Trechos de Hamlet de William Shakespeare

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Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

William Shakespeare
Hamlet, tradução de Millôr Fernandes. São Paulo, Editora Peixoto Neto, 2004.

Há algo de podre no reino da dinamarca. (Hamlet)

Não expressar tudo que se pensa; ouvir a todos mas falar com poucos; ser amistoso mas nunca ser vulgar; valorizar amigos testados mas não oferecer amizade a cada um que aparecer na sua frente; evitar qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa que seus inimigos o temam; usar roupas de acordo com a sua renda sem nunca ser extravagante; não emprestar dinheiro a amigos para não perder amigos e dinheiro; e por fim ser fiel a ti mesmo e jamais serás falso com ninguém!

‎Droga pessoa idiota, agora aguenta. Ninguém mandou achar que era dono do mundo e nada podia acontecer.

Seja fiel a ti mesmo e que a minha benção te amadureça em teu espírito.

HAMLET: Pode-se pescar com um verme que haja comido de um rei, e comer o peixe que se alimentou desse verme.
O REI: Que queres dizer com isso?
HAMLET: Nada; apenas mostrar-vos como um rei pode fazer um passeio pelos intestinos de um mendigo.

O hábito, esse demônio que devora todos os sentimentos. (Hamlet)

Necessito de sangue em vez de lágrimas.
(Hamlet)

Há mais coisas no céu e terra, Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia.
(Hamlet)

Foi curto.
Tal como o amor das mulheres.
(Hamlet)

Hamlet
Autor: Willian Shakespeare

Hamlet é uma das peças de teatro mais famosas de Shakespeare. Foi escrita entre 1600 e 1602 e impressa pela primeira vez em 1603.

Para Hamlet a existência tornara-se insuportável desde que o espectro do seu pai recentemente morto apareceu-lhe numa noite assombrada no alto da torre do castelo. O fantasma, tétrico, reclamava desforra. Contou ao filho que um crime ignominioso o vitimara. Seu próprio irmão, o rei Cláudio, o matara. Atordoou-se o príncipe. Seu lar abrigava a traição e a maldade! A serpente acoitara-se na sua própria família. O mundo era injusto. O assassino, seu tio, não só usurpara o trono como arrastara sua mãe, a rainha Gertrudes, para um casamento feito às pressas, onde, suprema ignomia, serviram-se ;-os manjares; que, um pouco antes, ainda mal esfriados, tinham sido oferecidos -;na refeição fúnebre. Algo deveria ser feito. Faltava porém a Hamlet o talento para a ação. O máximo que conseguiu de imediato, além de aferrar-se ao luto e ao mau humor, foi entregar-se especulativamente à vingança.

A Mais bem sucedida da História

Hamlet é certamente a mais bem-sucedida história de vingança levada aos palcos. Ela, desde o início, coloca o público ao lado do jovem príncipe porque o ato da vingança, que Francis Bacon definiu como uma - forma selvagem de fazer justiça, sempre seduziu o a todos. Hamlet sente-se pois um reparador de uma injustiça, um homem com uma missão. A ela irá dedicar todos os momentos da sua vida, mesmo que tenha que sacrificar seu amor por Ofélia e ainda ter que tirar a vida de outras pessoas. Talvez seja essa obsessão, essa monomania que toma conta dele desde as primeiras cenas do primeiro ato, que eletrize os espectadores e faça com que eles literalmente bebam todas as palavras do príncipe vingador -; Hamlet é o personagem que mais fala na obra de Shakespeare, recita 1.507 linhas.

Cara Gertrudes, as tristezas não andam como esías, mas sempre em batalhões. (Hamlet)

Acima de tudo sê fiel a ti mesmo,
Disso se segue, como a noite ao dia,
Que não podes ser falso com ninguém.

Não expressar tudo o que se pensa;
Ouvir a todos, mas falar com poucos;
Ser amistoso, mas nunca ser vulgar;
Valorizar amigos testados, mas não oferecer amizade a cada um que aparecer na sua frente;
Evitar entrar em qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa que os inimigos o temam;
Usar roupas de acordo com asua renda, sem nunca ser extravagante;
Não emprestar dinheiros a amigos para não perder amigos e dinheiro;
Ser fiel a ti mesmo e jamais serás falso com ninguém.

"...Coração, não te esqueça o de quem és. Que neste peito firme jamais entre
a alma de Nero; ríspido, mas nunca desnaturado; espadas, só na língua, sem que delas me valha: que se
irmanem na hipocrisia a língua e o coração. Se a palavra sair demais pesada, minha alma, não lhe dês
forma adequada."

HAMLET
CONSELHOS DE POLÔNIO PARA SEU FILHO LAERTES:
“Vai com a minha bênção, e grava na memória estes preceitos: 'Não dês língua aos teus próprios pensamentos, nem corpo aos que não forem convenientes'. 'Sê lhano, mas evita abastardares-te'. 'O amigo comprovado, prende-o firme no coração com vínculos de ferro, mas a mão não calejes com saudares a todo instante amigos novos'. 'Foge de entrar em briga; mas, brigando, acaso, faze o competidor temer-te sempre'. 'A todos, teu ouvido; a voz a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio'. 'Conforme a bolsa, assim tenhas a roupa: sem fantasia; rica, mas discreta, que o traje às vezes o homem denuncia. Nisso, principalmente, são pichosas as pessoas de classe e prol na França'. 'Não emprestes nem peças emprestado; que emprestar é perder dinheiro e amigo, e o oposto embota o fio à economia'. 'Mas, sobretudo, sê a ti próprio fiel; segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém poderás jamais ser falso'. Adeus; que minha bênção tais conselhos faça frutificar”.

Laertes para Ofélia in Hamlet:
Cuidado, Ofélia amiga! Fica na retaguarda dos anseios, a coberto dos botes dos desejos. Já a prodigalidade é numa virgem revelar a beleza à própria lua. Da calúnia a virtude não se livra. Muitas vezes, o verme estraga as flores primaveris, bem antes de se abrirem. No orvalho e na manhã da mocidade o vento contagioso é mais certo. A mocidade é inimiga de si mesma.

O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.

Tens sido...
Um homem que as desgraças e recompensas da Sorte
Aceitas com igual gratidão... Dá-me o homem
Que não é escravo da paixão, que eu o trarei
No fundo do meu coração, sim, no coração do meu coração
Como faço contigo...

Hamlet
Hamlet (1603).

Nota: Trecho adaptado de pensamento de Hamlet dito a Horácio.

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Inserida por NatanielFelipeL

Não é um pouco mais que fantasia?
Que nos diz, agora?