Tragédia
Tenho lido alguns romances ultimamente e cada vez mais percebo que nunca chegarei lá.
Vejo isso ao ler as entrelinhas dessa tragédia romântica e me dói por saber que apenas que a reciprocidade não existe.
Assim como nos livros certos momentos ficaram marcados...
Mas feridas são só feridas, uma marca a mais não doi tanto.
Pelo menos não deveria...
Garotos cometem erros. Mas nós somos adultos, encarregados de uma grande responsabilidade. Uma criança foi morta. Não destruam a vida de outra criança tentando compensar. Isso não é justiça. É apenas outra tragédia.
Chores, ó menina,
Que não sei quem és,
Que não sei onde estás,
Que não conheço tua sorte,
Mas que sorte teria?
Junto às cinzas da tragédia,
Que desnuda tua alma,
Que acutila tua história,
Que traz somente uma atroz certeza,
A dor não passa, te rasga,
Muitos dizem seguir Jesus e colocam no discurso Deus "primeiro de tudo", mas sem compromisso com a vida humana. Que tragédia!
Uma razão insuficiente
Refletimos sobre o infinito por causa da consciência da morte, ou seja, de nossa finitude. [...] Por sermos seres finitos especulamos sobre o infinito e deus, pois se fôssemos infinito não haveria o quê e para quê especular.
Obs (s): Infinito como sinônimo de eterno, ou melhor, algo além da compreensão de espaço-tempo ou qualquer conjectura, hipótese, e teoria científica, e até mesmo sistema filosófico. [..] Para além de qualquer vislumbre humano.
Segunda abordagem:
O arranjo linguístico nos impossibilita observar a unidade em cada abordagem filosófica, pois o é basilar a toda disciplina, dando a ela premissas e objeto (s) de investigação (s), objeto (s) tal (s), explicitado em suas premissas, ou implícito a ela, visualizado após a correta dedução. Seja o clássico silogismo aristotélico, as lógicas heterodoxas, ou às mais voltadas à matemática e suas aplicações, quase sempre em computação, como por exemplo, a álgebra booleana, ou a filosofia analítica com B. Russell e a posterior L. Wittgenstein, ou a abordagem dialética, e também as inúmeras escolas de filosofia desde a antiguidade clássica, todas elas têm em comum, como função determinante ou premissa fundamental, ou vetores contidos no mesmo espaço vetorial, daí a sua disposição nele serem suas nuances na história, o próprio uso da razão, ainda que não a se possa definir. Essência, o que é, sua realidade é material, derivada dela, o que é informação, interpretação, o mental, substância, causa primeira, diferentes nomes e definições que se complementam e apontam sempre para a mesma coisa, o seu sentido é, isto ou algo além, aquém disto tudo, metafísica, revelação, reminiscência e etc…Tudo se resume a uma só dúvida, é somente? E atentando-se à nossa indeterminação ao se debruçar no possível entendimento do transcendente teológico, fica em aberto às grandes questões da filosofia, pois o está, apenas isto ou …? Sendo assim, precipitado seria qualquer afirmação, pois jaz filosófica. O que aparentemente temos, é uma indeterminação, no conceitual de SPI, mas como somos seres finitos, orgânico, não sabemos se ao mais infinito chegaríamos a alguma conclusão, o que me parece ser bastante razoável propor que, dado a nossa condição evidente, o sistema da possível verdade é no mínimo, para nós, um SI.
Sofro, logo existo
Silogismo
1- Ansiamos obstinadamente por saber desde que nos damos por humano (''o que *não cessa* de *se escrever*'').
2- A coisa em si é inacessível (''o que *não cessa* de *não se escrever*'').
3- A verdade se apresenta apenas como possibilidade (''o que *cessa* de se *escrever*) e tudo isto nos causa angústia.
Esclarecendo
Me refiro a verdade da coisa e do real enquanto todo. A nossa relação com a verdade, real enquanto todo, é de angústia e ela marca seu impossível através da contingência, gerando pela lembrança sofrimento, pois o conjunto aberto nos causa incômodo, como prova, perguntar algo e ouvir uma resposta que não responde, além de termos uma necessidade não só orgânica, mas também em pathos pela verdade, por significados, sentidos e porquês. Uma das possíveis formas de elucidar que a verdade se apresenta a nós como possibilidade, mesmo ela sendo impossível, é o fato de tudo isto ser questionável, sendo assim, talvez a verdade nunca se apresenta, mas apenas a nós é representada enquanto impossível através de nossa linguagem insuficiente. Como a linguagem e a razão é o que nos define como humano, pois é o que nos diferencia, e sendo tudo isto seu grande marcador de realidade e desejo, podemos assim concluir por equivalência ou analogamente a regra da cadeia que sofremos, portanto, existimos.
Obs: Talvez este não seja o grande desejo da razão, principalmente no seu primórdio, talvez seja apenas meu objeto a, mas se atendo que é ela e a sua busca que nos define como humano, mesmo ela sendo um subproduto de uma complexa circuitaria neural ou detentora de uma substância pensante, ela é nós e nós somos ela em essência; só não nos damos conta de tudo isso porque o afeto não emerge a todo momento, até porque não desejamos, daí a fuga do tédio através do divertimento como retratou bem Pascal, mas este de fato é o nosso ser.
Coisas ruins precisam acontecer para nos lembrar de onde não devemos permanecer.
Mudar pequenas atitudes é o primeiro passo para corrigir grandes erros.
Se eu fizesse despertar
a beleza contida no teu riso
no jeito, na fala
achado ouro, eu teria
se fizesse despertar a paz
a fé, a graça
o ponto de chegada
teu destino eu seria
se fizesse mais
pouco atreveria
porém teria a raridade da tua beleza
plena, despertada e viva
exaltada no amor
no belo amor
que sinto por ti...
Lembro-me de a memória me ter falhado em certas ocasiões da minha vida. Talvez seja este um dos casos. Acontece a qualquer um. Não é nenhuma tragédia. Há quem viva fazendo de conta que não tem memória. Certamente uma grande tragédia.
"DIA FESTIVO"
Então... Sendo hoje teoricamente um dia tão especial, "Ė Meu Aniversário" , deveria ser de fato um "Dia Festivo" a ser comemorado, afinal ao longo desses anos trilhados por caminhos tão complexos, pontos cruzados, montanhas-russas, em idas e vindas. Uma luta constante, muitos obstáculos, muitas vezes deixando cicatrizes no lugar da dor... Saudades no lugar do amor, mas aqui estou.
No ano passado, nessa mesma data "2021" ao Congratular-me , com cada uma, com cada um, fazia uma reflexão, assim como hoje. Por MAIS UM 30 DE MAIO na minha vida. Naquele momento reflexivo, refletia pura e unicamente o caminho que segui para chegar até aqui, estava realmente muito feliz pelas conquistas e POR MAIS UM 30 DE MAIO, diferentemente de hoje "2022" na minha reflexão, onde vivemos tempos sombrios, que me faz refletir com muito mais profundidade nesse "Dia Festivo" que na prática, há muito menos a se comemorar. Estamos sendo mortos pelas mãos do Estado por asfixia, estamos sendo asfixiados pela ausência de investimento público nas encostas, no saneamento básico, por parte dos poderes constituídos. Principalmente em Pernambuco, meu querido e amado Nordeste, isso me assusta.😔 A tragédia que se abateu sobre o Recife e Região Metropolitana mudou o foco do cenário desse "Dia Festivo" . Há pouco o que se comemorar. Era de conhecimento de todos e de todas uma TRAGÉDIA ANUNCIADA, precisou de uma calamidade pública para que os poderes municipais, estaduais e federal trabalhassem juntos. “Antes tarde do que nunca", quantas vidas teriam poupado. Minha irrestrita solidariedade as famílias vítimas das fortes chuvas que caíram sobre as comunidades de pernambucanas
Hoje MAIS UM 30 DE MAIO, na minha vida, de coração apertado. Sou profundamente agradecido a todos e todas que de uma forma ou de outra, distante ou de perto, estiveram ou estão, caminharam ou caminham comigo, nesses caminhos tortuosos, apesar dos obstáculos seguiremos juntos. E assim sem muito o que comemorar nesse "Dia Festivo" quero agradecer a todos, a todas e a todes, por me permitirem a fazer parte da vida de vocês.
Sou e serei eternamente agradecido e assim, MAIS UM 30 DE MAIO EM NOSSAS VIDAS.
Gratidão
Fernando Kabral
Olinda, 30 de maio de 2022
#FelizAniversario
#fernandokabral
#Parabenspramim
Parafuso chato
Voltou do inferno o poeta
Sem tempo pra frágil Inverno...
Que pena que viu uma queda!
Dezenas de gritos caindo,
Morrendo segundos malditos
Sem asas, motores, sem nada;
Que tapa na cara da mídia
Que tava focada em Olimpo
E o limbo? Acolheu a desgraça!
Uma das maiores tragédias de uma democracia é quando as autoridades constituídas se recusam a cumprir as leis vigentes, e em especial a Lei Maior, a Constituição Federal.
O sentimento que estou
carregando sobre estes
incêndios em nosso país
tem o mesmo peso
do meu primeiro
sentimento de luto
com o plus do sentimento
de horror profundo,
Quando não estou
chorando de fato,
eu ando chorando por dentro.
Há uma sombra no palco,
os olhos vazios, o corpo de pedra,
repete as palavras como quem mastiga silêncio,
e a multidão segue, sem ver o caminho.
Há música no ar,
não de flautas,
mas de cordas gastas que rangem,
e eles dançam,
dançam como folhas no vento,
sem perguntar para onde os leva a corrente.
O abismo espera.
As bocas sorriem, as mãos caem,
há corpos que já se foram,
mas ainda seguem os outros,
com o brilho de uma fé cega
ou de um desespero antigo.
Quem os ouve, quem os vê?
Só o vento, que leva tudo
antes da queda final.