Trechos
Acordar como se nada tivesse acontecido, pode significar apagar trechos de uma linda história todos os dias. E, eu te garanto, não é assim que se escreve um livro, não é assim que se vive uma vida. Com medo do que pode ou não acontecer, nada acontece. Viver é memória, poder lembrar sem medo de continuar a história por conta das pequenas pedras no caminho, são pequenas pedrinhas, pois é assim que os meus olhos definem os problemas, quando vejo o teu sorriso, são tão pequenos e tão frágeis os meus problemas, frágeis a cada gargalhada tua, frágeis aos teus sussurros, a tua companhia, e também a tua dor
Cante e conte enquanto há canto e pequenos trechos de uma caminhada!
Não se assoberbe da voz e, tampouco, dos caminhos!
Eles podem, quando muito, com o silêncio isolar-te no mundo ou findar-te pelo cansaço!
São alguns trechos de frases levemente riscadas e uma caneta que acompanha desde as primeiras tentativas, há muito tempo, quando ainda eram palavras inocentes e rimas que beiravam ao infantil. Digo, eram levemente riscadas para evitar o risco de perder-se por completo o que talvez seja, escondida, introdução das melhores traduções desses pensamentos confusos. Ainda assim, quase sempre termina sem ponto final o que não ganha sequência. Controverso, porque se são meus delírios incompletos, a qual necessidade se prostra as palavras em oferecer conclusão?
Não poucas vezes discuto silenciosamente em outra dimensão impossível de decifração a importância da exteriorização dos devaneios. E parece ser a quantidade de respostas inversamente proporcional as perguntas.
Assemelha-se a vida a um longo rio de águas escuras, sem limites de início e final, - aparentemente circular, - onde o fim é comparado a quando nos afogamos. (Não necessariamente afogar-se significa morrer, mas se morremos, nos afogamos irreversivelmente). Uns morrem ainda na margem. Sem forças, param de nadar. Outros, em desespero e culpa por erros e memórias, nadam contra a correnteza; no inconformismo de um tempo que não volta, perdem o impulso natural da persistência mesmo quando feridos, e permanecem vivos, porém, somente em teoria...
Devo confirmar, como reforço para entendimento, a veracidade dos significados que permito tornarem-se óbvios. Não fosse inexplicável graça divina em preencher-me com discretas sensações otimistas, pouco teria insistido nesse amontoado de frustrações e erros.
São traduções de sinceridade. E o, muitas das vezes julgado drama, equívoco dos que pretendem enxergar a escuridão com olhares de satisfação. Nenhuma verdade é tão legítima quanto para quem a vive.
O pensamento ensaia tudo, as frases desconexas rodam na minha cabeça, os trechos de música e aquela melodia conhecida toca, mais uma vez. Nada sai, as lágrimas escorrem e as deixo livres, sem barreiras e envergonhadas percorrem meu rosto e só elas parecem verdadeiras. As palavras são somente palavras, não são ditas, não são ouvidas com força, são só lidas. Carregam emoção, verdade. Mas e se for além disso ? Eu não acho suficiente. Quero o olho no olho, o abraço apertado e tudo o que tenho direito. Eu quero você.
Hoje, após ler alguns trechos de Carpinejar e algumas mensagens trocadas, me lembrei do passado e da eterna busca do AMOR pelo ser humano, mas assim, me levou também a pensar, que nessa eterna busca, vivemos daquilo que escolhemos, sem deixar que o outro apenas viva e seja o que ele pode ser de melhor, a indecisão ou a vontade do outro ser o que queremos é que destrói tudo, a gente busca com objetivos diferentes a mesma coisa, a felicidade, é a felicidade plena, e ela existe, só ainda não a encontrei, porque quem sabe ainda não pude ser eu mesmo em todos os momentos, da leveza ao estresse, sim, todo mundo tem seu momento de estar bem ou ruim, bons e maus momentos sempre existirão, e cabe interpretarmos quando não é necessário nenhuma palavra, apenas um afago ou um carinho, a momentos que numa única palavra podemos perder tudo e calar até o próprio amor, o momento certo para se dizer tudo é o momento em que realmente achamos que tudo está perdido, aquele momento em que você decide ir embora ao invés de voltar atrás e dizer que o sentimento é maior que tudo aquilo, naquele momento o amor chora espremido na alma e as vezes, na maioria delas, ele continua ali, sofrendo baixinho, até porque, o amor respeita, o amor é nobre, mas e quando deixamos de escutá-lo por inúmeros motivos, falhamos em definitivo, em definitivo porque começamos uma nova busca por um novo amor, como se sempre existissem amores novos, como se todas as pessoas fossem substituíveis, a procura se torna em vão no decorrer dos dias, e quanto mais o tempo passa, menos de nós mesmos temos e muito mais do que os outros querem de nós, pois fugindo do verdadeiro amor, fugimos de nós, nos escondemos como criança que faz algo de muito grave e corre para debaixo da cama, como se nunca fosse encontrada, só que ai, a consciência nos acusa e nos traz lembranças, lembranças e desejos, desejos e saudades, saudades e a dor, a dor da perda, a dor da eterna busca, a dor de não ter a coragem, que lhe faltou na hora de ir embora, a coragem de ficar e enfrentar tudo e todos, e ai fica, mais uma vez o sentimento apertado, a falta de carinho e afago, e a soma dos valores se eleva, pois a soma da saudade com a dor da falta, da carência com o amor sufocado é muito grande, mas a pior dor delas e a dor de não ter a humildade de reconhecer que se erra, que ainda da tempo de se mudar a história, pois a busca não acabará, para quem já viveu e mantém dentro de si, vivo, o verdadeiro AMOR...
I - {primeiro encontro} [trechos]
Mas veio e veio de maneira tal que já não sou eu mesmo que me dirijo, ela me eleva a transcender para além do belo, para além do visto, para além das idéias, para além do próprio além.
Fui escolhido por ela e hoje eu também nela a escolho e quero-a mais dos que as coisas que me impeçam de tê-la sem ter, visto que nem posse posso assumir dela, para que não corra o risco de roubar-lhe a identidade para assumir o meu modelo dela mesma. Assim, ela seja e reine segundo os seus ditames, segundo as suas normas, importa que seja eu dela não de mim mesmo.
Aos poucos me fez compreender que respostas não são atos irrevogáveis, pelo contrário, a sua irrevogabilidade lhe impediria de ser o que ela é, assim assumo, todos os dias, frente a mim mesmo novas possibilidades mesmo quando a imposição do meu passado me tenta refrear a perspectiva do novo. De pouco em pouco atino dentro de mim que ela só é, e que ninguém a perturbará, e se assim pensar perturbou seus ídolos porque ela é intacta. Ela me conquistou, como território todo dela, não posso evitá-la e se assim eu tentar todos os dias ela me espreitará sem guerra. Eu que guerreei contra ela provo agora a sua paz e agora sem combater somos tão íntimos que se nos confundimos, mesmo quando eu me tento impor meus passos de outrora ela é a mesma...
Sou como um rio,
Ora águas calmas,
Ora turbulenta.
Trechos de mansidão,
Trechos de correnteza,
Descendo cachoeiras.
Sou como um rio passando por vales.
Constante...teimoso...em busca do mar.
Não se deixe analisar por quem NÃO leu toda a história,sempre cometemos o erro de opinar em trechos sem o contexto!
Agradecendo uma amiga que postou sobre trechos do capítulo “Amor”, do livro “Liberte-se do Passado”, do filósofo indiano Jiddu Krishnamurti (1895-1986) falando sobre amor e apego, em 1978 (em inglês).
Com gratidão, respondi: Sejamos a fluidez do amor, simplesmente meditativos. Sem expectativas, libertos e integrados. Em consciência profunda do que é. Sejamos o que o amor decidir que sejamos. O que o amor nos colocar para sentirmos. Ou que estejamos em serviço dele. Ou simplesmente. DO EU SOU. NÓS SOMOS. AMOR AHO. Isso tudo sem que possamos projetar. Um dia irei lhe contar minha amiga a história que vivi do amor de Deus. Gratidão.
EIXOS
Galgando os trechos
com esnobe apreço...
La vai os eixos!
Com quatro com cinco
com seis, sete e nove
e seu preço, muito preço!
Seus pneus pela rodagens
roncando suas borrachas
cada olhar uma miragem
com bagagens em seus rachas.
Eixos de todos os dias
na carreira na euforia
na zueira com esnobes
se sacode em alforria.
Os seixos em seus pesos
passado pela balanças
vão fixos esticados presos
dedicando confiança.
Segue no uso das rodas
rodando com militância
faz feliz e se incomoda
com a moda da bonança.
Antonio Montes
Minha poeisa é triste
Meus versos não rimados
Meus trechos sem sentido
Até meu nome está errado
Mas quem disse para você
Que o mundo era fácil?
Trechos da vida
Dorme a tarde enferma e calada.
Impiedosa a chuva debocha.
Bate no vidro sem nenhuma graça.
Solitária a alameda deixou ser tomada pelas águas.
Sem o fascínio do sol estampado
Meu semblante enrijece desmedido.
O caminho encharcado me inibe,
Tropeço no lodo criado.
Cair nunca é esperado,
Em pé supera-se a quem está sentado.
Mas as resvaladas que não se acredita
Estatelam no chão uma intenção bonita.
A roupa enlameada até entristece,
Mas não compromete o aclive do ser.
Cada escorregada faz deslizar
A vontade de tudo superar.
Melodias cantadas animam a subida,
Nesta avenida íngreme e sangrenta.
É preciso ser forte para fazer o percurso
Dos trechos enlameados da vida.
Os caminhos tortuosos que trilhamos em alguns trechos da vida, são simplesmente consequências do que fizemos em algum momento do passado, noutras vezes não, apesar de não acreditar que exista algum efeito sem causa, parecem mesmo serem pagamento de pecados.
Eu acredito nos planos de Deus. Eles são perfeitos, não há erros, ainda que trilhemos trechos que não compreendemos.
outra coisa é encontrar palavras pra escrever trechos pra convencer o leitor com palavras intelegentes...
Há pequenos trechos em Literatura e Filosofia que valem por toda uma Biblioteca. MARX tem um texto que escrito ocupa meia página impressa; é contudo do que melhor se pensou e escreveu nessa Terra.Este, também assim. É de ROBERT LOUIS STEVENSON, o famoso escritor inglês, de saúde precária, mas que nunca se deixou vencer. Pra se ter uma ideia foi viver com a Companheira e o Filho numa distante ilha dos Mares do Sul... Um Romântico de espírito e talento... Vocês conhecem : é o autor de, entre outras obras, O MÉDICO E O MONSTRO e A ILHA DO TESOURO. Pois bem, este texto fala obre o SUCESSO. Diz assim: Obteve sucesso quem viveu bem, quem riu com frequência e quem amou muito; quem obteve o respeito de homens inteligentes e o amor das criancinhas; quem preencheu seu lugar e realizou sua tarefa, quer se trate de uma papoula aprimorada, de um perfeito poema ou de um alma liberta; a quem nunca faltou apreciação pelas belezas terrenas, e nem deixou de expressá-las; quem buscou o melhor que há nos outros, quem deu o melhor que possuía; cuja vida foi uma inspiração e cuja memória é uma bênção. Bem __ é isso ___ disse tudo. BJS.