Tradição Gaúcha
O calor de uma mulher pode não ser sufiente para sobreviver, mas o mesmo calor poderá aquecer a alma de um homem.
Que cada um de nós respeitemos a fé do próximo, que jamais percamos a sede de vencer, que jamais percamos a utopia que mantém as chamas acesas. Que sigamos em frente, quebrando as barreiras do ódio e do preconceito!
Não existe prova maior de ignorância e idiotice quando um punhado de analfabetos arrogantes equivocadamente abandonam e apagam uma secular tradição por uma frágil situação.
LIVRES EM CRISTO PARA COMER OU DEIXAR DE COMER: sexta santa e todos os dias.
"O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu " (Rm 14:3).
Não por obrigação ou constrangimento, mas Deus se agrada de quem o ouve com alegria. Então, o que "está escrito"?
Um dia Jesus morreu pelos nossos pecados e para nos dar a salvação eterna. Isso deve ser lembrado todos os dias: ele morreu por nós e ressuscitou por nós, o que equivale respectivamente à sexta-feira em que ele morreu e ao domingo em que ele ressuscitou.
Entende-se pela leitura da Bíblia que Jesus transcendeu, sobrepujou, suplantou, ultrapassou a tradição judaica que, por isso mesmo, condenou-o à morte de cruz, e não os seus seguidores. Jesus, portanto, coloca-se acima da tradição, de qualquer tradição criada pelos homens (religiosos). Nenhuma religião pode se colocar acima de Deus. Aliás, nada pode estar acima de Deus.
No entanto, como Deus dá liberdade de escolha a todas as pessoas, elas têm o direito de escolher seguir tradições humanas ou não. E quanto às suas escolhas, assim como Deus não interfere, ninguém tem o direito de interferir. No entanto, isso não exime um cristão zeloso da palavra de Deus de falar sobre a verdade das Escrituras Sagradas. Para quem tem fé em Deus, a Bíblia Sagrada é a sua bússola, pois ela é a sua palavra escrita. Quem o ama em espírito e em verdade lhe obedece; quem diz que o ama lhe obedece ou não. Isso também é direito de cada um.
Igualmente, cada um tem o direito de falar sobre o que acredita de modo que cada opinião deve ser respeitada: uns acreditam que não devem comer carne, outros acreditam que devem comer carne. Com quem está a verdade sobre esse princípio? Antes de buscar quais desses grupos estão com a verdade, é mister, primeiramente, buscar a verdade bíblica sobre esse assunto.
Então, o que a Bíblia diz sobre isso, considerando que para os cristãos “que acreditam na palavra de Deus” ela é a sua regra de fé e prática? Ou estariam as doutrinas de homens religiosos acima da verdade de Deus descrita na Bíblia?
Pode haver muitas interpretações humanas sobre os textos bíblicos, mas nenhuma pode ser posta acima da vontade revelada de seu Autor, o próprio Deus. O problema é que o homem aprendeu que tem o dom de interpretar e considera tudo sob o jugo da sua interpretação humana que é falha e nem sempre corresponde à verdade escriturística.
Antes de aceder às determinações feitas por homens religiosos seria recomendável examinar as Escrituras para saber se de fato aquele ensinamento é pertinente, como faziam os bereianos que não aceitavam tudo o que lhes diziam só porque alguns mensageiros se consideravam “homens de Deus” que detinham a verdade suprema: “Todos os dias estudavam as Escrituras Sagradas para saber se o que Paulo dizia era mesmo verdade” (At 17:11b). E isso era com o apóstolo Paulo, hein!
A tradição carrega consigo o fardo do medo:
“Aprendei de mim, porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:30);
“Ai de vocês também, mestres da Lei! Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem aguentar” (Mt 11:46);
“No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo” (1 Jo 4:18).
Quem é o Amor? O próprio Deus! Deus é amor (1 Jo 4:8). Quem está em Deus não tem medo de agir com base no que está escrito na Bíblia nem tem medo de deixar de fazer algo justamente por não estar escrito na Bíblia. Mas isso é uma questão de fé.
Fé em que ou em quem?
Fé na tradição ou fé em Deus?
Por exemplo, comer peixe na sexta-feira santa é uma tradição que muitos cristãos seguem à risca por acreditarem que não o fazer implica em castigo divino nesta vida e em punição eterna.
Porém, essa doutrina é bíblica? Não!
Em que texto da Bíblia se encontra tal recomendação de se comer peixe e a proibição de se comer carne vermelha por causa do sangue em respeito ao sangue de Jesus?
“Não é o que entra pela boca que faz com que alguém fique impuro. Pelo contrário, o que sai da boca é que pode tornar a pessoa impura” (Mt 15:11), disse Jesus.
Comer peixe e deixar de comer carne durante quarenta dias ou especificamente na sexta-feira santa pode prover redenção para as pessoas que o fazem ou pode prover castigo para os que não o fazem?
O sacrifício de Jesus na cruz do calvário, o sangue de Jesus derramado e a sua ressurreição não foram suficientes para abolir toda tradição que não pode prover libertação e salvação?
Por que se colocar sob o jugo da lei da tradição em detrimento do sacrifício vicário de Jesus, em que outro era o pecador e ele o substituiu naquela cruz?
Por que não se submeter à graça oferecida por Jesus que não constrange ninguém a práticas religiosas legalistas?
Há tradições alegres e saudáveis, mas tradições que ofuscam a verdade bíblica não são benéficas nem aprovadas por Deus, e não ajudam a alimentar a fé como alguns preconizam; ao contrário, alimentam a veneração aos ditos dos homens em oposição à verdade de Deus: “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml 3:18). “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16).
Os contextos em que a Bíblia fala sobre não comer determinados alimentos, como em Levítico 11, dizem respeito à questão de higiene e medidas preventivas de saúde, mas nada tem a ver com a prática de comer peixe para purificação do corpo na sexta-feira santa ou para a pessoa se oferecer como sacrifício pela morte de Jesus, como alguns religiosos pretendem incutir nas mentes de crentes ingênuos, o que contradiz o texto bíblico acerca de Jesus que se fez sacrifício “uma vez por todas”, não cabendo mais sacrifício algum por parte dos homens (Hb 10:10).
A supervalorização de tradições e costumes sempre resultarão na desvalorização de verdades fundamentais.
Só para esclarecer: Heresia é sinônimo de heterodoxia; e heterodoxia é o antônimo de ortodoxia. A ortodoxia é tudo que é tradicional, ou seja, a posição tradicional estabelecida ao longo do tempo. Portanto, a igreja cristã em toda a sua ortodoxia (tradição) que está registrada e documentada nos escritos dos pais da igreja (discípulos dos Apóstolos) é majoritária e unanimemente sinergista ou monergista condicional. Portanto, o monergismo rígido adotado pelo Agostinho velho e posteriormente por Calvino é heterodoxo (heresia), pois o calvinismo diverge da ortodoxia (tradição). O calvinismo não tem nenhuma autoridade para chamar ninguém de herege, posto que são eles que não seguem a tradição ortodoxa. Para confirmar o que foi dito aqui, vamos ver o que o próprio Calvino diz sobre a tradição ortodoxa e a sua doutrina: “Tudo indica que acabei atraindo preconceito quanto ao que ensino, quando acabei confessando que TODOS os escritores eclesiásticos antigos (Ortodoxia) menos Agostinho, me são contrário”. Institutas 2.2.9.
“Dizem que uma bruxa morou nesta floresta há muito, muito tempo atrás”, ela começou a falar. E isso é o que a menina contaria aos seus filhos e o que eles contariam aos seus filhos muito depois...
Nada é mais imoral que o moralismo pois ele tenta subtrair o indivíduo de seu próprio ser. Fazendo que ele se ajuste a um ideal metafísico que se justifica pelo mero apelo a tradição e manutenção de costumes, muitas vezes os tratando como sagrados, perpetuando em sua prole preconceitos anti progressistas. Preconceitos esses que se convertem em instrumento para a própria escravidão do indivíduo moralizado.
Fotografias auxiliarão as futuras gerações na compreensão das tradições, valores e história da sua família
A religião ou igreja terrena ideal é qualquer religião ou igreja onde a pregação da Palavra de Deus e todo conselho de Deus, esteja plenamente de acordo com as Escrituras sagradas, sem tradições, sem filosofias, sem lendas, mitos ou fábulas, sem crendices ou invencionices (que não fazem parte da Bíblia) etc..., e possa nos confrontar com o pecado, a incredulidade e toda mediocridade e miséria espiritual, ajudando-nos a crescer, amadurecer e nos fortalecer como um cristão fiel, sincero, verdadeiro, autêntico, legítimo e genuíno.
Reflita bem sobre isto!
waldirprx2009@gmail.com
No silêncio das lojas, entre pedras que guardam memórias antigas, ecoa a voz sussurrante da fraternidade, como um murmúrio de água entre os rochedos. Homens, artífices da alma, esculpem gestos de simetria e equilíbrio na pedra bruta que os alberga.
No ritual, desvendam-se símbolos entrelaçados, onde o esquadro mede a retidão da alma e o compasso traça os limites do saber. Sob a abóbada do céu estrelado, revelam-se mistérios como constelações esquecidas.
Reúnem-se à volta do templo, onde a luz ténue das velas ilumina o caminho, e nas sombras das colunas que guardam os segredos, ergue-se a sabedoria, forte e bela da tradição e entoada com a voz grave da experiência. É um cântico que atravessa gerações, ressoando no coração daqueles que, na busca constante pela luz, encontram a libertação.
Ser cosmopolita não significa abrir mão de sua identidade. Cidades prósperas são cosmopolitas e não abandonam as suas tradições e a sua cultura. A tradição parte dos valores e dos costumes que são passados de geração em geração. A cultura fundamenta-se a partir do entendimento sobre os valores, crenças, línguas e linguagens desenvolvidas.
Um povo que não preserva sua história, acaba se tornando um povo sem ancestralidade, pobre culturalmente e vazio de tradição.
Haja o que houver mas nunca coloque a carreira acima da família e do amor verdadeiro. O mundo moderno necessita do caos eternamente, mas a sua vida não.
Tereré na Fronteira
Na fronteira onde o Brasil e o Paraguai se encontram,
Ponta Porã, princesinha dos ervais, se destaca.
Histórias gravadas nas memórias dos ancestrais,
Nativos guaranis, bravos guerreiros,
Que através da bebida fresca, o Tereré,
Reverenciavam os antigos nativos,
Cujas memórias ainda vivem nestas terras.
Tereré, símbolo de amizade e cura,
Do corpo e da alma,
Bebida com água pura ou com ervas medicinais,
Os yuyos, plantas nativas que trazem fragrância e cura.
Em cada gole, uma conexão com o passado,
Uma reverência aos que vieram antes,
E uma celebração da vida e da cultura,
Na fronteira onde histórias e tradições se entrelaçam.
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