Todos temos um Segredo Inconfessavel

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Há duas coisas a que temos de nos habituar, sob pena de acharmos a vida insuportável: são as injúrias do tempo e as injustiças dos homens.

Se temos que mudar de opinião a respeito de alguém levamos-lhe muito a mal o incómodo que assim nos causa.

Para se ter talento é necessário estarmos convencidos de que o temos.

Temos mais preguiça no espírito do que no corpo.

A única coisa de valor que podemos dar às crianças é o que somos, e não o que temos.

Geometria dos ventos

Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.

(Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco)

Temos na filosofia uma medicina muito agradável, pois, nas outras, sentimos o bem-estar apenas depois da cura; esta faz bem e cura ao mesmo tempo.

Temos sociólogos bons e medíocres. Uns acabam professores, outros presidentes da República.

Apenas confessamos os pequenos defeitos para persuadir os outros de que não temos grandes.

É uma hipocrisia esforçarmo-nos para ser bons; temos de nascer bons ou então não vale a pena metermo-nos nisso.

O verdadeiro é semelhante a Deus; não aparece espontaneamente, temos de o adivinhar pelas suas manifestações.

Temos tanta pressa de fazer algo, escrever, amontoar bens e deixar ouvir a nossa voz no silêncio enganador da eternidade que esquecemos a única coisa em relação à qual as outras não são mais do que meras partes: viver.

Nós, os humoristas, temos bastante importância para ser presos e nenhuma importância para ser soltos.

Não temos de nos preocupar em viver muito tempo, mas em viver em pleno.

Venham até a borda, ele disse. Eles disseram: Nós temos medo. Venham até a borda, ele insistiu. Eles foram. Ele os empurrou... E eles voaram.

Se expressarmos gratidão pelo que temos, teremos mais pelo que expressar gratidão.

Vivemos com os nossos defeitos como com os cheiros que temos: não os sentimos, eles só incomodam os outros.

Se, quando somos ricos, temos tudo, qual o interesse em termos mérito e virtude?

Temos casas maiores, famílias menores; mais facilidades, menos tempo; mais diplomas, menos senso; mais conhecimento, menos juízo; mais especialistas, mais problemas; mais remédios, menos bem-estar.

Bob Moorehead

Nota: Trechos de "O paradoxo dos nossos tempos", de Bob Moorehead.

Quando somos jovens, temos manhãs triunfantes.