Tô com Saudades
A liberta afoga há alma na mais pura
sedução que dilacera a cede,
mais não pode chover o tempo todo.
pois as correntes que prisona
alma mas, nunca vão domar o espírito.
em tantos momentos são dados por perdidos,
e reatam o fatos que ainda amamos.
Suco de maracujá
A década era de 1980, o ano não lembro ao certo, eu era acordado por minha mãe todas as manhãs com o intuito de ir à escola, época de prova acordava mais cedo pra estudar. Meio que no automático eu levantava e ia para a mesa tomar meu café, me servia de café com leite e pão caseiro com margarina, na época chamava de manteiga, não tinha noção que a verdadeira manteiga era mais cara. Dificilmente aguentava tomar um banho que preste, quando somos crianças sentimos tanto frio, meio que só molhava o cabelo e vestia a farda azul da escola Instituto José de Anchieta de Bragança, pegava a merendeira e nunca sabia ao certo qual seria o lanche daquela manhã.
Junto com meus irmãos, já prontos, também seguíamos em caminhada com destino à escola, eu nunca fui só para a escola, já que fui o segundo filho a nascer, sempre tive a companhia do meu irmão mais velho nessa caminhada. Os demais irmãos se juntavam assim que alcançavam a idade de estudar.
O caminho pra escola era seguido de algumas brigas e brincadeiras. Cada parte do caminho tinha para a gente uma conotação especial. Chegado à escola nos dirigíamos as nossas respectivas salas. Ainda lembro das primeiras letras que consegui fazer e sempre ficava muito feliz com cada coisa nova que aprendia. Na hora do intervalo, todos as crianças tiravam de sua lancheira os lanches e faziam sua refeição, ali mesmo sentados na mesma mesa a qual estavam estudando. Naquele dia minha mãe colocara alguns biscoitos e suco de maracujá, após o termino do intervalo recomeçava a aula, o pensamento as vezes voava longe, dando asas à imaginação e dando continuidade àquilo que a professora acabara de falar. O término das aulas era anunciado, me juntava aos meus irmãos e fazíamos o caminho de volta, com as mesma estórias, as mesmas brigas, com o pensamento longe e a imaginação fértil, imaginação que apenas as crianças podem ter...
Tô pirando ou já pirei?
Tô sofrendo ou é ressaca?
Tá passando ou nem chegou?
É a vida ou é o limbo?
É a morte ou é o repouso?
Paixão, fogo...
Droga consumindo alma
Mente...
Tô me entregando ao vicio
Desespero
Medo da noite, do dia...
Saudade amarga, quente.
Desejo de te arranca á roupa
Querendo fugir para os teus olhos..
Correr pra tua boca !
07/10/2017
Mãe eu tô gostando dele,eu vou falar pra ele
Você vai ver
Mãe eu tô amando ele,e junto com ele vou dar só orgulho pra você
♪
Fico me perguntando onde perdemos o controle.
Onde a certeza acaba sendo dúvida;
As verdades se tornam mentiras;
O amigo vira inimigo;
O egoísmo se torna primordial;
O respeito já não existe;
A confiança se torna um abismo;
A parceria já não é tão importante;
Os segredos vem à tona;
E o reflexo do espelho já não é mais o mesmo.
Quem somos?
Em que nos tornamos?
Humanos com máscaras ou maquiagem?
onde está a virgula
na rua to na virgula
onde vir agulha
prata, bigode, dinheiro, nome
choro, doença, morte e fome
essa e a diferencia
entre o branco o preto
e o que o corrompe
ZIG ZAG DO SÍMBOLO
Esse empate, zig zag
que o mundo fundo inventou...
Oração pastor e padre
todos estão vendendo votos
com o nome do senhor.
Tem um gingo que não ginga
direto p'ro salvador
dinheiro, ganhando grana
no palco desses bacanas
no eco d'algum cantor.
Gingo, forjado no símbolo,
osso da simbólica trança,
que a simbologia criou...
Símbolos feito de anciã
simbologia de uma herança
que os lerdes do mundo inventou.
Esse gingo manuscrito
que o grito da dor cantou...
Um gingo feito por rico
contraventores e proscritos
sobre ventos do horror.
Antonio Montes
Every beat, a step and every step closer to you.
The feeling is strong, just imagine me in your arms, into your embrace, next to you.
to entrando num portal para outra dimensão fecho os meus olhos pensamentos a milhão
depois dessa viagem eu achei a solução vi seres de outro plano e cai em outra dimensão eu nao sabia oque fazer estava perdido na minha propia conexão estava em outra realidade eu sabia a verdade e decobri que a hora de eu evoluir
POESIA NÃO ESCRITA
Anunciação da primavera
Vivacidade.
A brisa despencou sobre meus cabelos
tocou meu vestido, ornando minha pele,
criando uma segunda derme composta
de sublimação,
euforia,
inocência e sensualidade.
Paradoxo,
não inverdade!
Leveza
e um êxtase calmo.
Brando, sem urgência...
Uma vontade imensa de voar
O cheiro de alfazema
Cor de margaridas
Ausência de dor
De medo
Sentimento de eternidade
Desejos de beijos
De braços envolventes
De pertencer à alguém
Quem?
Não sei
Só uma vontade...
Uma loucura deliciosa
Uma satisfação gloriosa
Plenitude de consciência de ser
Ser gente
que ama gente,
que cheira flor,
que exala amor.
E a tarde desce,
primaveril num céu de anil
Leva toda a saudade
Toda a incerteza.
Trazendo um quê maior de paz,
de satisfação,
de alegria,
de poesia...
... Botão de açafrão.
Só restando Vida.
Momento de poesia não escrita.
Exaltação.
Elisa Salles
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