Trecho Gabriela Cravo e Canela
Viver e vencer...
Nunca seja como a Gabriela cravo e canela
Que diz que nasceu assim, vai morrer assim
Pois Deus nos criou dotado de inteligências
De princípios e atitudes. Ele sabe de nossas
Possibilidades, conhece o nosso potencial
E quer sempre ver nossa evolução
Nosso sucesso depende de nossas ações
Nossas transformações, então vamos agir
Vamos fazer dos nossos dias uma constante
Cresceremos, venceremos cada segundo
De vida que nos foi dado.
Deus acredita em cada um de nós
Ele nos quer melhor do que viemos ao mundo.
E que assim seja...
Dona Flor
Depois de ter escrito
"Gabriela, cravo e canela"
nosso Jorge criou
mais um de seus livros,
esse entitulado "Dona Flor e seus dois maridos"
com casos benditos
que falam da nossa nação sem pudores,
mostrando misticismo e até defunto peladão
que volta do além movido por uma paixão.
Essa paixão é Florípedes, a bela Dona Flor
que carrega consigo, um coração cheio de amor.
Dona Flor
é casada com o belo e forte homem,
mas ela, a bela Flor
não é a única que nas noites ele come.
Mas a apaixonada Flor,
com siri mole e azeite de dendê,
prepara uma moqueca
que é de Vadinho a receita predileta.
Aquela que ela aprecia ver
ele lambendo os beiços ao comer.
Num dia, em pleno carnaval baiano,
Dona Flor fica viúva
sem o marido que ama.
A honrada Flor,
com o farmacêutico da cidade, põe-se a casar
mas sente falta é dos beijos
que Vadinho costumava lhe dar.
A Flor roga em um terreiro
para rever seu falecido festeiro.
Os orixás acatam a Dona
e o devolvem sem arrependimentos,
sem roupas e sem vergonha!
Ao espiar-se pelas ruas baianas,
em meio a risos,
Jorge Amado vê de braços dados a caminhar
Dona Flor e seus dois maridos.