Um dia Percebemos Mário Quintana
Como num encanto, entramos na vida de alguém.
Eventualmente, no nosso caminho alguém chega de mansinho.
E quando percebemos, lá permanece estando.
Perguntas sem respostas é o que mais temos, ao nos ver.
Porque de nada sabemos, percebemos no viver.
A medida que envelhecemos, é que percebemos que um relógio de R$ 300,00 ou um de R$ 30,00, marcam sempre a mesma hora de ir embora!
O amor nos cega, mas quando recuperamos a visão, percebemos que fizemos tudo por alguém que tava cagando prós nossos sentimentos.
No final percebemos que o destino não importa, e sim o caminho percorrido e as pessoas que te acompanharam.
As pessoas não estão preparadas pra vivenciar outros seres descaídos, doentes, largados, desempregado.
Acostumamos a ver somente o belo, o arrumadinho e enfeitado.
Se nos apresentarmos maltrapilhos e mostrando-se moribundos, ainda que de fachada, só pra impressionar, todos sem exceção fazem cara de dó.
Alguns indicam e convidam pra irem a igreja de assídua pratica.
Outros farão até vaquinha, mas jamais ousarão oferecer sua convivência, pois reiteram que em um dado momento os que recebem ajuda em breve os trairá.
Ai vem em minha imaginação.
Será que só nos reconhecemos uns nos outros se aparentarmos bem, felizes e livre de todo mau, se estivermos feito ou igual a uma foto; ali estática bela e bonita, mas ainda sim uma foto, mesmo que já em óbito,
Somos cegos de consciência, andamos de olhos abertos e ainda sim necessitamos de um braço condutor por não perceber nossas prioridades evolutivas...
Qual é o tamanho da sua mentira? Se considerarmos que a realidade que percebemos é, na verdade, uma ilusão, todas as nossas medidas se tornam apenas a magnitude dessa falsa percepção.
"Um mundo sem contingências, seria um mundo desumano.
Somente na transgressão do óbvio percebemos uma possível liberdade."