Um dia Percebemos Mário Quintana
A grandeza do homem está em superar as condições que lhe são adversas. Quando, pela sua mente, munido apenas do pensamento, penetra no que há de mais profundo, invade o que se lhe oculta aos olhos, e consegue descobrir os nexos das causas remotas e da causa primeira de todas as coisas, descobre ele que há uma fonte de todas as coisas que, pela sua eminência e pelo seu imenso valor, ele respeita e ama. Só quando o homem consegue elevar-se acima da sua contingência e alcançar esse ser supremo, e humildemente lhe presta a homenagem que ele merece, então o homem consegue ultrapassar os seus próprios limites, porque no mesmo instante em que os vence, ele supera a si mesmo.
Há quem diga até que o otimismo é uma atitude de filosofia barata. Mas há algo mais barato que o pessimismo? Olhem para o mundo. Quantos os que se queixam, quantos os que se angustiam, açulados pela imaginação doentia; quantos proclamam angústias (as famosas angústias físicas e metafísicas de tantos intelectuais!). Quantos procuram mágoas para explorá-las? Há coisa mais barata por este mundo?
A cooperação pode ser posta em prática imediatamente. Cada um já pode realizá-la em seu âmbito, e não esperar por outros para iniciar a obra de renovação social, por todos anelada.
o amor? o que será essa palavra tão pequena?
o amor não se resume em apenas trocar palavras,
mas estar presente na hora em que tudo dá errado,
tudo se fecha ao nosso redor, enfim uma flor nao consegue
sobreviver muito tempo longe do jardim,
pois...ame, lute, busque estar perto de quem te ama e te quer
bem, não se iluda com poucas palavras, busque sempre o melhor
para quem esta do seu lado, mas antes de tudo ame a si mesmo.
[ M.C.S]
Máriotrakino
Te envio poemas de meu punho em letra
Te envio canções pra que você entenda
Te envio minhas fotos pra que você me veja
Não estamos juntos, mas tenho certeza.
E naquele abraço de brisa morna, do parapeito da minha varanda vi a assustada partícula de pó afastar-se, em direcção ao rio tranquilo. Gritando aterrorizadamente satisfeita com o seu medo.
Quando adormeço, sonho com o teu olhar de desejo,
ao acordar revelo o meu sonho,
ao te encontrar realizo do meu eterno desejo e
faço de ti a minha doce Rainha.
Ter certezas absolutas sobre o funcionamento da mente é como ter a certeza do número de formigas existentes num formigueiro.
Das Sete Canções de Declíno
Um frenesi
hialino arrepiou
Pra sempre a minha carne e a minha vida.
Foi um barco de vela que parou
Em súbita baía adormecida...
Baía embandeirada de miragem,
Dormente de ópio, de cristal e anil.
Na ideia de um país de gaze e Abril,
Em duvidosa e tremulante imagem...
Parou ali a barca – e, ou fosse encanto,
Ou preguiça, ou delírio, ou esquecimento,
Não mais aparelhou... – ou fosse o vento
Propício que faltasse: ágil e santo...
...Frente ao porto esboçara-se a cidade,
Descendo enlanguescida e preciosa:
As cúpulas de sombra cor de rosa
As torres de platina e de saudade.
Avenidas de seda deslizando,
Praças de honra libertas sobre o mar...
Jardins onde as flores fossem luar;
Lagos – carícias de âmbar flutuando...
Os palácios a rendas e escumalha,
De filigrana e cinza as catedrais –
Sobre a cidade a luz – esquiva poalha
Tingindo-se através longos vitrais...
Vitrais de sonho a debruá-la em volta,
A isolá-la em lenda marchetada:
Uma Veneza de capricho – solta,
Instável, dúbia, pressentida, alada...
Exílio branco – a sua atmosfera,
Murmúrio de aplausos – seu brou-há-há...
E na Praça mais larga, em frágil cera,
Eu – a estátua que nunca tombará...
Serradura
A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.
E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No indindável sofá
Da minha Alma estofada.
Pois é assim: a minha Alma
Outrora a sonhar de Rússias,
Espapaçou-se de calma,
E hoje sonha só pelúcias.
Vai aos Cafés, pede um bock,
Lê o <<Matin>> de castigo,
E não há nenhum remoque
Que a regresse ao Oiro antigo:
Dentro de mim é um fardo
Que não pesa, mas que maça:
O zumbido dum moscardo,
Ou comichão que não passa.
Folhetim da <<Capital>>
Pelo nosso Júlio Dantas ---
Ou qualquer coisa entre tantas
Duma antipatia igual...
O raio já bebe vinho,
Coisa que nunca fazia,
E fuma o seu cigarrinho
Em plena burocracia!...
Qualquer dia, pela certa,
Quando eu mal me precate,
É capaz dum disparate,
Se encontra a porta aberta...
Isto assim não pode ser...
Mas como achar um remédio?
--- Pra acabar este intermédio
Lembrei-me de endoidecer:
O que era fácil --- partindo
Os móveis do meu hotel,
Ou para a rua saindo
De barrete de papel
A gritar <<Viva a Alemanha>>...
Mas a minha Alma, em verdade,
Não merece tal façanha,
Tal prova de lealdade...
Vou deixá-la --- decidido ---
No lavabo dum Café,
Como um anel esquecido.
É um fim mais raffiné.
PROFESSOR
Louvado seja Nosso Deus
Pela sua paciência aquática;
Capaz de contornar as revoltas
E amolecer os corações.
Que bom! Você existe!
É nosso(a) colega e educador(a).
Como a chuva revitalizante,
Entusiasma os “fracos” e “tímidos”.
Obrigado por ser
A companhia saudável
Que os pais buscam
Para suscitar a sabedoria.
Parabéns pelo seu dia,
Parabéns pela sua alegria,
Por ser um exemplo
De que vale apena viver.
(Autor: Mário Joaquim Batista)