O Sábio e o Tolo
Entre Tolos e Sábios
Eram espinhos banhados de ouro,
mas não deixaram de serem espinhos.
O tolo enxergava apenas os quilates,
O sábio enxergava os espinhos.
Eram apenas fezes banhadas de ouro,
Mas não deixavam de serem fezes.
O tolo enxergava os quilates,
O sábio enxergava às fezes.
Eram dias de chuva, eram também dias de luta;
O tolo se protegia, deixando de sorrir por nublado estar.
O sábio regozijava-se deliciando-se á cada gota que caia,
Sorria e cantava junto aos pássaros e vivia.
Quanto mais sabemos, mais a vida deixa de ser simples e criamos uma multidão de indagações. Os menos sábios andam pelas estradas simples, mas tendem a ser feliz. Os mais sábios sempre estão com dúvidas em qual caminho seguir, porque temem por uma felicidade ilusória.
Na busca pela perfeição, somente os sábios entendem que tornar-se-ão imperfeitos em diversas partes do caminho.
As pessoas que assumem os seus erros não são tolas, na verdade, são sábias demais para aceitarem que não são perfeitas.
Não existe controle real sobre aquilo que nos cerca, mas total naquilo que fazemos sobre, como reagimos, entendendo que só uma opção existe.
O tolo tenta controlar os fatos, o sábio a sí.
Quem adquire o conhecimento para submeter alguém, mostrar "importância"?
E quem faz o mesmo por simplesmente amar o aprendizado, o engrandecimento da alma e depois ensinar mantendo-se aprendiz?
"Em uma conversa onde não aprendemos nada e não ensinamos nada é diálogo de tolos e desperdício de vida"
Quando o filósofo Immanuel Kant diz que o homem sábio pode mudar de opinião e o tolo não: explico para você o que ele quis dizer; o indivíduo humano sabedor sabe abrir várias portas para si mesmo, com razão, porque conhece o real.