Um dia Desses
Chapa quente
Se a chapa ficar quente, que quebre o gelo
Desses corações que mal sabem se batem
Que não precise ser tão frequente o apelo
Por menos indivíduos que saiam e furtem
Arsênio, tungstênio, qual a fórmula química
Que possa brecar o ódio e iluminar a rota?
Já tentei de tudo, me surgiu até a mímica
Para ser compreendido e aumentar a nota
O otimismo encontrava apenas sinônimos
Antes da explosão das manchetes negativas
Há choque de realidades, muitos antônimos
Uma sociedade de escassas almas altivas
Não tem liberdade ao sair à rua com medo
Estar preso entre quatro paredes é sufocante
Se não estiver sendo escutado, eu entendo
Viver bem deve ser um sonho já distante.
Dia desses, ainda viro mar
“Há uma santidade nas lágrimas. Não são marca de fraqueza, mas de força. São mensageiras da dor incontrolável e de amor indescritível.” Washington Irving
Daqui, ando com um choro pouco religioso. Meu choro é calado, mora apertado no peito. Tem momentos que eu o sinto revirando-se desajeitado, procurando um lugar mais confortável para ficar. Porém não escorre. É choro acrobata, conhece a complexidade da vida, contorce-se, mas não fica onde deveria estar e não encontra o caminho do rio onde as lágrimas vão de encontro ao sol.
Somos amigos antigos e ele se lembra de cada dia em que a vida o fez pulsar e aumentar seu volume. Ele é sensível, é poeta que rima dentro de mim.
Às vezes luto para que ele se vá, encontre as portas do olhar que lhe abrirão horizontes, mas meu choro é confuso, teme o abismo da liberdade que a expressão do sentimento proporciona.
Ah, choro carente, não percebe que sua gota é semente, que seu sal é força e que sua queda pode ser voo?
Mas hei de me programar e guia de um choro perdido serei. E chorarei. Por três dias e três noites em tempestade e calmaria. Até que a pressão termine, até que o coração se acalme, até que a vida se lembre que ser sensível para fora também é uma opção.
Um dia desses, ainda viro mar.
Qualquer dia desses arranco o meu coração do peito e entrego em suas mãos. Faça o que quiser com ele, eu não estarei mais aqui.
e como chegar com um coração desses vazios, que não sabe amar nem perdoar, que é fútil , é preciso sofrer muito. A vida ela pode ter momentos bons mais a maioria é tristeza , felizes os bem aventurados que verão o reino dos céus
ESTRANHA(MENTE) CONHECIDOS!...
Tem muito dele e tanto dela na matiz
Desses olhos perscrutadores...
Carregam ternura aconchegante
e o dolo angustiante;
Um conflito deveras enlouquecedor!
São dotados de tom único, tão envolventes...
Claros no molde escuro.
Projetam um magnetismo incomensurável,
Indizível, inefável... Arrebatador!
Esse olhar assustadoramente instigante,
Possui um mistério intimidador
E o brilho cativante do fulgor da paixão.
Inaugura cores em minhas vistas!
Esse olhar inédito a olho nu...
É conhecido do coração.
Tão conhecido... Tão conhecido!...
Estranhamente conhecido...
Desafia a lei da razão.
Adele é um desses seres femininos que, ou te deixam completamente indiferente, ou se demonstram capazes de te despertar um interesse profundo e permanente. […] Seu aspecto exterior é agradável para meu gosto pessoal e seu interior é uma formosa criação da natureza.
Precisamos nadar contra a correnteza
Dia desses a gente se encontra e eu te conto que a minha reza antes de dormir tem sido pra você. Que eu vago todos os dias pra ver se esbarro contigo em algum lugar, que eu te enxergo de uma maneira tão bonita no horizonte e que é por isso que eu espero o pôr-do-sol. Cê já percebeu como é lindo quando a noite cai e a cidade dorme? Dormem as obrigações e dormem as angústias, dormem as tristezas e dormem as certezas; durmo eu com o pensamento vidrado em você.
Você ri de uma maneira tão bonita quando fica sem jeito que faz com que eu fique sem jeito. O amor deixa a gente meio bobo mesmo. É bobo e ainda assim é bonito. É lindo, na verdade, porque tudo ganha um pouco mais de cor e a gente começa a nadar contra a correnteza. A aquarela fica mais colorida e a gente até se esquece das feridas, esquece o que arde e o que corrompe a gente por dentro; esquece as dores e as promessas todas de quando a gente bateu com a cara no muro pela última vez e jurou pra si mesmo que nunca ia encontrar alguém igual a quem se foi. E ainda bem que foi. Se não fosse, eu nunca teria esbarrado com você.
Acho que é sempre isso mesmo: a gente nadando contra a correnteza. Porque a correnteza tortura, leva a gente com as angústias todas e carrega pra um lugar que atormenta. Ser levado pela água é horrível. Até dá pra tentar se segurar, tentar encontrar alguma pedra que nos ofereça abrigo em meio ao rio, mas é mais forte que a gente. O corpo fraqueja e a gente também, e aí tudo se entrega. Só que quando nos apaixonamos, deixamos a boia e o que sobrecarrega de lado, e nadamos contra a correnteza; contra as pessoas e contra o fluxo, contra as angústias e contra a certeza de que se apaixonar de novo seria o mesmo que naufragar. E aí a gente percebe que naufragar é desistir do amor.
Dia desses a gente se encontra e eu te conto que todas essas metáforas que eu crio sobre o amor são sobre você, e o quanto valeu a pena nadar contra a correnteza pra te encontrar. Te conto o quanto eu vago e nado por ai pra ver se encontro abrigo em você. Cê me abriga? Se abrigar, a gente senta na proa e olha o pôr-do-sol. Sobra nós dois no rio contra a correnteza.
" Se em 50 minutos de aula eu mudei as mentes desses jovens, imaginem com 60 minutos de banho de sol todos os dias em uma prisão que vão me colocar?" Glauco Marques.
Tenho desses amigos sinceros e verdadeiros. Que doam atenção e que com amor se estendem por inteiro: braços,alma e coração.
_______FranXimenes
31*08*2013
É Fim de Ano...
Dias de festas, de alegrias e de muitas emoções. Então faça desses dias os melhores, e faça o restante do ano ser perfeito, pois todos os dias são dias de ser feliz. Eu curto a vida, brinco, faço dos meus dias os melhores, não importa onde eu esteja ou como eu esteja, o importante é dar valor a tudo que temos e aproveitar o viver, pois viver com Deus é viver sempre no amor todos os dias. Em meio a tantas guerras e batalhas da vida, há um alguém que se importa com você todos os dias do ano, Deus. E nesse fim de ano não vai ser diferente, pois curta tudo com os amigos e familiares , tenho a certeza que o mesmo Deus que te protegeu ano passado, te protegerá esse Ano de novo ...
Feliz 2016 a todos, que venha cheio de paz e o principal, que venha cheio da presença de Deus na tua Vida!
...e nos dias frios eu só queria que você me convidasse pra tomarmos um vinho quente... desses que vem com beijo junto no lugar da canela!
Apenas mais um dia de trabalho. Ou não...
Dia desses, estava eu numa operação, dando apoio a um caminhão da prefeitura que recolhia entulhos. Pernoitado, cansado, estressado, e com quase trinta horas de jornada nas costas. Eu me perguntava qual realização, além da financeira, aquela longa jornada me proporcionaria. Para "facilitar" nosso serviço, o tempo se fechou e começou a chover.
A resposta a minha pergunta começaria a surgir do outro lado da rua, naquele momento, quando reparei que um senhorzinho, com trajes humildes, rugas à mostra, e uma expressão que fazia minhas trinta horas de serviço parecer um "nada!", vinha em minha direção. Percebi então que aquele cidadão mantinha duas preocupações naquele instante. Uma, era, andando bem devagar, olhar o chão para não levar um tombo, (cuidado esse que é inerente àquela condição física). A outra preocupação deste personagem seria o motivo de minha curiosidade.
Minha missão naquele momento passou a ser a de tentar descobrir o porquê de seu chapéu não estar protegendo sua cabeça e seu rosto da chuva, e sim, estar cobrindo algo que suas mãos protegiam como a um tesouro. Poderia ser um rádio? Pensava eu. Porém, minha desconfiança desabou quando observei que ele levantara algumas vezes aquele chapéu velho para conferir se o produto de sua estratégia estava realmente protegido das gotas da chuva. Atravessei a rua, e movido pela curiosidade, esperei que ele chegasse mais próximo, para assim descobrir o motivo de tanto zelo.
Para minha grata surpresa, um cão da raça Pinscher, mais curioso do que eu, de tamanho inferior a um palmo meu, tentava a todo custo se soltar da mão de seu dono e sair de debaixo daquele chapéu...
Senti-me recompensado de tal maneira, que voltei para meu posto, com a obrigação moral de não reclamar tanto da vida, nem de questionar tanto algumas coisas. Terminei minha jornada com aquele gesto cravado em minha mente.
O desprendimento daquele Senhor, em relação as suas limitações e às intempéries do tempo, e o seu apego em proteger aquela criaturinha indefesa, fizeram-me pensar que eu posso sim, mudar o foco de coisas
inevitáveis, e fazer boas ações independentemente dos problemas pelos quais esteja passando.
A lição que recebi desse caso foi que, para transformar o meio em que vivo, não preciso ser contaminado por ele, e ainda que afetado, posso também fazer uso de fatores externos para me desprender de problemas pelos quais esteja passando.
Por isso em meio a tanta turbulência em meu ambiente profissional, recorro primeiramente a Deus, ao colo de minha esposa, ao abraço de meus filhos, às poderosas orações de minha Mãe, aos conselhos de minha irmã, e faço uso de outros artifícios externos que me afastem de tanta negatividade.
AMOR E RELIGIÃO
Conheci-o: era um padre, um desses santos
Sacerdotes da Fé de crença pura,
Da sua fala na eternal doçura
Falava o coração. Quantos, oh! Quantos
Ouviram dele frases de candura
Que d'infelizes enxugavam prantos!
E como alegres não ficaram tantos
Corações sem prazer e sem ventura!
No entanto dizem que este padre amara.
Morrera um dia desvairado, estulto,
Su'alma livre para o céu se alara.
E Deus lhe disse: "És duas vezes santo,
Pois se da Religião fizeste culto,
Foste do amor o mártir sacrossanto".
Obedecendo a uma sincronia biológica perfeita, milhões desses gaviões tem helicópteros "brotam" da terra ao mesmo tempo, fazendo uma algazarra tremenda, e, mesmo agradecendo a porta aberta não pelo correio, mas por caixa. não perdem tempo com besteiras: copulam, botam seus ovos e morrem alguns dias depois. Missão cumprida!