Um para o outro
o vento
varre
desloca
empurra
balança
leva e traz
de um lado para outro
coloca as coisas em seu devido lugar
muitas vezes uma ventania cai bem
e tudo se encaixa
feito quebra cabeça
voltando ao normal
é Deus soprando bençãos
em nossa direção!!!
Carros, teoricamente, são um método fantasticamente rápido de se viajar de um lugar a outro. Engarrafamentos, por outro lado, são uma fantástica oportunidade de se ficar absolutamente parado.
"Ir a igreja aos domingos não passará de um hábito como outro qualquer se no restante da semana, Jesus não for a razão de querer voltar"
entre um sonho e outro
quero morrer dormindo
quero morrer sorrindo
quero morrer de amor
quero morrer sem dor
quero morrer de pavor
quero morrer de calor
quero morrer sem pudor
quero morrer de medo
quero morrer de rir
quero morrer de fome
quero morrer de trabalhar
quero morrer de tristeza
quero morrer de paixão
quero morrer de desejo
quero morrer sem dúvida
quero morrer às pressas
quero morrer pra viver
quero morrer por favor!!!
Nestes últimos anos, saltamos rapidamente de um ciclo para outro. Mal nos acostumamos a um, precisamos mudar. Incessantemente.
Um para o outro
A metade do outro
Coração um do outro
Vida um do outro
Nos completamos um do outro
Enquanto vivermos um do outro!
entre um horário e outro,
momentos sagrados:
Trabalho, meditação,
refeição, descanso
as minhas fantasias.
Socialização saudável, saí com a mochila aberta de um pavilhão a outro. E uma aluna atrás de mim, devolve-me as provas, outra o livro...Como não senti a leveza!
Não era uma distância longa entre um olhar e outro. Mas longe o bastante para que os olhares se deturbassem, uma distância suficiente para que fosse agregado ao olhar certa subjetividade e interpretação um tanto ousadas. E foi isso que aconteceu.
Dia após dia os olhares se encontravam, abraçavam-se, mas nada diziam. Talvez porque não achassem que ali estaria se criando visões de algo, de alguma coisa. E em linha reta, a conversa continuava. Não em palavras, mas na subjetividade dos olhares. Não é preciso dizer nada para que fosse percebido que ali por meio dos olhos a comunicação se fazia. E seus interlocutores sempre certos de que estavam sendo compreendidos. Será?
Talvez sim, talvez não. Os olhos não são muito claros, vejam o trocadilho, quando se trata de sentimentos. Alerta de espolie. Sim, um sentimento nascia por meio daqueles olhares. Pelo menos da parte do dono de um dos pares de olhos. De uma pequena semente por trás daqueles olhos nascia um sentimento. E alimentado pelo imenso terreno fértil da carência cresceu tanto que já não cabia mais no corpo. Começou a transbordar.
Saia por todos os poros da pele. Fugia pela respiração. Os olhos, porém, pareciam não saber transmitir essa mensagem. O olhar não tinha a força de levar à compreensão desse sentimento a pessoa a quem estava endereçado. E a dona do outro par de olhos não recebeu essa informação. Não imediatamente, apesar dos olhares continuarem ininterruptos.
E eis que entra nessa história um terceiro par de olhos. Na verdade, um par de ouvidos. Ao escutar a confissão do amigo, não crer. Ele que acompanhou e ouviu todos os cochichos daqueles olhares, percebeu de imediato que os olhos daqueles dois jovens não estavam falando a mesma língua. E a dona do segundo par de olhos ouviu da boca do amigo o que o dono dos olhares interpretou.
Ela não acreditou. Mas ficou calada, pois nada a boca tem a ver com a conversa dos olhos. E deixou então que os olhares fugissem e que ficassem calados para que não fossem mal interpretados. Mesmo assim, vez por outra eles se encontram, pois estão sempre no mesmo caminho, desviam-se e vão embora. E o terreno fértil da carência continua suprindo o amor que o dono de um dos pares daqueles olhos pensa existir. Olhares são perigosos. Eles falam muito, no entanto, nada escutam.
A ponte
A ponte estabelece a distância entre um ponto ao outro. Quando a distância entre pessoas é determinda por classe, padrões e preconceito então, podemos afirmar que existe mais frieza entre os homens do que entre o ponto concreto da ponte!
O frio é a forma mais rude de reunir a gauchada ao redor do fogo de chão e entre um mate e outro vamos aquecendo o coração. Ivens@breu
A memória lê o dia
de trás para frente
acendo um poema em outro poema
como quem acende um cigarro no outro
que vestígio deixamos
do que não fizemos?
como os buracos funcionam?
somos cada vez mais jovens
nas fotografias
de trás para frente
a memória lê o dia
Uma reta leva um ponto a outro. Veja se seu planejamento tem muitas curvas e, se tiver, trace novas retas e rotas para seu
sucesso.