Tô com Saudades
Pequenos traços de saudade.
Autor: Ederson Silva.
Olhos cheios de saudades, vento a tocar minha pele,
espelhos da vida a passar imagens já esquecidas.
A lágrima teimosa a ir de encontro ao chão,
somente a solidão me faz companhia.
Pequenos traços de saudade,
que insiste a mendigar sentimentos de cada momento.
No fundo portas retratos que contam a nossa história,
um cinzeiro a elevar uma fumaça de cigarro das companhias de noites frias.
Versos sendo compostos para disfarçar minha memória;
fecho os olhos e sinto sua presença.
Você sussurra em meu ouvido,
a música que fazia parte de nossa trilha sonora.
Me vejo e não reconheço, um suspiro no fundo;
Acordo, era apenas um sonho...
--Saudades--
Sai para brincar la fora
Ver como meus amigos estão
Fiquei surpreso
Ninguém saiu de fora do portão
Chamei todos
E ninguém respondeu
Todos estão de castigo
Ou o problema sou eu?
Voltei para casa
Me perguntando
Cadê meus amigos
Devem estar jogando?
Ninguém se quer online
Todos sumiram
Ta tudo tão estranho
Será que partiram?
Me deixaram só
Me sinto sozinho
Acho que a idade chegou
E todos seguiram seu caminho
Mas ainda
Não me sinto adulto
Essa parte de mim
Aparece só um vulto
Ainda não a enxergo
Tenho medo de não ver
E com o tempo
Meus amigos me esquecer
Passou tão rápido
Essa fase boa
E agora que se foi
Me sinto outra pessoa
É tudo realmente estranho
Me sinto diferente
Parece que dessa vez
É o tempo que brinca com a gente.
SAUDADE...
Sim, nossa alma sente saudades…
Às vezes do colo que protegia e nos acalentava na infância, do frio na barriga das paixões da adolescência, dos mimos dos avós que se foram. Ah saudade!
Você é o trem de regresso aos tempos que não voltam mais. É a ponte que nos liga aos momentos mais felizes de nossa existência.
Você nos faz votar a momentos em que queríamos que parasse de contar o tempo.
Saudades do mar
Saudades do mar como se a ele houvesse pertencido minha vida inteira
como se o calor que me ardia os ombros me desfizesse de pesadas vestes
e me cobrisse de sal, areia e sol.
As palavras que digo não traem as montanhas de minhas solidões.
Mas o mar...
incólume em meus abraços, faz-me esquecer...
De volta ao caos, me perco outra vez, no mar contido nos olhos de um poente
ressaca que me lança de novo às águas fundas de um oceano intangível
são mais bondosos e risonhos que a minha loucura
aqueles olhos.
Ai, que saudades tenho da minha infância
da minha pureza
da minha alegria
dos meus sorrisos contagiantes
dos meus, bem fundamentados ideais
do meu amor por todos.
NEM SAUDADES, NEM PRANTO (soneto)
Não há mais saudades, nem mais pranto
Secaram as lágrimas quando eu te perdi
E nesta seguidão tanta, seco, chorei tanto
E já sem encanto, tanto era amor por ti!
O coração se cansou, enxuto num canto
Lembres-te? que sofri, contanto resisti
Beijar-te... e beijei-te com tal acalanto
No entanto, no desdém, rudeza senti
Porém, esqueçamos toda essa história
As lembranças hoje estão na memória
Se tudo passa, você por mim já passou
Os sentimentos já não têm mais sonhos
Nem o silêncio os momentos medonhos
Se por nada sobrou. Adeus! Tudo acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/03/2020, 05’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Um dia me separei!
Sinto saudades das conversas fiadas, das traquinices que fiz, dos sonhos que tive, das risadas bobas e dos momentos lindos e loucos.
Sinto saudades até dos momentos tristes, das angústias, dos bailaricos de finais de semana, enfim... dos companheiros adolescentes.
Sempre pensei que aquelas amizades continuassem para sempre. Mas hoje parece que tudo acabou!
Hoje, cada um foi para seu lado, seja pelo destino ou por alguma desilusão. A vida segue..., talvez um dia possamos nos reencontrar, quem sabe!
Enquanto isso, a saudade vai apertando bem dentro do peito.
Quem me dera que a vontade de ligar, de repetir todas as bobagens e de juntar todos daquele grupo fosse possível, nem que fosse para um último adeus de um amigo.
Assim, entre lágrimas e cabisbaixo, não desistirei de sonhar que um dia voltarei pelos mesmos motivos que a vida me separou.
INVERNO (soneto)
Inverno, gélidas manhãs e noites
Dias curtos, saudades em açoites
Sentimento coroado de melancolia
Acanhamento do sol, nublado dia
Flores embaçadas e transfiguradas
Trovejantes são as luas nas madrugadas
Embaladas pelos ventos e seus uivos
Aos sentimentos, os brilhos ruivos
Quem és, que trêmula o afeto assim
Nos pingos crepitantes do confim
Das estrelas, dos céus e seus querubins
É o convite aos odores enamorados
Aos amores nos lençóis entrelaçados
Calefação a alma, ao amor, apaixonados.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de junho, 22’45”, 2012
Cerrado goiano
Tenho saudades da minha infância porque na pureza do meu coração, ignorava as maldades do mundo, tinha o peito cheio de esperanças e a presença de todos que eu amava.
Saudades...
Saudades do tempo que
Com sua compreensão
Deixava meu dia menos infeliz
Saudades...
Saudades do tempo que
Só de está perto de você
Deixava meu dia mais feliz
Saudades...
É,saudades...
Só isso que restou.
Será que ela me continua a amar
Tenho saudades de quem me fez rir
Já não consigo aguentar
Mas cedo irei partir
LEMBRANÇAS E SAUDADES
Muitas lembranças que se perdem no tempo
Saudades que partem que ficam e se vão
Voam como plumas nas correntes do vento
Que deixam marcas sentidas no coração.
Levando as quimeras e deixando saudades
Amor que vai embora sem motivo ou razão
Ou amigos diletos e fiéis de verdade
Daquele ente querido, um amor ou paixão.
É o tempo que passa que transvaza e voa
Faz da viagem da vida uma maratona
Depois se perde se desfaz e se esboroa
O tempo não espera para nos dar carona.
É maré cheia de lembranças e saudades
É um pouco de tudo que se vai ou que vem
Fonte de tristezas ou de felicidades
Sempre no coração recordações de alguém.
Despedida ou partida é uma viagem
Daquele momento sempre se guarda a imagem
De algo intenso de um amor puro e verdadeiro
Somos filhos da vida e meros passageiros.
Mesmo o tempo ou a razão não se explica direito
Não importa o porquê se por amor ou amizade
São ecos que palpitam e que batem no peito
Sentimentos de amor, lembranças e saudades.
"Saudades são sempre marcas dobradas num canto da página do livro da vida. Quando a gente sente necessidade, volta sempre á pagina que tem o canto dobrado "
Quantas poesias lhe dediquei, quantas saudades encravadas no peito de onde se ver o sangue jorrar lentamente, quase imperceptível, que teu silêncio seja a minha oração e a minha absolvição em uma confissão sem fim.