Três Coisas
Todas as coisas que dizes
Afinal não são verdade.
Mas, se nos fazem felizes,
Isso é a felicidade.
Quando um sorriso começa a morar no nosso olhar, parece mágica: um monte de coisas, às vezes até sisudas, começam a sorrir pra gente, de repente.
Um corpo perfeito começa com bons pensamentos, autoestima elevada, amor e prazer nas coisas simples.
Apenas nos iludimos, pensando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.
Timão: Olha, garoto. Coisas ruins acontecem e não há nada que se possa fazer, certo?
Simba: Certo.
Timão: Errado! Quando o mundo lhe dá as costas você dá as costas para o mundo.
Simba: Não foi isso o que me ensinaram.
Timão: Talvez você precise de uma nova lição. Repita comigo: Hakuna Matata.
Simba: O quê?
Pumba: Hakuna Matata. Significa sem preocupações
Timão: 2 palavras que mudarão a sua vida!
Simba: É mesmo?
Bom, hoje vou escrever sobre a minha incapacidade. Sou incapaz. Incapaz de perceber as coisas mais simples. Me ligo em detalhes esquisitos. Eu sou estranho. Minha mão não para de transpirar devido a uma indignação obtida minutos atrás. To indignado. Não gosto de certas intimidades. Não gosto de gente cheretando no que é meu. Viram? Eu sou incapaz. Incapaz de deixar isso passar desapercebido. Ah, ninguém sabe do que estou falando né? Não vou dizer. Sou incapaz de dizer o porquê. Ficaria envergonhado. Não gosto de intimidades. Não espero que alguém entenda o que eu escrevi aqui. E por favor, não me perguntem. Eu só queria auto-desabafar.
As melhores coisas estão dentro de nós. Onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos de motivos.
Eu prefiro as pessoas que conseguem ver o lado claro das coisas mesmo que todo dia anoiteça. Gente que se abala com os fatos sim, mas que não quer derrubar a estrutura do outro só pra vê-lo no mesmo nível em que estão. Com o tempo a gente aprende que todos têm o ônus e o bônus, mas poucos conseguem carregar dores e doçuras sem despejar em ninguém suas amarguras. Eu ainda acredito mais em sonhadores incuráveis do que em caçadores de mágoas...
Uma das coisas que eu acho fascinante em Jesus, é a capacidade que ele tinha de encontrar no meio da multidão, pessoas.
Ele era capaz de reconhecer em cima de uma árvore um homem, e descobrir nele um amigo.
Bonito uma amizade que nasce a partir da precariedade, quando você chega desprevenido, o outro viu o que você tem de pior, e mesmo assim, ele se apaixonou por você. Amor concreto, cotidiano, diário.
Jesus se apaixonava assim pelas pessoas e as tornava suas amigas. As trazia para perto Dele.
É fascinante olhar para a capacidade que esse homem, que esse Deus tem, de investigar a miséria do outro e encontrar a pedra preciosa que está escondida. Isso é Páscoa, isso é ressurreição. É quando no sepulcro do nosso coração, alguém descobre um fio de vida, e ao puxar esse fio, vai fazendo com que a gente se torne melhor.
Não há nada mais bonito do que você ser achado quando você está perdido.
Não há nada mais bonito do que você ser encontrado, no momento que você não sabe para onde ir e não sabe nem onde está...
O amor humano tem a capacidade de ser o amor de Deus na nossa vida por causa disso: porque ele nos elege!
Por isso que é bom termos amigos, porque na verdade, as pessoas amigas antecipam no tempo, aquilo que acreditamos ser eterno...
Quando elas são capazes de olhar para nós e descobrir o que temos de bonito. Mesmo que isso, as vezes costuma ficar escondido por trás daquilo que é precário.
Por isso agradeço muito a Deus pelos amigos que tenho. Pelas pessoas que descobriram no que eu tenho de pior, uma coisinha que eu tenho de bom, e mesmo assim continuam ao meu lado, me ajudando a ser gente, me ajudando a ser mais de Deus, ajudando a buscar dentro de mim, a essência boa que acreditamos que Deus colocou em cada um de nós.
Ter amigos, é como arvorear: lançar galhos, lançar raízes... Para que o outro quando olhar a árvore, saiba que nós estamos ali...Que nós permanecemos para fazer sombra, para trazer ao outro, um pouco de aconchego que às vezes ele precisa na vida...
Arvoreie! Crie árvores! Seja amigo!
Sou chata sim, muitas vezes insuportável; deixo meu ego falar mais alto e quero as coisas do meu jeito. Falo o que penso, brigo quando acho que devo brigar, e poucas vezes fico em silêncio. Entro em contradição, digo coisas e me arrependo, penso no que não devia pensar, tenho medo de um milhão de coisas. Demonstro ser o que não sou, e sinto que me perco entre mim e o outro. Sou insegura, impaciente, enjôo fácil das coisas, não termino o que começo e desisto quando me enche o saco. Mas não só de defeitos é composto o ser humano. Sou guerreira, determinada, humana demais... penso nas pessoas, ajudo de qualquer jeito. Não tenho frescura, sento no chão, como com a mão, falo com qualquer pessoa. Cuido de quem precisar, vou no inferno por quem eu amo, e sou feliz. Corro atrás do que eu sonho, tenho minhas crenças que ninguém tira, e enfrento tudo com a minha coragem.
O que me falta na vida?
Não penso mais em objetivos. Depois de um tempo as coisas começam a perder a forma. Olhe muito pra alguma coisa até você deixar de vê-la e se pegar pensando no se seu cachorro enxerga em preto e branco ou colorido.
Eu troquei o dia pela noite. Antes eu lutava contra o sono, quando eu parei de lutar eu venci. O corpo levemente dolorido, a sensação do ácido lático borrifando nos seus músculos flácidos do sedentarismo, as superfícies dos seus membros formigando pela falta de circulação sanguínea, suas pálpebras descendo involuntariamente e um gosto adstringente de café amanhecido nas papilas gustativas do fundo da sua língua. Tudo isso se foi. Depois de um tempo as coisas começam a perder sua forma.
O sono chega quando eu me deito. O café é sempre doce e reconfortante, se você se lembrar de não ferver a água antes de passar no coador. A noite é quieta. As pessoas dormem. Os cachorros dormem, os peixes dormem, a cidade dorme.
Os que não dormem trabalham para um objetivo que esqueceram, se embebedam, estão tendo orgasmos ou qualquer outra coisa que faça ter alguns momentos sólidos de individualidade sem sentido. Existir por existir. A gente faz o que pode. A madrugada tem um cheiro fresco, é toda lâmpadas e aviões e táxis e pessoas relativamente perigosas e outras pessoas perigosamente frágeis perambulando indo umas atrás das outras, fazendo entregas, rindo, pensando na vida ou não pensando em nada e todas escutando um chiado desértico e a própria palpitação quando o semáforo fica vermelho. 30 segundos de respiração, ar gelado entrando pelas narinas inundando os pulmões, olhando para o console do carro, para as faixas na rua, para os mendigos, para a luz acesa num apartamento com uma leve curiosidade em saber porque aquela pessoa está fumando na sacada naquela hora.