Trechos de Livros
“Vivo em um mundo louco que eu crio a cada manhã, onde as pessoas são felizes e tudo é paz e amor.
Se não posso tornar isso realidade no mundo, faço o meu mundo assim, e todos terão um mundo melhor de mim”
“O mundo sobrenatural, que excede a matéria, é o que realmente rege toda obra da criação e o equilíbrio no universo. Hora Deus comandando os seus, hora o Diabo comandando os dele, e ambos em guerra.
O fato é que existo, mas apenas quando me coloco na dimensão sobrenatural. A matéria é orgânica e perecível, enquanto a alma pertence a Deus e é eterna. Devemos usar a matéria para o estudo e desenvolvimento deste conhecimento, propagar a vida após a morte, a grandeza do reino de Deus.”
“Pessoas e coisas confundem-se constantemente por aqueles que, na ausência de amor em sua essência e não havendo desenvolvido a habilidade de pensar e refletir, não entendem o propósito real da criação, tão pouco sua existência. Por cometerem tal blasfêmia, a sociedade caminha para uma forma de vida completamente irracional ao passo que essa qualidade de gente não consegue entender que as pessoas são mais importantes do que as coisas. Compreenda-se por coisas tudo aquilo que não é uma “pessoa”. Ame o Senhor nosso Deus acima de todas as “coisas” e o seu próximo como a ti mesmo.”
“Ser homem é honrar os sentimentos mais puros de uma mulher. Realizá-la.
Ser humano é honrar os sentimentos mais puros de um outro ser humano. Compreendê-lo, respeitá-lo em suas diferenças.”
"Faça parte da solução. Do contrário, você é pior do que o problema, que, por si só, não se resolve, enquanto você tem a opção de solucioná-lo mas não a capacidade de fazê-lo."
Tempo sem dinheiro = a falência... dinheiro sem tempo = estupidez... encontre o equilíbrio entre uma coisa e outra e dominará o segredo das finanças e da estabilidade confortável que todos almejam na vida.
"Só os bichos que precisam brigar pra ficarem vivos.
Os humanos, ao contrário, necessitam do convívio."
Da fábula "O Jogo dos Animais", de Sylvio Panza.
A garota esquecida
Era uma menina?
Fazia a lição;
Era uma garota?
Passou na faculdade;
Era uma mulher?
Se casou e teve filhos;
Será que ela esqueceu?
Ou só não quer se lembrar,
de coisas desnecessárias,
Ou coisas não importantes,
Que não a interessem.
Ela faz isso de propósito?
E fica essa dúvida,
Que...
Nem mesmo ela pode responder?
Ou quem sabe ela sabe e não quer falar.
(autoral)
"Não se pode dar amor a quem se tira a liberdade."
Diálogo final entre um pássaro livre e outro engaiolado, na fábula "Sabia que o sabiá sabia assobiar?", de Sylvio L. Panza
Primeiros, as cores, depois os humanos.Em geral,é assim que eu vejo as coisas..Ou, pelo menos, é o que eu tenho
Helen Palmer - uma Sombra de Clarice Lispector (PREFÁCIO)
Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela.
Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) – constituído por diversos documentos pessoais da escritora – doados por um de seus filhos. E diante de correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e algumas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer.
Decerto aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora dos seus oblíquos olhos melancólicos.
Dizem, inclusive, que em agosto de 1975, ela somente aceitou participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de um poder supremo ao seu domínio e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião, sob o pretexto de súbito um mal-estar ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o verdadeiro texto sobre magia que havia preparado cuidadosamente para o instante da sua apresentação.
Em deferência aos costumes judaicos quanto ao Shabat, Clarice só pode ser sepultada no dia 11, domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como quase todos os extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Certamente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras não seriam confidenciadas. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe inspirou a adotar um daqueles pseudônimos (...)
Barroqueira do Agreste – Bahia
(Fevereiro de 1934)
A grande distância da realidade dos centros urbanos, longe de qualquer vestígio de progresso e imensamente afastada de tudo aquilo que poderia ser compreendido como civilização, Lea Leopoldina era mais uma pobre cambembe emprenhada, prestes a parir mais um predestinado sertanejo azarento. À sua volta, pouquíssima história para ser contada e nenhum tipo de adornos para enfeitar o seu xexelento pardieiro de barro batido: três cuias de água salobra, brotos de palmas estorricadas e um saco de farinha de mandioca dividiam o apertado espaço na mesa de madeira crua com sabão de sapomina, folhas de macambira e um desusado pilão emborcado numa arredondada bacineta de pedra, guardando ainda as raspas das rapaduras trazidas pelos mascates dos canaviais das circunvizinhanças.
Acima dos caibros e das varas que faziam a parede engradada de taipa, o maljeitoso telhado de ripas, com uma tira grossa de embira amarrada ao centro da cumeeira, segurava num só laço de nó um leocádio apagado bem na direção do velho fogão de lenha. E presa na memória dos seus parcos pertences espalhados naqueles quatro cantos de extrema vileza, a triste lembrança de seu companheiro: Nestor a tivera abandonado, inexplicavelmente, após tomar conhecimento da sua inesperada gravidez.
Do lado de fora, onde fumaça manava em vez de flores e onde nada germinava pelas estreitas fendas cravadas na superfície do chão estéril, pouca coisa sobrevivia da crueldade de uma duradoura estiagem. Rodeados por xiquexiques, quipás, seixos, pederneiras, juazeiros e mandacarus, formigas, besouros, calangos e lagartos escondiam-se num devastado matagal pálido e amortecido. Ao redor deles, pedregosas areias de rios secos, cisternas vazias, lavouras abolidas e ossos de animais mortos eram sobrevoados por outros tantos insetos invictos e descorados.
Caia mais um fim de tarde e o céu avermelhava-se por inteiro, levando consigo as minguadas sombras dos resistentes pés de umbu, jataí e jericó. Parecia mais um entardecer inexpressivo – como todos os outros marasmados e silentes daquele lugarejo fosco – não fossem aquelas repentinas vozes cantarolando mais alto que os cadenciados apitos das cigarras entocadas nos calhaus dos roçados e trauteando mais modestas que os finos gorjeios dos cinzentos pássaros que voavam rumo ao infindo horizonte de mato desbotado: "Nós somos as parteiras tradicionais que em grupo vamos trabalhar! Todas juntas sempre unidas, muitas vidas vamos salvar..." (Helen Palmer - Uma Sombra de Clarice Lispector (Capítulo 3).
Livros abertos,livros fechados
A magia do viver
Neles manifestados
A maravilhosa intenção do dizer
Não basta apenas escrever
Quem que exteriorizar
Cada pedacinho do seu querer
Assim desejo amar
Todos os poetas
Que aqui vou descrever
São das palavras,profetas
Exímios sonhadores,vamos ver:
Jonas R. Sanches com sua forte inspiração
Jean Carlos De Andrade
Iluminando cada estrada com o coração
Trazendo a nobre verdade!
Com descrições acima da poesia
O poeta dos desenhos voadores
Reina Jakes Lano Caldas na fantasia
A sábia imaginação dos sonhadores!
Nasceu entre amigos um sábio,com a sabedoria
Critica,satiriza inventa,salta e vence
Chega sempre com brilho de poesia
Luciano Luíz Santos sempre nos convence!
Amilton Costa com sua interminável alegria
Nos contagia com coisas grandes e pequenas
Mostra-nos com sabedoria viver cada dia
Poeta consolador das almas serenas
E assim quero singelamente manifestar
Homenagem a esses poetas de ouro
Com todo orgulho declarar:
Vós sois nosso maior tesouro!