Tolo
Viajante
Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez
Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas que insistimos tanto em nos defender
Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez
Ninguém é mais original e sofisticado que os humildes e nada nessa vida é mais tolo e arcaico que a arrogância dos vaidosos!
Se não quiseres fazer uso a sua sapiêcia para responder a um tolo, use o seu gritante silêncio como uma lâmina fatal.
Antigamente, eu era um tolo que faria qualquer coisa por você, vivia afundado em ilusão, escrevendo poemas e declarações ridículas. Foi preciso matar esse fraco para me tornar forte, e assim posso dizer que vivo de verdade. Pois já não sou mais escravo do sentimentalismo.
Vivemos no tempo em que o tolo dispensa a oportunidade de sentar numa mesa a prosear, e preza por uma tela vazia a procrastinar.
A maior defesa do tolo é aumentar o tom da voz.
Isso, consequentemente, entrega a sua pior fraqueza: a mente.
Melhor caminho a verdade
Andar de cabeça erguida
Generoso, sim, tolo não
Na vida a gente aprende
Âmago nem todo mundo tem puro
Na hora certa será revelado tudo
Impressionante é a revelação
Mostrando quem estava do lado
O tempo, ensina e revela muito.
É melhor ouvir a reprimenda de um sábio que a canção de um tolo, porque qual o crepitar dos espinhos na caldeira, tal é o riso do insensato. E isso é ainda vaidade.
O homem tolo
acredita que viverá para sempre
se ele evitar a batalha;
mas a velhice não lhe dará
nenhuma paz,
ainda que as lanças o poupem.
Não é através do silêncio que alguém tolo e confuso se torna um sábio. Aquele que é sábio, como se tivesse uma balança, pesa e adota apenas aquilo que é bom.
Sábio é o que se cala, e deixa o tolo falar a vontade, pois o sábio aprende mais pela boca do tolo, do que o tolo pode aprender por mil dizeres bem colocados pela boca do sábio.
Tem tolo que é inteligente, porém o homem sábio, logo percebe que a inteligência sem humildade não leva a honra verdadeira.