Trabalho Noturno
Notívagos!
Aqueles que preferem viver a noite...
Sim, noturnos criadores irreverentes;
Qual vampiros, sedutores inerentes
Nas madrugadas ouvindo sonhos.
Transfigurando desejos obscuros
Em seus sambas e cordéis;
Versos e prosas em papéis
Que por vezes ficam na mesa
De um boteco, abandonados.
O que mais vale é o pensado!
Ter vivido ou inspirado
Isso sim que é viver,
Boêmia, direito de ser
Daqueles que vagam a noite.
Ganhando mais espinhos e açoite
Do que lírios, a colher.
Tal como a aurora derrota os terrores noturnos, há plena paz e proteção para cada livre alma que aprisiona-se em Deus!
Sonhos
Sonhos.. eu tenho muitos sonhos! Não os sonhos noturnos, quando estamos adormecidos, esses também eu os tenho, os sonhos acordados, de realizar algo, de ser alguém, de conquistar algo; é justamente desses sonhos a que me refiro. O que é sonhar afinal de contas? Sonhar nada mais é do que fazer planos, planos para o futuro. O que quero ser quando crescer? Essa foi e ainda é a pergunta mais feita ás crianças. As respostas são as mais variadas. Porém é essa resposta que determina nosso primeiro sonho: o que quero ser quando crescer? . Ser alguém, ter uma profissão é um sonho. Diante desta pergunta ai sonhamos, e criança sonha.. como sonha, sonhos possíveis e impossíveis. Sonhos de ser médico, dentista, veterinário, engenheiro, etc, e ainda os mais inusitados, ser atriz (ator), cantor (a), modelo, pianista, bailarina (o), etc.. Nos sonhos tudo é possível. Neles esquecemos que para ser, primeiro temos que ter a aptidão, que para realizar, temos que ter o subsídio, o recurso para tal.
E quantos de nós já sonhamos com algo inatingível? Ou algo que dificilmente se realizará? Sim sonhos impossíveis todos nós já tivermos. Então devemos parar de sonhar? Abandonar esses sonhos? Sonhos, devemos sempre tê-los, e os mais variados, sonhos que se realizarão ao curto, médio e longo prazo. Mas estagnar em um só sonho é tolher as oportunidades de realizar sonhos possíveis, realizáveis. Não abandonar um sonho que não é realizável é pura tolice, perda de tempo.
Se sonhos são planos, eles estão constantemente mudança. Mudam porque nós, os detentores dos sonhos, estamos em constante mudança. Como disse Raul Seixas: “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, a ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, estar em transformação, mudar de opinião, faz-se necessário ao nosso crescimento. Mudar, abandonar velhos sonhos, ou pelo menos adormecê-los, e refazer novos, criar novos planos é a chave para ser, realizar algo.
Sonho é o combustível da vida, é o alimento da alma, é o “motor de arranque” para a concretização de algo. Quem não sonha é uma alma vazia, uma pessoa sem perspectivas, sem objetivos! Sonhar é necessário para seguir!
Caminhar no escuro ou ficar em silencio, morder os lábios para olhar o céu noturno, esperando que uma estrela cadente passe e traga uma nova mensagem.
Melodia da Morte:
As estrelas não estão no céu,
mas seu canto noturno está a me embalar.
Acordei com o silêncio batendo a minha janela,
pedi para que foste um Anjo a chegar.
Cante sua música para mim,
cante e eu sonharei com a Lua.
Cante bem baixinho para que eu ouça
sua doce voz ao meu ouvido.
Sente - se ao meu lado e cante...
cante para a Morte, cante...
Cante para o Mundo...
Cante para mim...
Veja da janela a noite escura a te escutar.
Sinta o vento beijar seu rosto.
Me veja, me sinta, me deseje...
Mas cante, cante para a Morte.
A melodia que nos rodeia é sua.
Por isso, grite e o Mundo lhe escutará,
e o silêncio será sua platéia.
Cante...
Cante bem baixinho nos meus ouvidos.
Me veja, me sinta, me deseje.
Cante.....
cante para a Morte.
Apenas cante para a Morte...
a vida é como uma caixinha de supresas as vezes ela te abate no meio de um voo noturno pelo pacifico e as vezes ele vive como se a vida fosse uma caixinha de surpresas
“Rumo ao futuro”
Procurei uma estrela, avistei apenas no período noturno, Procurei o sol, avistei apenas no período da tarde, às vezes quando chovia ele sumia, daí meu barquinho de papel entra na história, com medo de um naufrágio, e eu aqui, usando a estrela pra me guiar, usando o sol para me esquentar, e usando meu pequeno barco de papel como um desfecho para assim aplicar que tudo que eu disse não se passou apenas de pensamentos.
O Céu Noturno
Eu queria que houvesse um apagão,
E que nesse momento você estivesse comigo,
Deitada numa rede,
Olhando para o céu,
Minha ideia de romance,
Minha ideia de amor,
Observando o universo que Deus criou!
Nessa noite Santa
Sagrada Doutrina manifesta
A todos meus males espanta
Destes terrores noturnos da floresta
Me acompanha além da beira mar
O Verbo Manifestado do bem querer
Dá me a capacidade de amar
De enxergar além do que eu possa ver!
Eu vi a tempestade chegar
Mas não esmoreci
Fiquei firme no meu lugar
A nuvem se encolheu e ficou no seu canto ali
Era uma pequena nuvem que trovejava
Longe do céu distante
Apenas ela me mostrava
Que a tempestade se foi nesse instante
Tudo na vida vai passar
Apenas não podemos esmorecer
Cumprindo nossa missão em poder amar
Ao Nosso Pai Eterno,sempre agradecer
Seu sofrimento é ilusão, um entorpecente delirante para seu ego. Olhe para o céu noturno e se veja nas estrelas, tudo é e sempre foi perfeito.
REINADO
Noturnos são os passeios de minh’alma
Meu espírito vagueia por liberdade
Encarar a chama da vida
Talvez pela morte.
Quem sabe o homem
Aquele que neste instante
Atravessa a rua
E olha para o chão,
Talvez tenha perdido a alegria.
A moça que usa o fio no ouvido
A escutar músicas.
Pela tatuagem
Ela conhece o amor...
Um floral, lindo,
Que trança sua perna esquerda
Como se a possuísse.
Outro homem atravessa a rua
Segue vestido como quem procura um trabalho Não um trabalho qualquer
Vai decidido, confiante.
Aquele rapaz
Jovem
Está sorrindo sozinho
Talvez tenha conhecido
Os prazeres do amor.
Ah, o amor...
Esta noite as ruas estão agitadas
Os cães estão calados
Posso dormir tranquilo
Porque essa noite
Quem reina é o amor.
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
Vagava pelos anéis de saturno
Diante o vendaval que rodeava o noturno
Um mito medieval, brindado as taças
Surgindo de um caldeirão lançado as traças
Choveu da remição neste instante a goteira da existência
Frutificando os filhos do zelador com paciência
Não houve remorsos dos cosmos nas singularidades
De santo graal em mãos mostrando suas necessidades
Como fundo do espaço uma tela
Uma obra de Monet enclausurada na cela
Até tangente pela espada de um jovem cavaleiro desembainhada
Foram processos estelares na guerra de encruzilhada
Herança sagrada que se construiu com as enevoadas
A linhagem dos lagartos havia começado assim supracitadas
Uma relíquia no meio do universo
Brotando trevas e luz de num mesmo extroverso
Deixaram exposto sua linguagem metalinguística com jargões
Continuando a caçar perdido no orbe o lendário cemitério dos dragões