Transgressão
A transgressão dos impulsos instintivos do homem predisposta pelo racionalismo é aquilo que sub-representa os aspectos de virtude da natureza humana.
Antes de condenar a transgressão alheia, olhe para si mesmo e lembre-se que Deus não mede pecados com escalas métricas!
A definição de transgressão aos direitos humanos não se limita mais ao que fizeram as ditaduras – sequestro, desaparecimento e torturas. Hoje, os direitos humanos incluem direitos econômicos, sociais e ambientais.
Transgressão
Quisera a memória de o corpo elucidar os devaneios da alma...
Quisera...
O ínfimo toque te merece a abstração
Ainda que pagão
Crê com usura, na doçura, em ser canção
E cansa diante do inefável sonho de outrora... Pálido... Túrgido
Teimando em resplandecer no fugidio, no púlpito, dimensão...
Em anos são...
Espera
A quê creditar a crença de inocentar-se
Ou culpar-se
Se usurpa-se a dor ao ganhar teus beijos
Ainda que na face?
O sonho é a transgressão irreal de nossas vontades mais efêmeras que nos conduz ao cerne de nossos objetivos mais ousados". - Ricardo Fischer -.
Tentar ser importante aos olhos da sociedade é uma transgressão do ego. Ser real é a existência verdadeira.
Obediência forçada não é virtude! Quanto mais leis, mais transgressão. "Só há amor quando não existe nenhuma autoridade." (Raul Seixas). Alunos não respeitam suas aulas e professores porque gostam de ser mal amados. Acostumados escravos não sabem o que fazer com a liberdade.
Transgressão de Preceito Religioso.
O ser humano está condicionado a cometer transgressões de preceitos religiosos, seja na luz ou nas trevas, na alegria ou na tristeza.
Tudo por que herdaram dos seus antepassados o fruto do pecado. A semente desse fruto foi a desobediência lá atrás no Jardim do Éden, a qual condenou o ser humano a viver do suor de seu trabalho, adquirindo espinhos e cardos, se alimentando das ervas dos campos. A mulher então passou a sentir multiplicadas dores ao gerar seus filhos e toda a terra foi amaldiçoada por conta da tamanha transgressão praticada pelo homem.
Todos seres viventes passou então após sua morte retornar ao pó, pois segundo os preceitos de DEUS foi do pó que eles vieram dando início ao ciclo da vida.
A desobediência gerou o ciúmes que ocasionou a inveja tornando o ser humano hostil, foi a partir daí que ocorreu o primeiro homicídio no mundo, quando por causa do ciúmes mórbido Caim sentindo inveja de seu irmão Abel, o matou.
O pecado então se propagou na terra e junto amaldiçoado foi Caim se tornando fugitivo e vagabundo perante seus descendentes.
Desde o início podemos observar que o ser humano se dividiu entre a luz e as trevas, entre o bom e o mau, vivendo na alegria e na tristeza de forma desordenada, não observando as consequências originadas pelos atos pecaminosos.
Sabemos e é notório que todos os atos geram consequências, sejam elas boas ou ruins, o homem colhe somente aquilo que ele planta, se a semente boa for inserida na terra, dará bons frutos, caso contrário todo fruto se perderá devida a má semente na terra inserida.
Muitos buscam respostas para o inquestionável, pois assim se deu a Lei da vida e é imprescindível que tudo isso aconteça até o fim dos tempos. Sempre haverá o dia e a noite, risos e choros serão lançados sobre a face da terra até que chegue o julgamento final.
Por causa da infração cometida a terra foi dividida por dois caminhos, são eles o largo e o estreito, o obscuro e o reluzente.
O largo é obscuro e nos leva ao abismo e a consternação, ocasionando dor, sofrimento e a deterioração.
O estreito embora seja muitas vezes árduo e espinhoso, ele nos conduz ao alento, dando-nos ânimo e entusiasmo, nos proporcionando momentos felizes e prósperos.
o homem tem escolhas pessoais, mas que não tem influência no plano de Deus, não se pode confundir, manifestações da nossa natureza com uma vontade sem ter envolvimento externo divino. O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor (Pv. 16.1).
Embora o homem tenha o livre arbítrio, a decisão de escolher o caminho obscuro ou reluzente, ele não pode se eximir de seus atos ou ações, lembre-se, todos os atos geram consequências e todas ações, geram reações.
Por isso é de suma relevância que o homem se policie ao cometer seus atos e ações, pois deles resultaram os caminhos a serem acolitados na terra em sua subdivisão. Por H.A.A.
Pode se entender a transgressão sem necessariamente ter se tornado um transgressor…pode se imaginar o calor que uma fogueira promove, é reflexo… assim também é a dor do amor…
Há quem se limite, quem se guarde, quem se sustente, quem se equilibre com a “Dor que Sente”…
Mas a verdade é que se “esmiúça” partes, “espólios” valores extremos de um ser, fortunas e riquezas…Mas nunca se revela por completo aquilo que abriga dentro desse viver!
O pecado é transgressão moral e quando alguém usa a liberdade que Deus nos deu como pretexto para pecar saberá um dia que ele não compactua com essas ações. Quem comete pecado consciente achando que Deus em sua infinita misericórdia irá perdoá-lo está completamente enganado, e quanto a Jesus, ele não voltará mais a terra para ser crucificado novamente.
Pode se entender a transgressão sem necessariamente ter se tornado um transgressor,pode se imaginar o calor que uma fogueira promove, é reflexo… Assim também é a dor do amor…
Há quem se limite, quem se guarde, quem se sustente, quem se equilibre com a “Dor que Sente”
Mas a verdade é que se “esmiúça” partes, “espólios” valores extremos de um ser, fortunas e riquezas,mas nunca se revela por completo aquilo que abriga dentro desse viver!
Pode se entender a transgressão sem necessariamente ter se tornado um transgressor. Pode se imaginar o calor que uma fogueira promove? É reflexo… Assim também é a dor do amor…
E a transgressão? E a cultura, e o mal da civilização? Mal estar?Isso tudo torna o amor infalível, é bicho inconcebível, o simples desejo de desejar e continuar…
O sujeito da “falta” nunca irar repousar
Por ela o mundo é movidos são dores, licores, amores e caprichos!
“Réus do mensalão transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta do poder.”
'Você é um de nós'
Se um homem é dominado por alguma transgressão, você que é espiritual, restaura-o em espírito de gentileza. - Gálatas 6: 1
O novo jovem sócio do escritório de advocacia ficou desencorajado. Os parceiros seniores haviam estabelecido padrões extremamente altos e o haviam treinado com cuidado. Ele se saiu bem em alguns testes menores, mas perdeu seu primeiro grande caso. Os parceiros revisaram o julgamento, apontaram seus erros e sugeriram estratégias diferentes. Então ele perdeu o próximo caso. A crítica deles foi mais aguda. Ele se sentiu terrível. Eles estavam prontos para dar um fora nele?
Então um dos parceiros o levou de lado. “Olha”, ele disse, “você está aprendendo. Apenas continue. Você começará a ganhar. Enquanto isso, sua posição é segura. Você é um de nós. Essas palavras eram exatamente o que ele precisava.
Quando um crente cai espiritualmente, também precisamos oferecer apoio. Ele ou ela precisa de correção e aceitação amorosas para evitar o desespero e incentivar o crescimento na semelhança de Cristo. Precisamos desenvolver um coração compassivo que simpatize com os crentes fracos que estão dolorosamente conscientes de suas deficiências. Eles podem até se sentir como pecadores sem esperança, imaginando se Deus desistiu deles.
Não devemos tomar uma atitude leve em relação ao pecado. Devemos enfrentá-lo com humildade e amor (Gálatas 6: 1). Precisamos tranquilizar o crente que luta: “Não se desespere. Continue servindo ao Senhor. Faça o seu melhor. Você ainda é um de nós.
Pensando bem
Como podemos mostrar compaixão, mas não levar o pecado de ânimo leve?
O que acontece quando a correção não é aplicada no amor?
Como você gostaria de ser tratado?
Seja tão paciente com os outros como Deus tem sido com você. David C. Egner
Senhor me ajude a confessar os meus pecados, para que a minha transgressão possa ser perdoada, não porque eu mereça misericórdia, mas por causa de Cristo!
A transgressão humana aos costumes e leis estão presentes desde o desabrochar civilizatório, desta forma apresenta-se quase como uma metáfora de existência porque ao parar para analisar friamente o comportamento humano, as formas sociais, independente do momento histórico chegarão à conclusão de que por mais que seja desagradável, antiético e/ou imoral, ver-se que, transgredir algumas coisas ou alguém em detrimento de benefícios próprios ou para outrem é um aspecto indissociável das relações humanas.
POR QUE SOU LADRÃO
.
.
Por que sou ladrão?
Esta pergunta me fez
O fiscal da transgressão
.
Senhor, porque estudei...
Como porque estudaste?
Retruca-me o bom fiscal,
Pedindo explicação.
O que estudaste que justifica
Que tu sejas um ladrão?
.
Respondi-lhe, a contragosto:
Economia, História, Meteorologia,
Religião...
Apatetado, sem pouco crer,
Volta-me o fiscal
– Bom fiscal da transgressão:
.
Até a Religião?
Principalmente
A de todo o bom cristão...
Afinal, não esteve junto a Cristo
O bom ladrão?
.
A questão, meu bom fiscal,
Não é se tu és ladrão
Mas se és um bom ladrão
.
Deixemos então em paz
A ciência da religião
Em que a Economia te autoriza
A ser um bom ladrão?
.
Vá lá, meu bom fiscal...
Já ouviste falar
Que a propriedade é um roubo?
Quem o disse foi Proudhon
Mas quem sentiu pela vez primeira:
Foi operário, camponês, escravo
Ou qualquer trabalhador
Sob a clave da exploração.
E ainda acrescento o dito de Lenin,
Profeta da Revolução:
O que é o roubo de um banco
Diante da fundação?
.
Incorrigível Ladrão,
Deixemos a Economia...
Estudaste também a História?
Em que te ajuda, na questão?
.
Ah, meu caro fiscal
Estudei todos os temas
Das guerras ao comércio,
Da realeza à escravidão
Da livre empresa
À colonização.
Seria possível chegar
Partindo-se de um ponto da História
A qualquer outra conclusão?
.
Para! Sinto que não há fim
Se adentrarmos esta ciência.
Também disseste algures,
em teu relatório confuso,
Que foi a Meteorologia
Que te ensinou a ser ladrão?
.
Senhor bom fiscal,
Estudei, como aprendiz,
As propriedades do ar
Cruciais para a respiração
.
Se fosse sólido
Não passava pelo pulmão
Se fosse líquido
Derramava-se no chão
Se tivesse cheiro
Rescendia a poluição
Se fosse visível (preto, talvez)
Virava tudo escuridão
O ar é desse jeito
Porque, segundo creio,
Assim o fez a Criação
.
O ar, no corpo,
Diz algo
Mas espalhado no mundo diz tudo
Fala-nos de tempestades
Explica-nos o tempo bom.
Concentrado ou diluído
Difunde-se enquanto gera
Sua própria distribuição
.
Sim, mas e daí com isso?
Disseste que as propriedades do ar
– Ou compreendê-las –
Fizeram de ti ladrão?
.
É que a certa altura, meu bom fiscal,
Eu flexionei a questão.
Pus-me a perguntar, a certo clarão,
E a certa altura do diapasão,
Não pelas propriedades do ar
Mas pela propriedade do mesmo
Dita no singular
.
Imagina um meliante
Este sim,
O verdadeiro ladrão
(Não como estes, que apenas roubaram
Um litro de leite,
A passagem de um trem,
Uma bala de açúcar,
ou um pedaço de pão)
.
Nosso meliante inventa uma máquina
Capaz de sugar todo ar
E depois o começa a vender
Todo o ar do planeta
A dois reais a ração
.
E a partir daí tem cada vivente
Ao comando de sua mão
Subjugado e indefeso
– Revertido à escravidão!
Diante da propriedade do ar
Não acharias justa e necessária
Uma boa rebelião?
.
E se esta ainda não vem
Não acharias mais justo
Que lhe invadissem a mansão
Para respirar da cruel máquina
O ar roubado pelo mau ladrão?
.
Agora, meu bom fiscal,
Troca o ar pela terra que pisamos,
Pelo tempo de nossas vidas,
Pela saúde arrancada
Ao camponês, de antemão
– Aquele que é explorado de sol a pique
Condenado à velhice, ainda jovem,
Se não morrer de insolação
.
Troca o ar pela própria vida
Do soldado condenado à morte
(Sua e de seus irmãos)
Aquele soldado infeliz
Que ao contrário do General
Não espia a guerra do alto
De um posto de observação
Ali está ele, dormindo em pé,
Condenado a desarmar minas
Quando não é bucha de canhão
.
Ou, por fim, troca o ar
Pelo teu trabalho digno
Já que te fizeram aceitar
(Para não ficar do outro lado)
Ser um fiscal de transgressão
.
Para, chega!! Vai-te embora
Sinto que, se ficas mais um pouco,
Vais me roubar o coração!
A propósito, por curiosidade,
Qual foi mesmo o teu delito?
Dize-me com precisão.
.
E antes de sair,
Olharam-se o bom fiscal
E, claro,
Este que vos fala,
um simples bom ladrão:
.
Roubei
Um pedaço de chão
[publicado em Transgressões, vol.9, nº1]