Trânsito e Transitoriedade
Quando eleito, prometo criar o Bolsa Ipiranga. Você marca o tempo que ficou parado no trânsito e converte por gasolina grátis, lá no posto Ipiranga.
Gosto de olhar pra pessoas desconhecidas na rua — quando o transito para, quando ando pela cidade ou quando vou a um bar. Gosto de imaginar qual é o problema que as mantém acordadas a noite, o quê as motiva pra levantar da cama e enfrentar mais ou dia ou se elas acordam com sede durante a noite. Gosto de analisar seus rostos, porém tentar olhar através disso. Porque é engraçado como as pessoas passam por você na rua, te olham no sinal e te cumprimentam nos bares, mas não tem noção do que você carrega por baixo. E é engraçado como você dá o seu melhor sorriso e todos os seus medos, esperanças, sonhos, tudo sobre você, fica escondido por baixo dele.
Explosão cerebral
Pensamento, incondicional.
Bilhões de trilhões, trânsito radical.
Núcleo cerebral, nuclear regressivo.
Só a noite, ameniza, fica trânsito passivo.
Pesa a cabeça, com pensamentos infinitos.
Do justo ao injusto, santo ao profano, benditos e malditos.
Sonhos e ideais, conquistas e fracassos.
Se explodem em bilhões de estilhaços.
Inflando a cabeça a ponto de explodir.
Pensa e penso, paro pra conter, impossível impedir.
O álcool ameniza a pressão, ameniza a pressão.
O ilícito, também ameniza, mas é só simulação.
Os pensamentos continuam lá.
Esperando o efeito do álcool passar.
E quando sóbrio ou após a noite, o trânsito volta a fluir.
Com batidas desastrosas, impossíveis de impedir.
Se minha mente explodisse, destruiria o "universo"
E quem sabe, seria um novo começo.
Com pensamentos, como as de criança.
Fantasias, inocência, puramente, esperança.
Só pensando em brincar, comer, dormir, rir e chorar.
Só querendo de seus pais, o colo e o dom de amar.
Fazer o caminho com trânsito 'hard' só pra ter mais tempo de escutar a música que está tocando no carro: tão eu
Transito por está noite
Com a solidão e minha sombra que me assombra
Sigo adiante preso a mim mesmo
Com resto de liberdade que sobrou
Procurando encontrar uma saída
Que me deixe enxergar o mundo de outra forma
Sem precisar de ninguém para sorrir
Buscando minha felicidade interna
A vida e semelhante a uma Estrada
existem buracos , as vezes o transito está grande.. enfim nada disso pode ti impedir de prosseguir!
Fiz dois cursos no SENAT
De João Pessoa. Te digo:
Primeiro de instrutor de trânsito,
Depois de transporte coletivo.
Um outro fiz no SENAI,
E não sei se serve pra lavoura.
Esse foi em Pernambuco,
O de motoniveladora.
Transformar dor em poesia. Fluxo de consciência inconsciente. Trânsito parado. Sinal fechado. O meu trem não anda mais. Ancorado nessa rodovia. Mar de sentimentos a acelerar. O sol nasce mais uma vez nessa noite escura.
Cada um no seu tempo para entender o verdadeiro sentido de estarmos em trânsito neste azul esférico, porém a vida não espera e quanto mais demoramos para crescer neste entendimento, mais as nossas ações, em geral fora do contexto e com a validade vencida, se fortalecem no âmbito do dispensável para o planeta.
PAZ (FORÇADA) NO TRÂNSITO
Estava eu dirigindo tranquilamente, quando um carro me fechou...
Como todo ser humano normal, fiquei furioso, meu sangue ferveu e imediatamente fui atrás do carro para tirar satisfação...
Emparelhei ao lado do "motorista folgado" e antes de xingá-lo, para não ser acusado de cometer Bullying, analisei bem o motorista para confirmar se não era um menor de idade (sim, tá cheio de menores dirigindo por aí)...depois olhei bem para ver se não era um gay, senão poderia ser indiciado por homofobia, reparei se não era negro, para não correr o risco de ser processado por racismo, depois constatei que não era nenhuma mulher, para não ser denunciado por assédio ou feminicídio verbal, prestei atenção para ver se não era nenhum delegado, político ou diplomata para não ser preso por desacato a autoridade, tentei identificar se não era nordestino, careca, gordo, pobre...enfim, não queria correr nenhum risco de ser taxado de preconceituoso, de ser processado ou linchado....
Bem, depois de constatar que o sujeito não se enquadrava em nenhuma das situações acima, eu já estava bem calmo e tranquilo...
Então segui meu caminho sem dizer nenhuma palavra...
Qual é a razão para estarmos vivendo nessa avenida excessiva chamada tempo ?
onde não há trânsito e só tem uma mão!?
será se existe mesmo uma única? ou podemos a personalizar de acordo com nossas pendências ? de uma coisa sei, o tempo é a insônia do universo, e do ser humano, o deixando para trás, nos tornando não tão sortudos quanto o universo.
É nos teus pensamentos
que eu já não transito mais
É a tua paz
que eu não tiro mais na madrugada
Eu falo teu nome pra estranhos
quando meu nome você nem fala mais
a dor do teu corte ainda dói em mim
só espero que ao me cortar
sintas também por mim
Ciclovia não resolve
Ao contrário do que muita gente acredita, o Código Brasileiro de Trânsito valoriza a vida, não o fluxo de veículos. A preocupação é com a integridade física dos diversos atores do tráfego, sejam eles motoristas, motociclistas, ciclistas ou mesmo pedestres. Parece-me que agora descobriram a roda outra vez, na verdade “duas rodas”, e sem motor que lhe atrapalhe, com a finalidade de resolver os problemas do trânsito nas cidades, essa é a solução das prefeituras pelo Brasil afora. Nas ciclovias espalhadas pelo país, muitas se quer têm o estudo necessário para sua implantação. A cidade de São Paulo está marcada de vermelho, lembrando o nascituro petista, quanto ao Rio às facas andam de mão em mão, mas dos menores é claro, em meio às ciclovias na zona sul da cidade onde esperam as suas vitimas, aquela gente possuidoras de bicicletas valiosas, para roubarem e depois repassá-las para seus receptadores nas comunidades onde moram juntos a esses delinquentes chamados “di menores”. Mas, voltando às bicicletas: Como fazer centenas de quilômetros em torno da cidade sem trazer riscos aos usuários do ciclismo? Não é uma tarefa fácil como um simples riscar dos cantos das ruas, vai muito mais, além disso! Quem pretende tornar comum a prática do ciclismo deve estudar bairro a bairro, interditar e estreitar as ruas paralelas as principais, interligando os bairros gradativamente, criando assim, espaços para o livre transito e os estacionamentos para elas, os chamados bicicletários. Contudo, não se para por aí, a educação através da propaganda é fundamental para evitar acidentes que podem tirar a vida de muita gente. A falta de respeito em nossa nação anda em alta e tirar esse ranço da sociedade tão truculenta como a nossa leva um pouco de tempo. O governo ao longo dos últimos anos incentivou a venda de carros, hoje para cada dois cidadãos de uma cidade um tem veículo, a maioria vai trabalhar de carro e não dá carona a ninguém e usa um terço do espaço utilizado por um ônibus, que leva só sentado cerca de quarenta e cinco pessoas, resultado? O transito das grandes cidades deu um nó! Não adianta ficarem desalojando as pessoas de suas casas para alargar as vias, as cidades estão saturadas e a solução não pode ser somente as bicicletas, passa pela criatividade dos engenheiros de tráfegos, pela fabricação de carros menores, por construção de novas ferrovias e metrôs. Por exemplo, em Nova York tem mais de quatrocentos quilômetros de metrô, enquanto no Rio só noventa, lá é como uma teia de aranha, metrô para todos os lados, aqui parece uma minhoca, só alonga a linha existente. No obstante ao assunto, a população não é nada solidária com o poder público e não faz questão de facilitar para ninguém, e por isso, qualquer tentativa de convencer a deixarem seus carros na garagem não vão prosperar. Daí eu vejo a necessidade das autoridades do momento, buscarem uma saída inteligente sem precisar contar com os cidadãos de suas respectivas cidades e nada mais.