupinhas rosas e azuis...
Recolho minhas lembranças e volto ao trem. O maquinista anuncia a última parada: "PRESENTE".
Desço e avisto três pessoas me esperando. Antes de seguir com eles, olho para trás e aceno para o meu passado que agora faz o caminho de volta....
E o que eu vi da vida?
"Eu vi muita gente chegando. Muita gente partindo...
Eu vi uma menina correndo. Eu vi o tempo passando...
Eu vi a mulher preparando outra pessoa..."
"Eu vi que a vida tem sons que pra gente ouvir
precisa aprender a começar de novo..."
"Eu vi que quem espera que a vida
seja feita de ilusão
pode até ficar maluco ou morrer na solidão"
"Eu vi que é preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
Eu vi e aprendi que é preciso saber viver...."
E assim eu vou escrevendo as minhas cenas....ensinando para os meus e levando comigo o que vi da vida....
Lene Torres
Belém - Pará - Brasil
29/08/2015