Traços
"Eu poderia te ver e não ousar te tocar... Ver, pra simplesmente contemplar os traços e feições que um dia me aqueceram a alma..."
Fogo x Água + Ferro = Aço
Os seus traços são como aço
que vão formando a mando do amor
a paixão que ilumina a alma do poeta
que acarreta a beleza inexplicável da felicidade
na idade da maturidade pela intimidade
com o seu sonhado amor alado do seu lado.
AS ROSAS
Seus olhos azuis
de traços giz sobre
o chão de pedras,
esculpidas tua face
no espelho do rio.
Rosáceas, rosas e
camomilas sobre
o declínio do sol
surgia no céu à lua.
As vezes é necessário desenhos abstratos para saber que faz parte dos meus traços... as vezes quadrado, outras vezes em círculos, outras vezes em paralelos, as vezes em tripé, as vezes em linha reta no horizontal e muitas vezes no vertical, mas tudo se resume em cores berrantes da paixão.
Velhice
Deixa dessa meninice,
que o amor é mesmo essa tolice
com traços de esquisitice
e não há maluquice
que cure essa burrice.
" Traços"
Ao ser abandonado, não sofra
pode não ser pra valer
Talvez quem se afasta precise
de um outro ponto de vista
para te reconhecer
Para se fazer merecer
não faça com aquele que deixou
um motivo de tua indiferença
Pois poderás ser traído pelo teu olhar
e revelar o porquê das desavenças
O que passa de fato no teu coração
poderá se mostrar
A verdade pode por tudo atravessar
A energia não se perde
É sempre transformada
Cabe a ti saber em quê
Para teu bem ou mal alheio
Mas tudo que vai volta
Teu reflexo não bate só no espelho
Um passado não se é
nunca nunca abandonado
Apenas esquecido
talvez deixado de lado
Ninguém perde o que lhe faz parte
Que tenha sido bom ou ruim
Cada minuto passado é como um tijolo
Que te constrói como um todo
do jeito que és
Um passado é o caminho
que te trouxe até aqui
Feito por felicidades e mágoas
Que carregas dentro de ti
Não se pode voltar
apenas olhar para trás
O caminho só segue para frente
Andar para trás é só um jeito de falar
Para trás nunca se anda
Como um passado não se pode abandonar
...Reverso...
Traços continuos de olhares que se lêem em reverso
Rasgo de decote provocam
Bocas que se movem sobrepostas pele-a-pele
Salivas com gosto de desejo que se misturam
Mãos torturantes
Tentaculos da volúpia
Faíscas turvantes de luxuria
Eu?
Me rendo!
...Demiurgo...
Rocei sobre a trama
A fotografia da tua caligrafia
Ordinarios traços de liberdade
Tenho apenas uma pena
Tingi de vermelho
O papel em branco que me ofereceu
PICASSO
Quem observa a invenção de Picasso
Ver linhas, curvas, traços, compasso.
Sente a ligadura de pontos, a largura
Do corpo desproporcional e ver algo
Incomum na terra, uma paz desenhada.
Ele como que escancara o consciente
Mostrando à vista o inconsciente
Pelos homens tão temidos, uma aquarela.
Quem ler Picasso ver a genialidade
Comum dos escolhidos e sente a dimensão farta
Do juízo agoniado pela maldade.
A idade da razão soterrada no alvoroço
Ou a comoção manifesta ao coração,
Como se não fosse ele, mas dele toda a razão.
Quem determina o caminho
Por onde se esvai os pincéis, é Picasso
E por se saber, foi o que foi, é o que é
Um gênio que ainda não foi enterrado
Posto que ainda não morreu
E certamente nunca morrerá.
naenorocha
MIL FACES
Sou a mulher de mil faces,
camaleoa de traços e emoções
A eterna mutante, desse mundo que gira ,
que não me deixa acomodar nas minhas frustrações ou incertezas
Alavancando minhas virtudes e qualidades
Dando a cada uma das minhas faces
A mulher que queres ver,
a menina que exergas,
a garota que vislumbras.
Eu,única,no mundo de tantas mil.
Aquela q vc vê...e não esquece,
não completa como queiras
Mas tudo,
o que demais sou para seus olhos... do corpo e da alma.
Eu te amo nos detalhes, nos sorrisos, nos traços, nos abraços, nos gestos, nos toques, nas brincadeiras, nos beijos, nas chatices, nas manias, nos gostos e nos desgostos, nas qualidades e nos defeitos. Eu te amo no carinho, no mimo, no mínimo e no máximo. Eu te amo, nos olhares, nos retratos, nos cheiros, nos cabelos, na brisa, nos tropeços, nas brigas, nas conversas, nas discussões, no fechar dos olhos, nas mãos e nos braços. Eu te amo, dos pés à cabeça, na ponta do nariz, no queixo e no canto dos lábios. Eu te amo, de manhã, à tarde e à noitinha. Ah, e caso ainda não saibas, eu te amo… e como te amo.
De todos os traços, gostos, sorrisos e abraços, os seus são os meus preferidos. De todos andares, jeitos, brincadeiras e olhares, são os seus que eu adoro. De todos os toques, manias, chatices e esquisitices, são as suas que eu gosto. De todas as essências, cheiros, confortos e belezas, é a sua que me fascina. E de todas as pessoas do mundo, é você quem eu amo.
Os traços da personalidade sempre nos elevam para um padrão de conduta aceitável ou não. A prática contínua dos hábitos definen o comportamento aceitável ou não. Mesmo com o equilibrio exercido, sempre será fácil definir quem de fato você é, por isso ninguem, absolutamente ninguem conseguirá sustentar uma dupla personalidade por muito tempo!
ÂNSIA DE MARIA
Vivia de conter-se,pobre alma; afligia-se por desprovida do mundo.Traços de Maria,como destino das marias,benzia na fronte um repelir ingênuo,quase santificado.Tinha na vida um bem :a mente.Uma única estrada,a qual lhe trazia e a levava ao silêncio das respostas: era por dentro,onde ela mais andava.E nessas voltas,quase sem voltas,definhava em teu rosto a imagem que lhe dera,e como máscara,deixava-se cair.Desnudava as vestes de linho,amarelada e sem vida,e punha sutilmente um olhar,parado,fatalmente destinado,como a gota de lavanda,que (profana),pingara na nuca.Era Maria que vivia calada, nas manhãs e nas tardes; que tecia as lástimas e engomava o pouco de sorte,resignando-as pois, a um fim bem breve.Maria,criava noites que não tinha,e vestida de baile,era tão forte quanto ao batom escarlate.Na meia seda cor da pele,a sobre-pele da menina de chita.Tão fraca e tão viva,tinha cor,agora não mais a de Maria.E era bonita nesses dias...
Ninguém muda totalmente. Alguns traços sempre permanecerão conosco, independente da mudança que você deseje fazer.
Planos
Eu cheguei depois da alforria
Vi os traços no teu corpo
Vi a sede dos teus olhos
Eu cheguei antes da vontade
Vi os sonhos desenhados
Vi o inteiro e as metades
Vi os palhaços e malabares
Eu cheguei depois da estréia
Nem alcatéia nem ladrões
Nem princesas nem leões
eu vi a cor dos teus alardes
Eu cheguei antes das prisões
Eu vi a dor da madrugada
Eu fui a cor da revoada
nos tapetes coloridos
Eu sei a força das tuas pernas
Eu sei que alguém olha por nós
Eu vi sinais nos meus lençóis
Que as dobraduras me ensinaram
Eu sei que a fé anda comigo
eu sei que a cena não termina
antes que as mãos saibam rezar.