Trechos de Livros
Somos livros.
Por vezes, não somos nós que viramos a página ao livro, inesperadamente, é o próprio livro que vira a nossa própria página.
Os acontecimentos antigos que não foram registrados em livros, quando retratados, são eivados de vícios de toda sorte, como: geográfico, temporal e até autoria. Nem sempre por falta de comprovação, mas por interesses diversos: econômico, político, religioso...
O teu amor não está escrito em cordel, repentes, livros, poemas nem em histórias. Está tatuado, gravado em minha vida vivida.
Eu não te ouvi em cânticos, nem li em livros, não te encontrei na estrada. Por onde andei não te avistei, parei, olhei no horizonte, e vi você estar em mim.
Conhecimento e sabedoria, Não são sinônimos, na teoria. Nos livros, não há respostas mil, A vida é um mistério sutil.
Nada na vida é trivial, Tudo tem propósito essencial. Ninguém está sempre correto, Não há certo, nem incorreto.
São escolhas: lamentar ou lutar, A alegria da vida, alguns deixam escapar. Outros, conhecendo o caminho, teorias elaboram, Mas na hora do confronto, se evaporam.
Há quem sucumba ao vício, entorpecido, Fugindo da realidade, tão perdido. Alguns na religião buscam proteção, Seguindo regras, buscando redenção.
Desistir de uma paixão por medo, É postergar a felicidade, é o enredo. Um guerreiro nunca desiste do que ama, A felicidade não está no fim, é na trama.
A morte mais triste é, em verdade, A daqueles que não desfrutam a vida com intensidade.
Há, sim, um jeito de nos defendermos da “injusta agressão” recorrendo aos livros: mirando direitinho em nossa consciência e disparando Rajadas deles, recheadas de incentivos em nossas crianças.
Livros podem ser escritos depois…
Até filhos podem ser feitos depois…
Mas se não plantarmos árvores Agora, não haverá mais Depois.
Não há Vocabulário que abaste os insensíveis! Para eles, os livros mais difíceis de ler e interpretar sempre serão os outros.
Há, sim, um jeito de nos defender das ameaças criminosas com livros: sacando-os e disparando rajadas de incentivo em nossas crianças.
Não gosto de escrever com letras ilegíveis em meus livros, prefiro fazer dedicatórias impressas.
Benê
Cantamos nossas necessidades, filosofamos o que pensamos ser, choramos nossas fraquezas, pensamos o que queremos ser, e não somos nada surreais. Somos pequenos, no fim concluímos apenas isso. Somos pequenos. Ainda sim somos seres impressionantes que conseguimos apesar de tudo ver o valor da vida no mais frágil, e no mais sensível.
Conseguimos nos erguer do nada, porque sempre é assim que pensamos, tudo começa onde tudo acaba.