Trânsito

Cerca de 363 frases e pensamentos: Trânsito

Alguns passeios nas ferias ou até mesmo nos finais de semanas nos ajudam a esquecer o stress do dia-a-dia, o duro é voltar à confusão do trânsito, sempre de olho no relógio vendo a vida passar rápido.

Inserida por IsaiasGomides

Axioma cotidiano


O tiro disparado por um carro arma
a dor latente sentida por um corpo alvo-
mirado medido acertado.

Deitado na solidão do manto negro - asfáltico-
tomado de súbito assalto pelo cotidiano
chão âncora que o resgata da dor e o conforta.

Da chuva encarnada
que despenca do céu azul ensolarado
e se mistura à curva turva do trauma sofrido.

Em apenas um segundo
toda a vida como em um filme preto e branco
passando lentamente bem diante dos olhos.

Uma multidão incrédula
e em estado de choque
se aglomera ao redor.
Olhares perdidos confundem-se
com sentimentos sentidos (na hora).

Tudo parece nada, o mundo some!
De repente, para:
Um... Dois... Três... Afasta!
Afasta...
Afasta.

A vida se renova,
a multidão desaparece como fumaça
e tudo volta ao normal:
Corpos voltam a ser alvo perfeito
e carros armas letais.

Inserida por JotaW

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...

Nove de Outubro de 2015, Sexta-feira, 7:45h da manhã.

Avistei ao longe um casal de velhinhos já octogenários. Ela na frente, os pés inchados por alguma patologia, arrastava com dificuldade um carrinho de feira vazio. Ele, logo atrás, magrinho-de-dar-dó, se equilibrava em uma bengala em passos trôpegos. Verdade que não havia faixa de pedestres ali; rua tranquila, sem outros carros passando. Parei o meu e fiz sinal para que pudessem atravessar calmamente, não me custando nada esperá-los. Um meio sorriso se esboçou na fronte da senhorinha e, passo a passo, foram tomando a rua rumo ao outro lado. O senhorzinho segurou o ombro de sua senhora com uma mão para dar impulso ao passo e ajudar a bengala em seu equilíbrio, vagarosamente.

Avistei pelo retrovisor uma motociclista que vinha logo atrás em uma velocidade baixa, mas suficiente para que eu pudesse colocar o meu braço para fora e balançá-lo, em sinal de “venha devagar… mais devagar”. A motociclista ignorou o meu gesto, ignorou a esquina… possivelmente embalada musicalmente pelos fones de ouvido logo abaixo do capacete. Ultrapassou o meu carro e freou bruscamente em cima do casal de velhinhos. O susto foi tamanho que os dois foram ao chão… corpos, bengala, carrinho de feira, respeito, civilidade. Tudo caído no asfalto.

A motociclista continuou “empinada” em sua moto e não fez nenhuma menção de ajudá-los, não moveu um músculo sequer… e eles estatelados no chão. Abri a porta do meu carro e saí e, antes que eu pudesse fazer algo, o velhinho, com toda a dificuldade e com certa rapidez olímpica para a sua idade, se levantou do chão, levantou a sua senhora com os joelhos ensanguentados e pegou a sua bengala. Em pé na porta do meu carro, pude ver uma cena similar às populares surras que ocorreram nas novelas globais “Senhora do Destino” e “Celebridade”. O velhinho, juntando as forças de seus braços magros, “empunhou” a sua bengala como se fosse uma espada e, como se tivesse tomado um elixir da juventude, desferiu golpes na motociclista posuda. Um, dois, três, quatro, no retrovisor da moto, no ombro dela, no tanque na moto, nas pernas dela. Aí sim, ela reagiu, se movimentou, pois AGORA sim, era com ela, antes não! Ela começou a gritar “velho louco! velho louco!” e ele, com a sua “bengala-sabre-de-luz”, tentava fazer alguma justiça com as próprias mãos, ainda muito trêmulas, pela idade e também pelo susto.

A motociclista arrancou a sua moto dali “gesticulando palavrões” deixando o velhinho ainda agitado e nervoso. Deixei o carro em direção aos dois para prestar alguma ajuda, pois os ferimentos físicos e emocionais eram visíveis. Peguei a minha garrafinha de água e ofereci a senhorinha sentada na calçada. Perguntei se poderiam entrar em meu carro para levá-los até o Pronto Atendimento, mas não aceitaram, alegando que estavam bem e precisavam fazer a “feira do mês”, em um supermercado próximo dali. Se levantaram, sacudiram a poeira; a senhorinha enxugou o suor e as lágrimas com um roto lenço, ajeitou seus cabelos e também o boné na cabeça de seu senhor, e, ambos, continuaram os seus vagarosos passos apoiados um no outro (creio agora que mais tristes e decepcionados do que quando se levantaram pela manhã).

Isso tudo não durou 5 minutos de relógio, e escrevo para que fique uma pequena eternidade em registro. Foi tudo muito rápido, mas não pude deixar de notar que, no veículo da descerebrada motociclista estava adesivado: “Livrai-me de todo mal, amém”.

No mínimo, irônico.

Inserida por nivea_almeida

COMERCIAL DE MARGARINA COLETIVO
.
Em uma quarta feira qualquer
Juntei palavras em um texto que mudaria a vida
Colei madrugadeira pelos muros da cidade.
.
Amanheceu.
Quem leu, boquiabriu
A lavadeira deixou a trouxa cair
O ciclista por pouco não trombou no poste
A correria foi tanta
Que ventou nas saias das meninas
O semáforo piscando feito luz de Natal
O rasante do pássaro assustou o guri
Que caiu para trás com o peso da mochila
O caderno se abriu
E folhas escritas bateram asas naquela direção...
Nuvens escuras foram se despedindo
O sol morninho arrancou suspiros e agasalhos
(Os ousados despiram também outras partes)
Moças desprenderam cabelos, retocaram batom
O casal tímido resolveu se abraçar
A senhorinha girando a bengala no ar
Uma música começou a tocar... Aaah!
.
E em uma quarta feira qualquer
(Se contar ninguém acredita)
O tempo parou, o povo dançou
E por um minuto eterno a tristeza se foi
Em fileiras sincronizadas
Mãos levantadas, corpos embalados
No compasso da música
Uma chuva multicolorida caiu do céu
Cada gota pintava o cenário
Um sabor diferente em cada cor...
Línguas de fora, braços em ondas
Toda dor subindo, girando em espiral
Desconhecidos se abraçaram
Pretos, brancos, ricos ou pobres
Motoristas estacionando os carros
A vaidade, os falsos pudores, a vergonha
Arrastados pela enxurrada multicor
Sorrisos escancarados, mãos dadas
Ritmo que todo mundo sabia de cor
.
E em uma quarta feira qualquer
(E pela primeira vez na história)
Um comercial de margarina coletivo
O ódio, o rancor, a inveja, a desumanidade
Feito lagartixas cascudas subindo os muros
Explodiram como pipoca em óleo quente
Desabrochando flores perfumadas
Confortando o coração de toda a gente...

Inserida por nivea_almeida

"O ciclo da vida se encerra ou deveria se encerrar por velhice ou por doenças de causas naturais. Nunca por morte no trânsito. Nunca por assassinatos em via pública que não são reconhecidos como tal e tratados com tamanha indolência e aceitação pela sociedade que para tais crimes atribui penas brandas que não intimidam mais. As vidas dessas pessoas acabam sendo trocadas por cestas básicas. Por uma latinha de óleo, arroz e feijão. Isso não mata a nossa fome de justiça, senhores homens das leis."

Inserida por marcia_pontes

Bom dia!
Vai dirigir veículo hoje?
Respeite a faixa de pedestres!
Respeite a vida!

Inserida por MarcosAlvesdeAndrade

Meu coração para encontrar o teu não precisa de GPS

Inserida por helena_valentine

São Paulo não pode parar. A não ser que seja num engarrafamento.

Inserida por SAINTCLAIRMELLO

Não corra, para ir mais longe.

Inserida por jrjeronimo

Tenho me esforçado para plantar
muitas flores por onde passo...
Sou movida a perfumes.
Cheiros.
Essências...
Os espinhos que por ventura eu
os encontrar por entre elas,
serão sempre um alerta de perigo!
Um sinal de preocupação.
Posso observar que algo anda dando errado.
E ao observar isso...
Eu não os arranco, são como sinais de trânsito...
Indicam quando devemos passar,
e ou se preciso desviar.
Desvio deles e sigo adiante!
Sei que logo à frente,
encontrarei sombra e água fresca...

Inserida por daysesene

Quando é madrugada... O que não falta é inspiração!
É quando a mente está despido de transtornos de um trânsito caótico e estranho.
Afinal! A mente da gente é como uma grande metrópole com todas as agitações.
O melhor mesmo, é quando a madrugada chega. Sem aquele barulho ensurdecedor.
- Não se está em meio a tanta gente, e aqueles roncos barulhentos... dos automóveis e motos - COM O SEU MO

Nivaldo Duarte

Inserida por nivaldo_duarte_poeta

⁠Atualmente, a lógica cartesiana do "penso, logo existo" poderia tranquilamente ser substituída por "penso, logo dirijo".

Inserida por RodrigoVargas

⁠Cinto de Segurança NÃO salva vidas...
se você não tiver cuidado com: a velocidade, o celular, a sinalização, o semáforo, etc...

Inserida por rene_dias_direito

Com educação e responsabilidade podemos chegar ao nosso destino com tranquilidade e segurança.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠"A pressa é inimiga da perfeição" Quem é a pressa, que faz o ser humano brigar, xingar, matar...?
Quem governa o seu tempo, levanta mais cedo, não tem pressa de ter pressa. Quantas desordem no trânsito poderíamos evitar sem a pressa.

Inserida por cidinhaglopes

Você

Olhei para uma estrela de dentro do ônibus, entre as luzes do homem moderno sinalizadas nos postes, os placares de trânsito e algumas árvores que momentaneamente impediam a contemplação, porém, continuei a fitar para aquela estrela, imaginando quantos já não a teriam observado também, seja depois de um dia de dores ou depois de um dia de glórias, seja observando aquele pontinho no céu com um largo sorriso apaixonado ou com tristes lágrimas por ter perdido o grande amor, uma decepção qualquer, quantas histórias poderiam ter sido registradas por aquela estrela? Não faço ideia, talvez seja um número compatível com o mesmo número da quantidade que ela compõe com suas semelhantes. Uma linda estrela não passa pelas nossas vidas discretamente, disso estou certo.

Somos como elas, cada um brilhando na sua própria intensidade, mas que cria uma beleza única em um universo indescritível quando observadas conjuntamente. A beleza não seria tão intensa se todas tivessem um brilho semelhante e fossem milimetricamente colocadas a uma distância igual entre elas. Como seres humanos, também temos as nossas diferenças que nos fazem únicos e, como as estrelas, somos próximos de uns e distante de outros, não há como não ser assim, não há como não sermos belos e resplandecentes como as estrelas. Compomos uma sinfonia de luzes que enriquecem o céu da nossa vida.

Nunca se esqueça de uma coisa - na sua própria existência, dentro das suas possibilidades de viver, da sua própria natureza de ser, você é belo! Você é cativante! Você é apaixonante! Você é grandioso!

Inserida por alisson-oliveira

"Cada caminho pedalado gera uma história, isso é uma característica da Bicicleta."

Inserida por Danielbiologo

⁠A vida é como uma via expressa, onde não há retornos, é proibido parar e estacionar. Mantenha a velocidade e siga o fluxo, pois acelerar as coisas só vai fazer que você chegue ao fim do caminho sem ter curtido a viagem.

Inserida por RodrigoVargas

⁠Hoje de manhã dei uma saidinha e na volta, repentinamente, o ônibus parou, o que terá havido? Tava entretido com minha leitura, por um instante achei até bom de certa forma iria terminar de ler o livro, faltavam poucas paginas. Mas, foram passando os minutos, as pessoas já descendo do coletivo, indo a pé pra casa e nada do ônibus sair. Eu levantei para verificar o que estava havendo.. Uma moto parada, simplesmente, segurando o transito de um lado e de outro da pista, nos dois sentidos contrários, o dono, sabe-se lá onde. Demorando... Um atrás de mim começou a resmungar, dizendo coisa com ele. Falei que era bom que nós descêssemos e puséssemos a moto na calçada pra desobstruir a pista. - Não, disse ele, ai é confusão. Se tivesse um guarda do Detran para multa-lo, concluiu. Você liga e espera, disse, irônico. Nesse meio tempo apareceu o motoqueiro folgado, montou na moto e saiu, o transito voltou a flui. Situação semelhante ocorreu tempo desse num bairro vizinho, também ao voltar pra casa num ônibus, me deparei com um súbito engarrafamento no caminho. Pus a cabeça fora da janela pra reparar, e em frente divisava uma fila enorme de carros, motos, ônibus... Eram quase três horas da tarde, ainda não tinha almoçado, fui ficando irritado, desci e fui verificar o que tinha ocorrido. Certamente um trágico acidente, alguém estendido adiante, um choque de dois veículos, cano furado... Ao chegar no local vi apenas um carro parado no meio da pista, perguntei que tinha acontecido, se tava quebrado... Cadê o dono... Disseram que tinha entrado num beco levando um bolo e não voltou mais. Foi levar um bolo?! Deixou o carro no meio da pista... Saiu com um bolo e entrou num beco... Que surrealista! Essa era a razão de todo esse congestionamento?! Não acredito! É muito desaforo! Ai eu disse, na hora, junta quatro, cinco homens e vamos botar esse carro na calçada, que onde esse carro deveria estar. Mas, brasileiro é aquela leseira, os motoristas dos ônibus nem ai, tranquilões, podia passar a tarde toda, entrar pela noite, só faltava sentarem numa mesa e tomar umas cervejas e papear, umas viagens a menos quanto mais o tempo passasse, tavam até gostando de certa forma. Daqui a pouco, apareceu o proprietário espaçoso, foi abrindo a porta com a maior naturalidade. Ai eu disse: "- Ei, sem noçao!!!! Olha o que tu fizesse!" E ele nem ai, olhou com glacial indiferença, com uma cara enjoada, nada disse, terminou de entrar no carro e seguiu seu caminho. Tai uma boa sugestão pro Silvio Santos, pro quadro Pegadinhas, modificando a parte do motorista, ele não voltando mais, queria ver como as pessoas se comportariam, suas reações, o que de efetivo fariam, ou não fariam para contornar o inusitado problema de falta de óleo de peroba na cara de alguns.
- (Fábio Murilo).

Inserida por Fg7r85

⁠O amor transita pelo que é feito diariamente nas atitudes e não apenas no que é falado.

Inserida por Jbdas75