Trem
Saudade
Num abraço gelado
A saudade vem
Vem fria e rápido
Rápido como um trem
Quebrando o calor da madrugada
O meu coração congela
Batendo saudades
Muitas saudades dela
Saudade essa que é incontrolável
Chega até a ser desconfortável.
Saudade desgraçada,
Saudades de você minha amada.
SGE
A Dama de Vermelho
Em uma tarde colorida entre a noite e o dia
Um trem de farol velho e falho percorria por um campo escuro
Através dos céus existia uma espiral da lua beijada pelo sol
O maquinista sentiu um aperto em seu peito
Avistou uma dama de vermelho pelos trilhos com um olhar esmeralda
Exuberantes pela escuridão do anoitecer
Temeroso o homem chacoalhou a sua mente acreditando ser miragem
Ocorreu sentimentos mútuos sobre confianças e concordâncias
Olhares tocados por uma Aurora Boreal chuviscada de estrelas
Pássaros estacionaram o tempo e abelhas desabrochavam o seu mel pelas camélias do campo
Instigando a vida em torno de um momento exótico
Após dez anos a memória ressurgiu em pontos de insanidade
Um homem desesperado e submisso ao sentimento da noite inquieta
Desejável
Viajou pelas rajadas do universo e adormeceu
Idealizava um anjo registrando suas reações sobre um trilho de madeira
Por um céu dividido entre o eclipse do universo
Exércitos luminosos percorriam o seu estômago como um efeito borboleta
O pecado cruzou o caminho de um coração amargo
Presenciou uma inconsistência do destino
Tocado por indefinições do que seja real ou delírio
Flamejante como um olhar insondável pelas janelas
Dois feixes de luz esverdeados
Um vestido fino e uma seda oscilante entre as correntes de ar
Enevoando a noite com seu doce êxtase perante as aves noturnas.
A luz no fim do túnel
por enquanto é só
um trem chegando.
Mas nós, os passageiros
da esperança, estaremos
salvos no desembarque
na estação da vida.
A vida é como uma viagem de trem. A cada embarque pessoas novas entram em minha vida. A cada desembarque acontece sempre uma despedida. Vou contemplar a paisagem enquanto ainda estou aqui. Vou preferir estar perto de quem eu amo e de quem me faz sorrir. Não importa a situação em que nos encontramos. Quero aproveitar enquanto posso. Apreciar os encantos e tirar lição dos desencantos.
Em certos momentos o nosso trem da vida precisa sair dos trilhos para entendermos que mudanças são extremamente necessárias para um bem maior...
E claro... mudanças nem sempre são fáceis, mas são extremamente importantes, pois elas nos obrigam a ampliar os nossos horizontes, assim como encontrar e percorrer novos caminhos...
Quando essas mudanças ocorrerem na sua vida... Se jogueeeeee de cabeça! Nunca se limite somente aos trilhos que você já está acostumado (a)...
Grandes alegrias podem surgir em caminhos que já mais imaginou percorrer..
No trem da vida, sou mais um passageiro. A viagem é minha, mas entrego a Ele o roteiro. Assim, com a confiança no divino, espero passar o nevoeiro.
Há quem espere
estações para ser feliz
Estações do ano
Estações de trem
Estações da vida
Não me dou esse luxo
Tenho pressa
Quero viver dia a dia
Entre sorrisos e sustos
Enfrentar a vida
Ser feliz
é bônus de momento
E momentos
podem ser instantes
Cartas só para um Amor
Da rua da saudade,
Despedi e peguei minhas bagagens,
Na ferrovia,
O trem estava de partida,
Dias de viagem,
Em um daqueles vagões eu viajei,
Cada dia,
Uma estação,
Cada dia,
Uma carta eu escrevia,
E em cada parada eu postava na caixinha dos Correios,
Não dava para esperar chegar para depois eu mandar,
Uma vez que na minha saída,
Não tive o prazer de olhar para minha amada e confessar tudo que eu sentia,
Cartas só para um Amor,
Quem sabe mais cedo chegando,
Ela pode ler,
E alcançar esse trem,
Assim,
Chegaremos juntos ao destino tão sonhado,
Uma boa surpresa posso ter,
Mas sonhar não custa nada,
Chegando ao destino,
Olhei para trás,
E nem sinal do meu amor,
Tristeza e solidão,
Imagino como um pequeno menino,
Agora estou aqui,
Distante e tão ausente,
Olhar para o passado eu não posso,
Voltar muito menos,
Me render ao sofrimento.
É.!
Tudo é possível quando a saudade fala mais alto...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
A Felicidade será passageira, se o trem no qual você embarcou tem como destino a estação do Sofrimento.
Embarque neste trem e seja parte da viajem, não vale a pena ficar sentado na estação vendo a vida passar.
As Serras de “Trem”
Nos altos e nos baixos
Nos vales e nos picos
Ondulando caminhos
Caminhos de Minas
as curvas não encurtam
Caminhos tortos,
Caminhos de Minas.
Nos caminhos
Os trilhos
Os trens
O trem
O que é que tem
Vamos esperar
Aí vem
Um café
Que está um trem.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Lamento De Um Forrozeiro
Logo eu, que fui a tantas drilhas, vi o trem do forró, acompanhei com expectativa a montagem do palco, dancei quadrilha, representei: o padre, o véi bêbado, até mesmo o rei do milho, rasguei a chinela de tanto dançar na caminhada do cuscuz, e sem se falar naquela foto tradicional ao lado do mestre Vitalino, que tanto representa nossa cultura.
Eita negócio ruim!
Que Epidemia mulestada...
A está hora estava no Alto do Moura, defronte a Dona caipirinha, aguardando os "zamigos", ouvindo um autêntico forró, tomando uns "guaranás", e claro sem esquecer na vestimenta aquela camisa xadrez, para mostrar que entende de cultura e como é bom ser nordestino. E sem se falar nas amizades que todos os anos só faz aumentar.
Quando chega a noite, aquela roupinha organizada para ir ao pátio de eventos Luiz Gonzaga, aquela passada para ver os bacamarteiros, cantadores e os repentes, um olhar observador para ver a decoração da vila do forró, onde remete aquela vila que era dentro do pátio. Na volta era de lei encher o bucho.
Oh meu São João, não se esconda pois não vou aguentar muito, o coração tá apertado, a cidade tá cinza e silenciosa, os artistas estão com nó na garganta e os forrozeiros com as chinelas e roupas mofadas.
Mesmo com tudo isso sou muito grato a Deus por vivenciar momentos maravilhosos, obrigado #Caruaru por me ensinar tanto, agradecer ao forró e a todos os artistas que hoje nos mostra o tamanho da saudade. Mas sabemos que logo tudo volta ao normal, e forró que eu não dancei hoje será dobrado igual a tapioca.
Viva a vida,
O viva são João, fica na recordação.
..não sabia...não sábio
...um trem...outrem...partir em
..de pressão panela..panorâmica..sem ver
.uma estação.nem estar são.nem ser
piu
#O #TREM
Soavam 5 horas da manhã...
No ar um cheiro forte de café fresco...
Um pão banhado na manteiga...
Badalo de um sino...
Um dia um trem passou por aqui...
Levava e trazia as pessoas...
O túnel dava seu ar de mistério e medo...
Em bons tempos de criança...
Caminhando sobre os trilhos...
Tanta busca da felicidade...
Tanta gente simples...
Outras tantas humildes...
Muitas cheias de vaidade...
Hoje tudo só é saudade...
Carregou gente pobre...
Carregou gente com dinheiro...
Carregou imperador...
Escravos e fazendeiros...
Levou e trouxe amores...
Para a guerra partiu...
Muitos foram e não voltaram...
Muitos ninguém mais viu...
Gente feliz de verdade...
Coração banhado em bondade...
Lenços acenados...
Belos olhos marejados...
De corações apaixonados...
A viagem, se longa, não sei...
Mudar o rumo, talvez...
Será sempre um passeio viver...
Conduzir e ser conduzido...
Dar à vida...
Um sentido...
De poder ter existido...
De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Um trem hoje parado...
Já passou por aqui...
Nunca desista...
Sandro Paschoal Nogueira
A vida acelera, como um trem desgovernado.
Tento acompanhá-la com meus passos curtos de criança que caminha e é puxado.
Com o ritmo da minha própria natureza de ser lento, vou andando.
Forçado a acompanhar a pressa, descontento. Inerte, me estresso, paraliso, nessa correria infinita dos dias.
Eis que concluo, que não pertenço a esse mundo barulhento e agitado demais.
"Trilhos iluminados"
Lentamente o trem vêm passando no meio das nuvens densas por entre as montanhas,
Apenas um grande farolete a sua frente, oferece a visibilidade reduzida a quase zero,
Como se estivesse cortando o céu a dentro, o trem segue sua viagem carregado de sonhos ou talvez de destinos incertos,
O farolete perde sua energia e se apaga deixando a viagem mais perigosa e em plena escuridão,
Depois de um tempo e três significativas curvas, a luz do sol ascende ao cenário gerando visibilidade e confiança para que o destemido trem chegue em segurança a sua estação.
Nas sombras
Entre vaidades, o narcisismo,
Entre prazeres tão passageiros quanto o trem bala, o futuro sem chão,
de fato a o vazio e a existência apagada.
Se as decepções nos machucam? É claro que sim! Outrossim, é um modo de descermos de um trem indo para lugar nenhum. Que não vai nos levar a uma paragem que se adéqua, que viria a tomar todo tempo precioso de vivermos felizes.