Tomate
_Tomate verdes fritos_
_Tristeza que aclama...
_Ar que morreu,
_Ligação de outro mundo,
_Passado que se abriu...
_Num espelho de um momento...
_Passagem que se dilui...
_Abraço, pois bem te amei,
_Um beijo que nunca esqueci.
_Lugares, que amo estar com você.
Celso Roberto Nadilo
''Somos o que comemos, logo somos, laranja, batata, tomate, banana, boi,porco, galinha, e vaca tambem..(nutri\meu)
-Somos produto, do meio que vivemos, nascemos e crescemos, da sociedade, logo, somos, terra, fogo, agua, e vento tambem...(meu)
-Somos mais populares que Jesus Cristo...(J.Lenohn)
-Vai ver que foi por isso que foi assassinado...(pop.)
Receita
Sal, pimenta e molho de tomate...
Um pouco de mel , salpicado amor.
Mãos mescladas para se produzir misturas,
Ingredientes e corpos
A água fervendo, como o coração quente
daquela paixão.
Mãos tremulas, mente confusa, suor...
O tempero estava perfeito.
O gosto doce e ácido do molho com a apimentada relação.
Tentaram saciar a fome, porém o infinito desejo do comer
fez com que seus lábios tivessem vontade de sempre provar mais...
Devoram um ao outro como prato principal.
O Tomate e as Relações Humanas
Outro dia, minha secretária estava fazendo o prato de minha filha, para almoçar, e na montagem, vi que ela não havia colocado nenhuma verdura. Questionada, ela disse que minha filha não gostava de tomate no feijão, por isso ela estava tirando um a um. Reclamei, e dei a orientação de que sempre ponha verdura no prato dela. Ela pode não comer, mas saberá sempre que tomate e outras tantas frutas, verduras e legumes, dão sabor à comida. Acho que o problema de muitas pessoas é que só enxergam o que querem ou do que gostam, isso porque alguém ficou escondendo o tomate ou a cebola. Com o tempo, passamos a ter dificuldade de aceitar o que nos desagrada. No trabalho, por exemplo, temos que lidar com pessoas amáveis e outras intragáveis. A vida é assim. Tenho amigos que detestam mastigar a cebola, e dizem odiar cebola. Tantos pratos levam cebola; logo, o saber está lá, apenas a textura foi alterada. Portanto, para aqueles que preferem sempre as mesmas coisas e os mesmos gostos e os mesmos lugares, sugiro que aceite um pouco a ideia de sair da rotina (zona de conforto) e busque provar novos sabores. Expor as diferenças é a mais simples forma de aceitá-las. Desafio alguém a cozinhar sem verduras e legumes, pois dão um sabor e aroma incríveis aos pratos. Acho que as pessoas são assim: cada uma a seu modo acrescenta de alguma maneira no sabor e aroma da vida do outro. Ser só é possível em relação ao outro.
Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Regava, regava, regava!
E a lua melancólica observava...
E o sol rei, ajudava!
E a terra mãe, adubava.
Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Lembranças na horta,
de minha doce amada.
No canteiro, solidão apertada!
Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Na hora do almoço
virou salada!
Preferências
Autor: LCF
1
Eu prefiro chocolate;
Tu preferes tomate;
Eu gosto de pipocas;
Tu só sofres derrotas.
2
Tanto na comida;
Como na bebida;
E principalmente na vida;
Cada pessoa tem as suas preferências.
3
Uns escolhem correr;
Outros andar;
Uns tropeçar;
Outros atentos, estar.
4
Eu irei abrir o meu coração;
Vou dar a minha mão;
Trazer a grande paixão;
E oferecê-la à população;
Também encontrarei o furacão;
E destruirei este "mauzão";
Protegerei a Nação;
E mostrarei a sua salvação;
5
A minha preferência é esta;
Pode ser modesta;
Mas está na minha posse.
Antes de comer um sanduíche natural, verifique de onde é natural a alface, o tomate, o pão, a maionese...
"se não gostas de tomate não percas minutos da tua vida a dizer que não gostas de tomate, come salada
Toma-te de amor próprio e anda! Caminhe sobre seus pés cansados, e canse-os mais um pouco procurando o que te dá alívio. Viva um pouco a morte das cores, outros versos, outros lados, outros sabores. Se apaixone por artes que te dão refúgio, viva fora do corpo, em outros pensamentos. Viva a loucura, te te cura o riso. Viaje por outros mundos, que te ofereçam algo mais do que apenas um chão e um céu pra fazer da sua vida apenas um lindo cenário para suas lastimáveis tragédias.
O tomate, os remédios, e o lugar que cada um de nós tem garantido, no inferno ou no paraíso.
O preço dos bens e serviços é formado basicamente pelo custo, onde cada um adiciona o lucro que pretende.
Essa equação é regulada pela maior lei de mercado existente, que é a procura.
No caso do alto custo do tomate, campeão de todas as discussões hoje na mídia, é fácil entender que os produtores que perderam suas safras estejam tentando se ressarcir dos custos e ter seu lucro com o pouco tomate que sobrou.
Na terra de todas as pizzas, não está faltando quem pague várias vezes mais seu custo habitual para ter à mesa o produto.
Se o povo não comprasse o tomate, o produtor iria baixar o preço, absorver esse prejuízo momentâneo e se ressarcir em várias safras, não em uma só como pretende, e como acontece com a maioria dos produtos que são regulados e obrigados a se submeterem à dura lei da oferta e da procura.
A pizza para muitos é o paraíso dos domingos e hoje o tomate é o inferno dos produtores.
Mas tem coisa como os remédios, que não estão sujeitos às chuvas nem trovoadas e na maioria das vezes são produtos químicos, minerais e vegetais abundantes, misturados em pequeníssimas proporções que cabem numa caixinha, num pequeno frasco ou tubo e que custam os olhos da cara, porque a ninguém é dado o direito de escolher se vai ou não tomar um remédio que vai lhe devolver a saúde ou mesmo salvar a vida.
A mentira deslavada contada pelos industriais do ramo é de que a pesquisa para descobrir e desenvolver os remédios é muito cara.
É fácil verificar a mentira, quando se vê que os lucros astronômicos desses laboratórios transformaram seus proprietários em bilionários, fizeram dessas, as maiores e mais rentáveis indústrias de todos os gêneros, em todo o mundo.
Eu não usaria aqui o termo máfia dos remédios, porque a máfia e todo o crime organizado junto, são comparáveis aos pequenos delitos e pequenos marginais, se pudéssemos avaliar a perversa realidade que o alto custo dos remédios causa na população do mundo todo.
Milhões, repito, milhões de pessoas morrem todos os anos, por não terem acesso aos remédios básicos e aos chamados de ponta na cura da AIDS, do câncer e de outras doenças, sem contar que esse custo tira do pobre, até o dinheiro da comida.
Portanto senhores, nada de pensar que o vilão dos preços é o tomate. A chuva passa, o lucro dos agricultores se recompõe, o lucro e a vida voltam ao normal em pouco tempo.
Mas não é isso que acontece com quem precisa de remédio, dos que já morreram pela falta dele, e pelos que precisam tirar o dinheiro da própria comida para trocarem a morte lenta da fome pela morte rápida de não tomar o remédio.
Por aí a gente entende, porque quando os ricos cometem crimes a gente fala que no fim termina em pizza.
É a comemoração da impunidade, que não vai ter vez quando alguns forem condenados pela sentença irrecorrível de padecerem no inferno o mal que causaram aos seus semelhantes, em troca de um suposto paraíso terreno que esse dinheiro maldito proporciona a alguns.
É desses que Jesus fala, quando diz que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ter um lugar no céu.
OUTONO INFIEL
Falso este Outono
Ou um rapaz rapace,
Tomate feito de alface,
Ou ridícula manha do dono?
No fresco do seu calor,
Naquele falso ardor
Ele mente,
E a gente nem sente
A infidelidade premente.
Quem és tu outono
O, dos poetas?
E ele (respondeu-me em seu mono):
Eu já não sou quem tu pensas,
Poeta de tantas parecenças,
E agora sem mais ofensas,
Digo: Não sou mais o teu outono.
O tomate murcha no silêncio do tempo, enquanto o sol se esconde atrás das montanhas que não precisamos mais escalar.