Tonto
Ah metal perene,
fruto aleatório dos
metais da Terra,
você cinza, você sóbrio
e o mundo tonto pela Guerra.
Fiquei doido, fiquei tonto...
Meus beijos foram sem conto,
Apertei-a contra mim,
Aconcheguei-a em meus braços,
Embriaguei-me de abraços...
Fiquei tonto e foi assim...
Sua boca sabe a flores,
Bonequinha, meus amores,
Minha boneca que tem
Bracinhos para enlaçar-me,
E tantos beijos p'ra dar-me
Quantos eu lhe dou também.
Ah que tontura e que fogo!
Se estou perto dela, é logo
Uma pressa em meu olhar,
Uma música em minha alma,
Perdida de toda a calma,
E eu sem a querer achar.
Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.
Não descanso, não projecto
Nada certo, sempre inquieto
Quando te não beijo, amor,
Por te beijar, e se beijo
Por não me encher o desejo
Nem o meu beijo melhor.
Que pessoa encantadora, nossa!
Foi assim, como ver o mar à primeira vista
No teu olhar eu tonto de emoção
Com diversão, mil venturas previ
Um desejo enorme de se aventurar
Qual o mundo estão vivendo os impressionados?
Amor, respeito, consideração entre as pessoas é algo em extinção
Decifrando o teu corpo de luz
Poema divino, cheio de bondade
Teu sorriso me acorrenta e me inebria
És fascinação, minha estrela
Cada minuto que eu te vejo é pouco, silêncio e sofrença
Esperando por esse momento, de acontecer um imprevisto e nos encontrarmos
Todavia, com antônimo de não te ter mais aqui comigo
Qual é a dimensão desse sentimento?
Respeito, mas pra essa intensidade que explode neste peito o dinheiro não é tudo
A tua presença é a mais importante
Me parece bom amar e ser amado é uma maestria
Deixe as pessoas que amam felizes e em paz,
Liberte as pessoas que se apaixonam
E as que não encontram algo bom solte as para que continuem a sua jornada da vida.
A pior droga
Me distanciou da minha casa.
Devorou minha alma
Me deixou tão tonto
Que minha visão ficou embassada.
Ofereceu-me todos os pecados
Em troca de nada
201222
SONETO BEM-AVENTURADO
Deixa poética que eu cante mais um canto
De amor, simples que seja, tonto e sedento
Porém, que seja com todo belo sentimento
Composto de alegria e aquele doce encanto
E, assim, um poetizar leve e sem desalinho
A desejar o solfejar num ritmo de verdade
Paixão, aquela que nos deixa com saudade
Que não seja com fatuidade, e sim carinho
Consinta, afinal, ó poética... é só um canto
Cantado dum Bardo que quer tanto, tanto
Os versos certos, se certo, então, eu juro!
E, que traga sentimentalismo, o momento
E tão mais que um canto, um sacramento
Bem-aventurados versos dum amor puro!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 agosto, 2022, 14’02” – Araguari, MG
Quando você se decepciona, é difícil mas, a Bíblia já ensina há muito tempo, a gente que é tonto...
Jeremias 17.5
Assim diz o Senhor:
"Maldito é o homem
que confia nos homens,
que faz da humanidade mortal
a sua força,
mas cujo coração se afasta do Senhor.
Hoje acordei feliz,
E dormi tristonho.
Perdi o ponto,
Se achei, um tonto.
“Ninguém gosta de mim”,
Disse deitado na cama.
Falou gritando assim,
E, no fim, dormiu sem drama.
O perdão é uma escolha,
Que pode ser pedida.
Ou vem com o tempo,
Curando a ferida.
Rancor faz mal,
Corrói a vida.
Quanto mais leve,
Melhor a hora de minha ida.
Por isso vivo assim:
Não tenho mais nada a perder.
Se acho um vilão,
Sem mais nenhum herói pra deter,
E o Superman é a solidão.
Queria fazer-lhe um verso
Mas palavras não encontro
Embriaga meu universo
Me deixa um pouco mais tonto
Sombra que segue os desejos...
Alma que tanto procura...
Sem encontrar...
Em ruas, conversas vazias...
Fundo de copos se aventura...
Doidos passos incontidos...
Império dos sentidos...
Enfim o copo vazio...
- "Enche outra vez vizinho"...
Vinhas de vinhos de oiro não bebidos…
Ócios e sossegos…
Desejados e outros sentidos...
Noite sucedendo noite...
Vertigem em qualquer leito...
Tanto faz...
Tudo tem jeito...
Amores, esperanças e desejos...
Quase os mal diz...
Eis que entrega seu coração...
De nada serve e vale...
Tudo é ilusão...
Dias mal gastados...
Noites mal dormidas...
Desejos de coisas esquecidas...
Lembranças de velhas feridas...
Incansável a tudo retorna...
Rotina a que se entrega...
Fraqueza que vira resistência...
Quando qualquer hora e hora...
Mas pois por vosso mal seus males vistos...
E todos os dias finjes te-los esquecidos...
Já nem vives...
Nunca aprendeste...
Vem de sua saudade, o que presume...
A ânsia de realmente viver...
Dizes que ficas tonto…
Hás de então ficar louco...
Tonto, o feio fica bonito...
O corpo só arde em desvario...
No entanto, o imaginário
desejo de alcançar...
Já nada mais importa...
Nem mesmo se terá outro amanhã...
Ou se terá...
No dia seguinte se arrependido...
Sandro Paschoal Nogueira
De Passagem
O meu universo, está sereno e silencioso como uma madrugada gelada;
O meu corpo é como um pássaro que voa à tempos e não sabe se está indo ou vindo;
A minha mente se comporta como um mar com águas congelantes e cheias de icebergs carregando as minhas memórias;
O meu coração neste momento é como uma chuva forte que cai do céu e no meio do caminho é golpeada por ventos fortes ficando sem direção, está tonto, perdido.
Estou de passagem pelo mundo cruel das desculpas e das falsas expectativas, quero pisar amanhã com o pé direito em cima desse portal e atravessa-lo com a certeza de nunca mais voltar.
Um autor é um tonto que, não contente em aborrecer aqueles com os quais vive, insiste em aborrecer as gerações futuras...