Todos temos um Segredo Inconfessavel

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Éramos como éramos, e não queríamos ser nada além disso. Todos vínhamos de famílias vítimas da depressão e a maioria entre nós era mal alimentada, embora tivéssemos crescido a ponto de nos tornar grandes e fortes. Em grande parte, creio eu, recebíamos pouco amor de nossas famílias e não pedíamos amor ou gentileza a quem quer que fosse. Éramos uma piada, mas as pessoas tomavam cuidado para não rir na nossa cara. Era como se tivéssemos crescido rápido demais e estivéssemos de saco cheio de ser crianças. Não tínhamos qualquer respeito pelos mais velhos. Éramos como tigres com sarna.

VALE DA MORTE

Légua, meia légua,
meia légua em frente,
todos no Vale da Morte
cavalgaram com os seis centos.
“Para a frente a Brigada Ligeira!
Carreguem contra as armas!”, disse ele.
Para o Vale da Morte
cavalgaram os seis centos.

Para a frente a Brigada Ligeira!
Havia algum homem desanimado?
Todavia, o soldado não sabia
De algum que tivesse disparatado.
Eles não têm de responder,
eles não têm de se perguntar,
eles só têm de fazer e de morrer.
Para o Vale da Morte
cavalgaram os seis centos.

Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "Mais uma festa" publicada no site Blônicas em 2006

Todos somos responsáveis por todos.

A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.

Rui Barbosa
Discurso no Colégio Anchieta. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1981.

Nota: Trecho de discurso no Colégio Anchieta, realizado em 1903.

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A vida é dura de suportar; mas, por favor, não vos façais de tão delicados! Não passamos,todos juntos, de umas lindas bestas de carga.

Somos todos iguais na nossa essência.

Não é recomendável que todos pensem igual; por causa da diferença de opiniões é que existe corrida de cavalos.

Dinheiro resolve todos os problemas: basta não ter, que todos os problemas existenciais evaporam.

Não devemos lutar contra a opinião de ninguém, mas pensar que, caso tentemos dissuadi-lo de todos os absurdos em que acredita, chegaremos à idade de Matusalém sem ter terminado.

Somos todos semelhantes à imagem que os outros têm de nós.

Só é merecedor da liberdade e da vida quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.

Eu penso muito sobre tudo, não posso evitar, vou de uma ideia para outra. E todos esses planos viram um sonho, que vejo crescer, progredir, vejo pessoas felizes através deles. Principalmente crianças.

Bons livros são como bons amigos: são poucos e estão todos escolhidos.

Só esquece. Esquece tudo que te falei, cada palavra, tudo que eu sentia, esquece. Esquece todos os olhares em sua direção, todas as conversas que tivemos. Não consigo nem acreditar que por um momento achei que pudesse dar certo, que “nós” ainda podia acontecer algum dia. Você não sabe o quanto me sinto idiota. Esquece tudo que senti por você, posso te jurar que vai ser bem mais fácil pra você do que pra mim.

Os outros nunca sentem.
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada? Não sei...
Um nada que dói...

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Todos os animais, com exceção do homem,
sabem que o principal objetivo da vida é usufruí-la.

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final.

E todos os dias ficarei tão alegre que incomodarei os outros.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta escrita em 29 de janeiro de 1945 a Elisa Lispector.

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Ambiciono que o idioma em que eu te falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo.