Trem
A vida é passageira então ame e faça cada momento valer apena antes que o seu trem bala resolva partir.
estava hoje a tarde
dentro do trem
já tinha pensado em tudo
estava além da morte da bezerra
sem mais nada para atormentar minha mente
Foi ai que veio aquelas antigas histórias que sempre me perseguem
São duas...
Acredito que antes do meu último suspiro
será ela a ser lembrada
A primeira aconteceu na porta da estação de trem
duas senhoras
uma mais jovem e a outra já idosa
discutiam
a idosa tentava se afastar e a outra segurava-a pela bolsa
Já tinha assistido Regresso para Boutiful
e assistido no cidade em alerta sobre filhos espancarem seus pais
assim, fui meter meu bedelho onde não fui chamada
- O que esta acontecendo - Perguntei
- Minha mãe esta doente, eu cuido dela, mas ela quer ir embora
- Me deixa, eu quero ir pra minha casa - Implorava a mãe
Fiquei olhando ainda alguns minutos, com vontade de dizer; "Deixa ela ir. Deixa ela viver ou morrer onde quiser"
Mas ai lembrei de toda a trajetória do filme e seu final e pensei se o meu seria igual
me deu uma canseira... Ela sonha em fazer uma visita a sua cidade natal, Bountiful, mas não consegue mais dirigir e nem pode sair sozinha, por conta da super proteção de seu filho e da nora egoísta
O outro caso.
Eu estava lá pelas bandas da Brigadeiro Luiz Antonio, quase em frente ao extra. Quando próximo a mim uma jovem e uma senhora discutiam, pareciam mãe e filha.
Dali a pouco a filha atravessa a rua correndo fugindo da mãe e a mãe corre como uma cabra atrás.
Tive vontade de gritar: "Deixa a menina em paz, sua vaca. Não esta vendo que ela não te aguenta!"
Mas, não disse nada, fiquei só torcendo pela menina, para que ela criasse asas e voasse pra bem longe.
Vira e mexe eu lembro desses casos. Eles ficam bem na minha mente quando ela esta esgotada de tanto pensar. Essa senhora com certeza já morreu vitima de complicações emocionais como diabetes, pressão alta, colesterol, coração, artrose e outros diabos. A menina, ainda não tenho um final, mas sempre tenho a sensação que ela esta perto de mim, no trem no metrô, nas escadas rolantes eu fico sempre olhando pra ela sentindo vontade de passar a mão em seus cabelos, mas tenho medo de ser mal interpretada.
O Mundo é um trem, onde todos nós somos passageiros. Hoje você pode está, mas o amanhã nunca saberemos.
"Como um trem desgovernado, o tempo passa cada vez mais depressa, levando consigo cada lembrança, cada dor, cada mágoa e cada sonho idealizado, porém, não realizado."
Eram noites frias de inverno
Você esperava o trem chegar
E eu esperava ali, até você partir
Não tinha uma razão específica
Você apenas me trazia alguma alegria
Pensamentos rodeavam minha cabeça
Fazendo-me pensar em como reagiria
Se a convidasse para beber algo
Para conversarmos sobre tristezas
Ou algo do tedioso mundo em que vivemos
Mas não, nunca tive coragem
Eu ficava ali parado, vendo você ir embora
entrei no trem
estava um silêncio atípico
três minutos depois...
o homem entrou vendendo seu peixe
o neném despertou querendo leite
a chuva começou a bater na janela
e como sempre o barulho em mim ficou tão alto
que minha atenção envolveu-se nas cenas
o caderno acabou ganhando sons de uma caneta rasbiscando
e o coral de desconhecidos foram intrusos que acabaram presos nesse silencioso poema.
E novamente acionamos a partida no trem da vida
Novas paisagens virão
novos sonhos surgirão
O destino depende de nós.
Na viagem, ilumine-se
Liberte-se!
Aprecie intensamente
Pois, as viagens sempre continuam
tal qual um ciclo, onde a esperança gera
expectativa e, onde a nossa chegada, depende
apenas, para onde queremos
ir.
A RÉGUA
Lá vem a morte...
Em seu trem forte, não atrasa
com sopapo, com seu choque
vem moendo, vem morrendo
foiçando de sul ao norte,
não tem asas, mas arrasa.
Lá vem a morte...
Pelos campos pelas casas
arranca caretas, arranca lagrimas
espalha dor entre amores
seca espinhos , seca flores
espalha ausência e arrasa.
Mesmo sem asa ela voa
voa até a pessoa má
voa até a pessoa boa.
A morte é incerta
a na certa infecta
até mesmo a mais leve garoa.
Eu sou forte, vou lutar
mas tenho medo da morte, me levar.
Antonio Montes
Amigo é aquele
que sem perceber:
Toca nossa alma
toca nossa vida
e pega o mesmo trem
Sem pedir passagem
sem pedir licença
nos invade a alma
viaja muito mais alem.
Que diferença haverá quando tudo passar? Mansão ou cabana, carro ou trem, ouro ou lata; iPHONE, caviar, feijão; carvalho ou pinus no seu caixão. ..?
No trem da vida, espero que ele ande sobre longos trilhos, que passe por diversos lugares. Assim, que da janela, eu possa admirar novas e belas paisagens e antes de chegar no fim da linha, que eu tenha passado por todas as estações
Até para andar na linha é necessário algumas pausas.
Como sair desta para ver o trem passar ou aguardar as manutenções necessárias nos trilhos.
É meu caro... No Brasil tudo é lindo ao mesmo tempo em que é difícil.
Enquanto eu não posso ter você, eu espero por você. Eu sou o tipo de pessoa que iria perder um trem ou um avião para encontrá-la e ir tomar um café. Eu pegaria um táxi pela cidade para vê-la por dez minutos. Eu iria esperar do lado de fora a noite toda mesmo sabendo que só iria abrir a porta de manhã. Se você me chamar e dizer: “Será que você” a minha resposta é “Sim”, antes mesmo de você terminar sua fala. Eu giro mundos onde poderíamos ficar juntos. Eu sonho com você. Para mim, a imaginação e o desejo são muito próximos.
O que chamamos de vida nada mais é que um trem rápido, transitando nos trilhos de uma montanha russa, e nesse trem você pode estar sozinho ou acompanhado, porque a compra dos bilhetes você já fez antes mesmo de nascer, mas a decisão da companhia quem faz é você.
Somos passageiros dentro deste trem chamado mundo e nele, querendo ou não, fazemos companhia uns para os outros.
O trem passou e você ficou sofrendo diante da porta só tinha alguns segundos para decidir ou entra ou fica de fora a porta fecho e você ficou sofrendo por algo que já foi...
o desencontro acontece...perdeu o trem?
Segue sua vida, não adianta ficar chorando infeliz, revoltada,
A Adélia Prado
A poesia me abandonou aos prantos.
A deixei no trem da saudade.
O mesmo que a trouxe até mim.
A caminho da estação, falou-me das flores
E como tão penas pedras me dizem das coisas.
As flores não eram mais flores,
Nem as pedras só pedras.
Foi formando dentro de mim
um vocábulo vazio
Que só a mim cabia a ela saber.
E me abandonando,
a poesia me fez poeta.