Tormenta
Hoje, nada de bom...
E a cada hora que passa, piora.
Estou pela graça e não vejo a hora
De ver toda essa tormenta passar.
Hoje, um dia ruim...
E no fundo do poço não enxergo o fim.
Peço a Deus que me guarde de mim
E que dessa má hora eu possa passar.
Só quem já passou pela dor
Ajuda quem se perde no Bojador
Entre tormentas e tempestades
Abraça por amor e traz claridades.
Na minha mente,
ela passeia livre,
parece que está em casa,
ultrapassa os limites,
minha paz se ausenta,
minha alma se cansa,
as lembranças são uma tormenta
e ela não vai embora.
#APRENDIZ
Quando sentiu-se só...
E tudo ruiu ao seu redor...
Não pôde dar mais do que tinha...
No olhar já perdido...
Tão difícil de encontrar...
Vagou...
Em meio aos sonhos...
Clamou na solidão...
Na vida regulada pelos ventos...
Sentiu oco seu coração...
No descaso do acaso...
De si mesmo fugindo...
A noite existe...
E a vida vale todos os momentos...
Então simplesmente esperou...
Que de longe viria...
Enquanto nada acaba de todo ainda...
Um deslize em seu destino...
Para mudar sua sina...
Voltou a contemplar as velhas coisas como novas...
Deixando de desaguar seu olhar...
O que na tormenta se perdeu...
Pôs-se a replantar...
Nas manhãs de domingos...
Novas estradas na vida foi adiante...
No límpido azul do céu...
Descortinou um novo horizonte...
Por um tempo...
Por uns tempos...
Por mais tempo...
Cessaram os lamentos...
Restou apenas a saudade...
De que lhe fez mais forte...
E entre tantas riquezas que tem...
Sente com mais ardor...
A natureza que só em si viveu...
E está bem...
Sim senhor...
Sandro Paschoal Nogueira
Conservatória - Caminhos de um poeta
Batalha Singular
Rema, rema, rema,
Rema contra a maré
Sob o Luar,
Ecoa algo desconhecido mais poderoso do que a força solar,
Consumido pela imensidão da dor,
Pra onde será que foi o calor???
O que mais se existe pra perder???
Será que vocês sabem que eu não sei se um dia talvez quem sabe eu iria saber??
Aqui o coração caminha sobre um fio,
Ardente é a loucura do frio que o vestiu,
Eis aqui,
Engraçado é que ninguém vê!
Por quê?
Será que ainda sabe se ser ?
Perto de você inanimado sempre foi?
Importa o dissabor dessa real resposta??
E como será que estou no agora que acabou de passar?
Melhor puxar uma cadeira e sentar ..
Preferes esperar a animosidade voltar??
Que tal deixar o vinho reanimar??
Ou quem sabe a água dilacerar???
Cedo ou tarde??
Ela fugiu??
Afinal, o que deixou-se passar?
Lá de longe se soube que ela sorriu!
Alucinado gargalhar..
Finalmente ele os olhos abriu,
O que mais poderia um dia ser???
Quem é que vai um dia saber???
Eu e você,
Hora do amadurecer,
Ver para se crer,
Organizada confusão,
Capaz de resgatar milhares de memórias antes colocadas no frigobar do fundo do mar,
Coração empapuçado de tanto soluçar,
Aplastado de tanto lagrimejar,
Diz,
Por quê é que tu não desistes jamais de lutar???
Recolha teus estilhaços,
E se empenha para Aruanda regressar,
Toda Amazona precisa se desconectar,
Sorrias e te permitas aguardar vislumbre da paz chegar,
No momento certo,
A flecha inebriante de Afrodite acometerá o teu coração feito de diamante,
Isso te transformará,
Gratidão constante pelas apunhaladas inesperadas,
Pois, interessante e confiante há de ser a tua nova chance de a um desconhecido poder amar!!!
Poema redigido por Madam Avizza (C.M.G.C.) em 07/08/2021 - em Santos/SP
No frio deste inverno
Aqueci o meu coração
Com as palavras do teu amor.
Toda dor que habitava em meu peito
Deixei a tempestade levar.
A tormenta já passou
Você trouxe a primavera!
Flores!
Com você tudo são flores!
E falei-lhes assim:
Alma minha! Meu espirito, sem fim!
Meu corpo; meu ser!...
Se sobre vós, não ousou chover!
Como então! Perante meu fado,
E meu tanto enfado...
Sobre nós, então, buscar ides!
Águas, para destes cegos olhos, lágrimas sair verdes?!
Então me disseram:
Eis que sobre tu e nós!
Águas que são, serão e eram...
Aliviam esta tormenta...
Que continua veloz...
Porque são águas fortes, como sete vezes setenta!...
Em minha família
somos todos uns estranhos seres
que desligam o rádio e a tv para
ouvir a chuva e iluminar-se
diante das tormentas,
que apagam as lâmpadas
para ver o brilho da lua
e das estrelas no céu.
Na madrugada,
quando a cidade dorme,
por trás de seus cadeados,
nossa casa é um templo
varado de silêncio e luz
por todas as janelas abertas.
Cremos que os perigos
adormecem sob a lua.
Devaneios
Perdi a linha
Encontrei-me
Nas paralelas
De um caderno
Devaneios imaginários
Em pontos de carreirinha
Alinhavo essa
Prosa poética
Sem pressa
Fuga necessária
Para dias de tormenta
Onde só minha alma
Acalenta
É certo que as dores da vida são inevitáveis.Cedo ou tarde a conhecemos de perto.Cabe a nós, sucumbir ou reagir à tenebrosa tormenta.
PERMANÊNCIA
A angústia do isolamento,
A ausência
E o silêncio
Compõem
O instante difícil,
Hiato indecifrado,
Entre o passado
E o futuro.
Não há impermanência na vida.
Por mais duro que seja o momento,
Nela tudo é permanente,
Como a esperança,
Sentimento superior,
Abrigada na Consciência,
Do existir a sua essência.
Atravessada a tormenta,
A alma alegre e desperta
Ressurgirá sedenta
Liberta,
A sobreviver,
Continuar a sonhar,
Neste novo ser,
Que superou a dor,
E continuou,
Caminhou.
Aster Mori
“Use luvas”, dizia ela ...
Mal sabia ela o quanto de mim
Ainda aprenderia com o espírito dela.
Não esperava ela, na doçura dela,
Ensinar que o ar não precisa sufocar,
Que a efêmera chama pode ser estrela,
Tal qual a tormenta que virou mar.
Excessiva Reclamação,
Uma Escuridão Intensa
Que ofusca Alegrias,
Camufla Bênçãos,
Propaga Agonias,
Uma constante Tormenta.
Nas madrugadas frias do desespero,
Ouço o eco de um amor que se foi,
Seu nome, uma cicatriz em minha alma,
Um sussurro que se apaga na escuridão.
Os dias que se arrastam, vazios e pálidos,
São fantasmas que dançam na penumbra,
Cada lembrança, um espinho cravado,
Na carne frágil do meu coração partido.
Garrafas vazias espalhadas pelo chão,
Refletem meu olhar, perdido e turvo,
Bebi cada gota do esquecimento,
Mas o sabor amargo do fracasso persiste.
Teus olhos, faróis que se apagaram,
Na tempestade do nosso fracasso,
E agora, apenas sombras restam,
Do que um dia chamamos de "nós".
Páginas perdidas de um livro inacabado,
Rabiscadas com palavras de dor,
São tudo o que resta deste amor morto,
Enterrado fundo em minha alma solitária.
Momentos infelizes, repetidos em loop,
Como um filme de terror sem fim,
E a morte do amor, lenta e cruel,
Desfazendo a última fagulha de esperança.
Queria poder gritar teu nome ao vento,
E pedir ao tempo que volte atrás,
Mas sou apenas um náufrago, perdido,
Nas águas turbulentas da saudade.
E assim sigo, carregando o peso,
De um amor que se tornou poeira,
Nas mãos trêmulas do destino,
Escrevo nossas despedidas, em lágrimas.
Maysa, minha alma gravou teu nome,
Não com a alegria, mas com o peso dos erros,
Rabisco a história que nunca terá um final,
Cada linha um lamento, cada palavra um adeus.
E se algum dia, teus olhos cruzarem essas páginas,
Em uma livraria qualquer ou em um eBook esquecido,
Que a lembrança de mim traga um sorriso suave,
Pois não estarei mais aqui para ser teu tormento,
E no silêncio que deixo, que tua memória encontre paz.
Indecisos não triunfam tormentas. A travessia exige escolher rápido sobre o que será protegido e o que será descartado.
⛈️🌊
"Minha mente estava um mar agitado,
vim aqui junto ao mar pra desabafar
e arejar
a escuridão de alguns pensamentos:
"E diante da ressaca do mar
pude perceber que logo a tormenta passa,
e a tempestade cria asa
e vai em outra direção, pra onde o vento leva..."
Solidão
Eu precisaria aprender a ser a minha amiga para estear a solidão
Pois sendo eu minha amiga, mesmo que só, não padeceria,
aparentemente desaprenderia a solidão.
Seria eu sempre a minha companheira de invenção
dia e noite, noite e dia, nada mais me prenderia
já não me abismaria a tempestade da saudade,
tampouco me assombraria a tormenta da solidão.
Sim, eu olho para o céu, de dia, de noite. Ele me diz muito, sem fazer nada. Seu brilho, demostra esperança, tua cor, demonstra força, tua mudança, demonstra que tudo tem sua tormenta e também teus momentos de calmaria.
Sorrio quando a dor da saudade te tortura, te atormenta
Sorrio ao ver teus dias cinzentos, tristonhos e vazios me pedindo
Para voltar
.
Sorrio quando te vejo no canto do quarto sozinho implorando pela quentura do meu corpo que você não tem mais
Sorrio quando passo em frente a janela do seu quarto e você me vê plena e bela ao lado de quem me dá carinho respeito e amor.
.
Só te peço uma coisa; não me ligue e nem me procure mais.
Sorrio por viver feliz
Maria Ferreira Dutra