Tragédia
... a grande
tragédia que hoje abate
os mais jovens não decorre de
um habitual destrato à ordem
e princípios já estabelecidos: e sim,
da desoladora inabilidadedetectada
naqueles que, à posse de justos
argumentose atitudes, revelariam as benessessuscitadas pelo
respeito à ordem!
A liberdade do homem
“Hoje, mais do que nunca, o homem aprisionado está buscando sua emancipação e sua liberdade. Sua tragédia é que ele busca a liberdade por meios que o levam a uma escravidão ainda maior. A liberdade é uma coisa espiritual, uma realidade sagrada e religiosa, cujas raízes estão em Deus e não no homem, pois a liberdade do homem, que faz deste mundo imagem de Deus, é uma participação na liberdade de Deus. O homem é livre na medida em que é semelhante a Deus.”
The Inner Experience, de Thomas Merton
Você construiu um castelo só para mim
Que luxo diriam alguns
Porém...
A intenção não era me proteger
E sim me isolar
Nesse castelo eu não era um rei
Mas sim um mediocre servo
Todavia eu continuei acreditando em você e nesse seu amor
Amor que torceu cada centímetro do meu corpo e do meu ser
Amor que tirou a minha alma dessa e de todas as dimensões.
Mas eu acreditava nesse seu amor doentio
Porque eu não merecia algo melhor
Eu necessitava dessa dor
Porque eu tinha alguém comigo
E isso era melhor do que estar sozinho ou
Fora do castelo
Lá fora era assustador demais para um mediocre servo.
[A profecia autorrealizável] :
Macbeth é um fiel súdito de seu rei. Um dia, lhe predizem que ele está destinado a governar a nação. Quando o homem conta a profecia à esposa, desperta sua ambição, que desencadeará a tragédia. Estando o rei hospedado em sua casa, a mulher convence Macbeth a assassiná-lo. Já coroado, lhe é revelada outra profecia: quem o sucederá no trono será seu filho ou o de um amigo. Shakespeare então fará com que tudo flua em direção ao sangrento final predito, que não aconteceria se ninguém houvesse acreditado nele e agido de forma a torná-lo possível.
Estendo meu amor e solidariedade a todos os familiares e amigos das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).
Esse triste episódio deixa claro que nossa sociedade não precisa se armar, mas amar!
O que a gente tem que colocar em cima da mesa diante de nós mesmos como sociedade é se nós queremos continuar lidando com essas tragédias pranteando-as no início e as esquecendo logo depois.
Quando acontecem tragédias, tentamos achar alguém pra culpar. Na ausência de um candidato melhor, culpamos a nós mesmos. Você não é culpado. Ninguém é culpado.
(Violet Crawley)
Não há avisos quando tudo está prestes a mudar, a ser tomado de você. Nenhum alerta de proximidade, nenhuma placa indicando a beira do precipício. E talvez seja isso o que torna a tragédia tão trágica. Não é apenas o que acontece, mas como acontece: um soco que vem do nada, quando você menos espera. Não dá tempo de se esquivar ou se proteger.
Assim como essas flores florescem com as incontáveis mortes que fornecem sua comida, existem inúmeras tragédias que ocorreram enterradas no fundo deste mundo maravilhoso, mas, a menos que você seja uma das pessoas diretamente afetadas, não é algo que você possa saber.
20 anos de destruição das #torresgemeas
Os aviões do terrorismo ensaiaram uma coreografia grotesca e cruel, dólares e corpos foram queimados, deixados a mercê de centenas de anjos, que com certeza trabalharam arduamente pelo melhor tipo de salvação.
Eram gêmeas as torres e onde antes existiam só negócios, hoje se depositam flores. O atentado não destruiu apenas estruturas, levou ao chão com amargura vidas e sonhos de famílias inteiras.
Não dá para fazer poesia com essa triste tragédia, não há rima que sustente tamanho absurdo.
É dor que nunca cessa, é lembrança que não se cura.
Uma tarde o tanto quanto obscura, chuvosa, volumes imensuráveis de água caem, porque? O céu está triste... O céu está de luto... "porque?" ao olhar de relance poderemos ver, um "campo" desagradável, mórbido...
Dizem que ali descansam indivíduos a qual nãopertencem mais a nosso plano... Ao revirar nossas pupilas num movimento rápido, notamosque ali mais um indivíduo parte para o outro plano... "Quem será na esquife?" estive lá e indaguei e por fim descobri, e agora lhe conto!
o falecido se chama: essência!
Sim, minha essência Estás morta... "e o que a mataste?" tua frieza a assassinou... Como
uma doença, lentamente fui contaminado, tentei diferentes tipos de medicamentos, mais a tal doença é forte e lentamente evoluía: Frieza > inseguranças > Desprezo > descaso > Falta de confiança etc.... A virose virou doença, numa virada súbita e cruel meu coração chegou ao óbito....
"Aqui jás minha essência, Falecida por frieza" calma, calma não chore a
morte não é um final de tudo, minha essência estará sempre eternizada, você pode revive lá, você pode simplesmente vive-lá...."como?" simples: Ressuscite a com o amor! Descongele a tua essência, aqueça teu coração e encha o de compaixão novamente...
Você tem esse poder, o ser humano tem o dom para realizar coisas fantásticas, alcançar grandes feitos... Use teus poderes e ressuscite a minha essência, me dê a cura morena... A carta está lançada, uma jogada, duas opções...agora quem decidirá é você é não eu.... Boa sorte!
SONETO NA LAMA (Mariana, MG)
Basta! A quem assistiu o insuportável
O funeral de teus sonhos, tua quimera
Enlamear-se na lama sem que quisera
E em suas vidas, unidas, inseparável
Como acostumar ao lodo que espera?
Moldar-se no barro de jarrete miserável
Deitar-se na insônia, sentir o inevitável
Da mendicância, impune, e de espera
É véspera do escarro. Vês! O inaceitável
Total necessidade também de ser fera
Nas mãos dos que afagam o insaciável
Rio Doce, azeda lama, e sem primavera
Indecência dum indecente confortável...
Sou Minas Gerais, somos, gente sincera!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Quando a cabeça está cheia
O sangue se esvai
E o corpo esvazia
Aí, a alma e mente se perdem !
Da-se então, o princípio ativo da tragédia.
Tenho medo do vento que passa fechando as portas por onde entrei e saudades de cada uma das portas por onde eu não quis entrar. A tragédia da vida é nunca haver tempo hábil para desfrutá-la em plenitude. É estar diante de um banquete e ter de ir embora apenas com um tira-gosto.
Deixou pra trás quem vem,
Trazendo toda a questionada solução.
Se faz sentido a falta de sentido
A ausência da resposta nos explica tudo então.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Eu desejo um pouco de esperança
Pra quem nunca alcança a vontade de sorrir.
E mesmo assim existe gente que nem vontade sente
Prova o gosto e bebe a chuva desse injusto fim
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
"A mais pequenina dor que diante de nós se produz e diante de nós geme, põe na nossa alma uma comiseração e na nossa carne um arrepio, que lhe não dariam as mais pavorosas catástrofes passadas longe, noutro tempo ou sob outros céus. Um homem caído a um poço na minha rua mais ansiadamente me sobressalta que cem mineiros sepultados numa mina da Sibéria".
Eça de Queirós, sobre as distâncias da dor
Parece que o sentimento de dor nos dias de hoje está diferente dos dias de Eça. Hoje, por qualquer catástrofe real ou imaginária divulgada pela mídia, as pessoas estão sempre dispostas a colaborar para amenizar a suposta dificuldade porque estejam passando nossos semelhantes dentro ou fora de nosso país. Por outro lado, para o homem deitado na calçada desnudo e com fome poucas pessoas se dispõem a socorrê-lo. E imaginando todos os indivíduos isolados nesta situação e fazendo deles um coletivo daria uma quantidade maior de pessoas que aquelas envolvidas nas tragédias divulgadas. Acho que nos dias de hoje não é a distância que determina a dor e sim o fato de ser individual ou coletivo. Socorrer o coletivo é socorrer a massa e a massa não tem rosto e dela não se espera retribuição. Já o socorro ao individual espera-se retorno e as pessoas não querem correr o risco de não serem retribuídas? Esta é uma questão para a qual ainda não obtive uma resposta. Por que as pessoas gostam mais de socorrer o coletivo desconhecido e muitas vezes longe, do que o individual, conhecido e próximo de nós?
Eu?
Eu sou um enigma
O explícito do indecifrável
As chaves perdidas no bolso
O ''quiçá'' que precede a tragédia
Eu sou a tragédia!
Sou a tempestade que encanta pela avidez
E sou também os raios de sol que cessam a voracidade de céus aterradores
Eu sou o pulo do gato
E sou também a madeira bamba, afoita para forçá-lo
Eu sou a consequência de um caos certo e interminável