Trabalho Escravo
Somos escravos dos sentidos. Desejo o que está além da reprodução do inconsciente. quero rasgar o véu que separa o mortal do eterno. Separar céu de inferno antes de vestir o último terno.
Não se espante se muitos escravos trocaram a vida de seus semelhantes por uma hospedagem na baia de porcos da Casa Grande.
Escravos são forçados a fazer coisas, pessoas livres escolhem o que fazer. Coerção versus coerência resume a diferença entre a falta de liberdade dos escravos e a autonomia das pessoas livres.
Eu tô pronto pra levar o riso, eu sou escravo da alegria.
Ter domínio próprio é sobretudo não ser escravo dos impulos da carne e ser guiado pela racionalidade.
Que a concupiscência não fazei de vós escravos até ao pormenor, a não ser que a desejem por vontade mútua.
Você se julga livre.... melhor seria se você não conhecesse a liberdade. Ser escravo é ser propriedade de alguém. Isso não faz bem?
O seu dono pode fazer o que bem quiser com você... ah! mas, nem vem, não quero isso não. Sou dono da minha vida, dos meus atos, de absolutamente tudo o que a mim compete. Ninguém compete comigo quando o assunto diz respeito a mim. Eu sou meu. E de mais ninguém... entendeu?
Claro, claro... não quero tirar de você o gostinho de ser dono do próprio nariz... e quem sou eu pra contrariar você? Não sou ninguém... sou apenas escravo de alguém.
Eu lavo os pés... eu carrego o peso... eu corro ao grito de guerra... eu paro ao som do apito... eu danço quando a música começa... eu paro quando ela chega ao fim...
Se eu escolhi isso pra mim? Não sei bem se foi uma escolha própria, ou se alguém escolheu por mim... só sei que conheço a escravidão... e que ela não faz mal ao meu coração... Já fui julgad@ ou alguém foi julgado por mim... então, não precisarei esperar o julgamento no fim...
Você sabe o que Nietzsche falou? “Os homens foram considerados ‘livres’ para poderem ser julgados, ser punidos – ser culpados”.
Culpad@! É isso que eu não ouvirei no fim... sou escravo.. não sou don@ de mim.
Melhor é ser servo do Senhor,
sendo visto e amado como filho por Deus
do que ser escravo do mundo,
prisioneiro do pecado e réu do inferno.
Quem faz o que quer, é escravo de si mesmo, pois faz o que seus desejos lhe impele à fazer.
Quem faz o que precisa ser feito, este sim é livre, pois apesar de não querer, decide por livre escolha fazer.