Tranquilo
Boa noite,
Que a sua noite seja leve, seus sonhos doces e seu coração tranquilo. Deixe que o silêncio acalme a alma e que o descanso te prepare para um novo dia cheio de possibilidades.
Lembre-se: cada estrela no céu é um lembrete de que, mesmo na escuridão, há luz. Durma bem!
Passei décadas buscando ser feliz. Fracassei. Decidi, então, ser calmo, sossegado e tranquilo. Agora que sou calmo, sossegado e tranquilo, sinto-me feliz.
Felicidade não é um fim em si mesmo, mas efeito colateral.
Se quer ter um sono tranquilo, acalme o seu espírito. Pense numa situação boa vivida e o quanto sente gratidão, isso garantirá um sonho tranquilo.
Quando se tem coragem de ser o que se é
A alma fica leve
O coração tranquilo
E o ser gozando da verdadeira felicidade da vida
"Um novo amanhecer pode nos motivar, a recomeçar, a ter um dia tranquilo e harmonioso... Transmitir paz é um ato de carinho".
Eu estou tranquilo, calmo. Eu dormi bem, sem pesadelos.
Eu estou alerta e atento.
Tenho plena consciência do meu espaço e daqueles que estão à minha volta.
Eu estou atento, focado no essencial e alheio a todo o resto.
O futuro é incerto, mas não estou preocupado.
Vou contar com os mais próximos de mim.
Vou compartilhar seus problemas, como fazem com os meus.
Eu vou viver e vou amar.
No Brasil atual, apenas quem está acima da classe média vive tranquilo, o restante está se matando de trabalhar para no fim só poder adquirir o mínimo; a grande massa disputa migalhas que sobram dos donos das propriedades - às mesmas que cresceram com o sangue e suor do trabalho forçado.
Inspirado por poetas, mente alerta, tranquilo sob a maior das castrofes, entre vírgulas e estrofes, simples feito piscar, triste é viver sem amar, hoje eu só quero sonhar, minha vida imaginar.
Até Logo!
Despediu. Assim onde outras coisas
estão,
poisas.
O céu tranquilo, silêncio, imensidão.
Num caminho sonoro,
de toadas e paisagens
vai-se em coro,
outras miragens...
O maestro de batuta na mão
regendo o espírito.
Ovação!
Saudade assim é escrito.
É fração do infinito!
Amanhece triste o cerrado erudito…
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
26 de abril de 2018
despedida ao primo Guilherme Vaz,
compositor, músico, maestro.
A SERIEMA
Falam que a seriema, quando desata
O seu canto, no cerrado ali tranquilo
A viola do roceiro, chora, a segui-lo
Roncando esmorecimento pela mata
O retinir, longo, tal um sino de prata
Quando soa, longe, se pode ouvi-lo
Num tal solfejo, em aguda sonata
De um aristocrático canoro estilo
Quando a cantata, ressoa amolada
No coração do sertão, bem fundo
A saudade dói, e no peito faz morada
E o que mais neste canto se espanta
É que o canto de apenas um segundo
Na alma do sertanejo se agiganta...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2020/agosto, Triângulo Mineiro
Pode ficar tranquilo. A partir do momento em que eu não mais apostar em nossa relação, isso vai ficar muito claro, principalmente, em sua cabeça.
Pode ficar tranquilo.
Você vai muito longe, e com o tempo é natural que você arrume alguém que não se importe se você a procura ou não, se você se lembra ou não das datas e compromissos importantes, se você atende ou não o telefone, se você estará ou não em casa para almoçar, jantar, para dormir ou acordar...
Mas esse mesmo tempo também pode se encarregar do fato de que quando você estiver lá na frente, principalmente quando "acordar", não precisará se preocupar com mais nada, exceto com o fardo da sua solidão acompanhada.
Um beijo de leve a acordou, interrompendo o sono tranqüilo que experimentava já nas primeiras horas da manhã. Era ele que continuava ali, do outro lado da cama. Trazia um lindo sorriso nos lábios, mas os olhos denunciavam a angústia de uma noite em claro, mesmo estando ao lado de seu maior desejo, o desejo de tantos anos...
De propósito, ela apenas sorriu e voltou a fechar os olhos. Tudo estava confuso. A cabeça, recostada a um travesseiro que não usava habitualmente - é, ele se esquecera de que ela dormia sempre sem travesseiro – doía, pesava, rodava. Talvez precisasse de mais uma dose para se equilibrar entre tantos sentimentos contraditórios, ambíguos, desconexos. Qualquer coisa. Uísque, vodca, tequila, licor, gim, cachaça! Qualquer paliativo que tornasse aquele momento menos sofrido, doloroso, indigesto, seria muito bem vindo! Mas o que se via à frente era um lindo café da manhã: suco, leite, biscoitos amanteigados, uma fatia de queijo, café, torradas, e uma flor a ornamentar aqueles longos minutos tão repletos de espinhos. Para seu desespero, nada de álcool!
Não precisava se vestir. Ainda estava vestida. Sentou-se à cama, arrumou os cabelos, passou as mãos pela blusa na tentativa de desamarrotá-la, e lentamente percorreu com os olhos cada detalhe daquele quarto que já conhecia tão bem. O quadro à parede era o mesmo, abstrato, em tons de dourado e de salmão. A cama era a mesma, confortável, grande, quadrada. O closet era o mesmo. As paredes ainda mantinham o mesmo tom. Ele era o mesmo. Então, o que mudara?
Ele continuava inerte, à espera de alguma palavra, algum gesto, algum carinho, alguma explicação. Sua impaciência contrastava com o olhar perdido dela, que não se fixava em ponto algum. O silêncio era tão perturbador que nenhum dos dois conseguia sequer deixar escapar por entre os lábios um mero bom dia.
Subitamente, como se saísse de um estado hipnótico, ela calçou os sapatos, levantou-se e, a passos lentos, caminhou até a poltrona onde deixara sua bolsa. Tomou em mãos a chave do carro, observou sua imagem ao espelho, voltou-se para ele, olhou-o nos olhos, deu-lhe um beijo à face, e saiu.
Dessa vez não batera a porta como já fizera outras tantas. Muito ao contrário, fechou-a com tanto cuidado que nenhum som se ouviu propagar naquele corredor que já fora palco de tórridas cenas de paixão ou de total descontrole emocional, como já diziam alguns. O fato é que ela não tinha mais o direito de machucar quem lá dentro ficara.
Nada naquele apartamento mudou. Nada naquele corredor mudou. Nada nele mudou. Mas ela já não era mais a mesma. E isso era motivo suficiente para não mais voltar aos braços daquele que um dia ela tanto amara...
O que eu ganho em ser leal nas relações?
Sono tranquilo e a certeza absoluta de que se alguém “pisa na bola” comigo, quem perde o jogo não sou eu!